Reunião com equipe do Goiás Turismo discute parceria para execução de projetos em comunidades quilombolas

No último dia 14 de março, a professora Ádria Borges participou de reunião com uma equipe da Goiás Turismo para discussão de parceria para a execução de projetos de turismo junto à comunidades quilombolas. Participaram da reunião Fernando Magalhães Filho, da gerência de estudos, pesquisa e qualificação da Goiás Turismo, Janete Rego da Universidade Estadual de Goiás (UEG - Cora Coralina) e Ana Glécia, representante da Associação quilombola do povoado Moinho de Alto Paraíso de Goiás.

A professora explica que foi iniciado um diálogo junto ao órgão para fechar parcerias para execução de projetos de Turismo que foram aprovados em editais de fomento da Fundação Boticário e FAPEP. "O IFG Cidade de Goiás aprovou em conjunto com a Associação Quilombola do Povoado do Moinho e em parceria com a  UEG Cora Coralina e o ICMBIO- Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,  o projeto que realiza diagnóstico sobre a importância da "Trilha do Cavaleiro" na região do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros-Goiás. A proposta foi submetida à Chamada Pública 016/2022 – Chamada para o fortalecimento das áreas naturais protegidas no Nordeste Goiano - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás | Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, tendo a minha coordenação".

O Quilombo do Moinho é uma comunidade localizada em Alto Paraíso de Goiás, e tem parte da sua área dentro do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A comunidade busca se fortalecer economicamente e se integrar ao turismo regional. O projeto tem como objetivo descrever, demarcar e reconhecer o potencial turístico do território da comunidade quilombola por meio da elaboração do Documento Técnico do Potencial Turístico. No mesmo sentido realizar um curso para condutores de turismo, considerando o perfil de visitantes de unidades de conservação e o turismo de base comunitária como forma de qualificar o integrar ao turismo local e de geração de renda.

O objetivo é realizar uma pesquisa com os moradores mais antigos sobre a trilha para sua descrição histórica. O mapeamento será realizado por georreferencimento. Os pontos principais da trilha com atrativos visuais, considerando os aspectos etnográficos, históricos, paisagísticos, etnobotânicos também serão considerados. Espera-se que com este trabalho realizado esses dados sejam utilizados para a elaboração dos documentos necessários para o potencial uso da trilha com fins turísticos. Será construído um Plano de Turismo em conjunto com a comunidade quilombola, considerando a trilha do cavaleiro e demais atrativos turísticos na perspectiva da Base Comunitária.

 Ádria ainda explica que na reunião também foram tratadas questões referentes aos demais projetos em andamento, como o projeto "Tem um quilombo nas trilhas da Cidade de Goiás" junto à comunidade quilombola do Alto Santana, coordenado pela mesma equipe e os projetos "Produtos kalunga da Sociobiodiversidade do Cerrrado", além do "Farofa do Cerrado: produto da Sociobiodiversidade" com as comunidades quilombolas da Chapada dos Veadeiros-GO, sob coordenação do professor Diogo de Souza Pinto, do IFG Cidade de Goiás.