Estudantes relatam suas experiências em Mesa sobre os 10 anos de Educação para as Relações Étnico-Raciais

Momento em que Débora Marques faz o relato de sua experiência

Na manhã de ontem, 10/11, ocorreu a Mesa de abertura da Mostra “10 anos de Educação para Relações Étnico-Raciais do IFG câmpus Cidade de Goiás” com a participação de cinco estudantes que falaram sobre suas experiência pessoais no IFG. Também teve apresentação cultural e a visita de alunos do Colégio Estadual Lyceu de Goyaz e da Escola Municipal Mestre Nhola. O evento faz parte da programação da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) que vai até amanhã, sexta-feira.

Roger Martins, estudante do Bacharelado em Cinema e presidente do Centro Acadêmico, falou de sua experiência como estudante negro e sua participação no movimento estudantil. “Nós temos que ocupar os lugares porque somos os protagonistas da Instituição, não podemos nos calar diante das dificuldades, é preciso cobrar quando as coisas não estão boas e lutar para que nossos direitos sejam garantidos”.

Debóra Marques, estudante da Licenciatura em Artes Visuais, ressaltou a importância do NEABI para que ela se sentisse de fato inserida no Ensino Superior. “Eu vim de outra universidade e não conclui o curso porque não sentia o pertencimento que sinto aqui no IFG, aqui eu sei que existem pessoas que trilham o mesmo caminho que eu e que estão preparadas para me fortalecer e me erguer quando eu cair”.

Willyandria Soares, ex-aluna do EJA em Artesanato e estudante da Licenciatura em Artes Visuais, falou sobre sua experiência de retorno aos estudos depois de ficar um longo período afastada da escola quando se tornou mãe. “Vim dizer pra vocês como é ser uma mãe preta, moradora do quilombo de Alto Santana, eu luto pela minha cor e pelo empoderamento de muitas outras mulheres como eu”.

Vitória Santos, estudante do Técnico Integrado em Agroecologia, afirmou a importância da identidade quilombola em sua vida. “Eu sou quilombola, tenho o maior gosto de dizer isso, pra mim é melhor que dizer meu nome, nunca deixem de dizer quem vocês são com orgulho”.

Joaquim karajá, estudante do Técnico Integrado em Produção de Áudio e Vídeo, falou da experiência de se reconhecer indígena depois de ouvir que não poderia sê-lo por ter a pele branca. “Aqui no IFG eu aprendi que ser indígena é ter o sentimento de pertencimento a um grupo étnico”.

O dia continuou com as oficinas, exposição de trabalhos, roda de conversa e minicursos no período da tarde e noite. Os recursos para a realização da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) são oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Hoje a programação se encerra com mais oficinas.

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Comunicação Social/câmpus Cidade de Goiás