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Simpeex

“Precisamos ressignificar o conceito de negritude”, afirma professora Luciene de Oliveira Dias

Questões relacionadas à Política de Igualdade Étnico-Racial do IFG, reflexão sobre conceitos e ações nessa área foram discutidas

  • Publicado: Terça, 10 de Outubro de 2017, 14h40
  • Última atualização em Quarta, 18 de Outubro de 2017, 17h00
Palestra reúne gestores, membros da CPPIR, estudantes no Simpeex

                 Palestra sobre Formação para servidores em relações étnico-raciais realizada na manhã de hoje, 10, no Simpósio de Pesquisa, Ensino e Extensão (Simpeex) do IFG debateu importantes assuntos que permeiam a luta contra o preconceito, a reflexão sobre os significados de conceitos sobre o assunto, política de ações afirmativas, além de formas de agir quando se fala em política de igualdade étnico-racial. Na ocasião, também foi lançada no Câmpus Aparecida a Rede de Servidores de Educação para relações étnico-raciais do IFG.

                Professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Luciene de Oliveira Dias, foi a palestrante. Ela defende que é preciso trabalhar as questões étnico-raciais a “partir dos coletivos de estudantes, fortalecer esses coletivos e pautar. Passar a existir a partir desses lugares. Precisamos ressignificar o conceito de negritude”, afirma a professora. Ela cita o Coletivo de Mulheres Negras Dandara do Cerrado como um importante instrumento nessa luta.

                A professora defende ainda que as ações afirmativas não são apenas para negros, deficientes e pobres, mas são para “pluralizar o espaço e talvez construirmos uma sociedade que respeite as diferenças”, diz. Um dos caminhos apontados por Luciene nas instituições públicas de ensino é institucionalizar as ações, como realizar cursos de formação de professores (como já ocorre na UFG). Junto com a professora Luciene, na mesa, estava também a professora do IFG – Câmpus Jataí Camila Leopoldina.  

 

Rede

“A Rede quer aproximar a comunidade, ouvir os seus anseios e implementar ações”, finaliza a professora Ádria.

                A manhã de hoje também foi marcada pelo lançamento da Rede de Servidores de Educação para relações étnico-raciais do IFG e também a realização da 3ª reunião da Comissão de implementação de políticas de igualdade étnico-raciais da Instituição.

                A Comissão, conta professora Ádria Borges, que também é uma das coordenadoras da Comissão Permanente de Implementação de Políticas de Igualdade Étnico-raciais (CPPIR), possui um plano de trabalho com várias ações previstas. Uma das mais importantes nesse momento, segundo Ádria, é a discussão sobre a posição da Comissão dentro da Instituição, debate que deve ser levado ao Congresso Institucional para ser contemplado no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).

Além disso, outras ações estão previstas: aumentar a rede de servidores, realizar cursos de formação para professores na área de relações étnico-raciais, ampliar a discussão, inserir o assunto como parte do ensino e/ou disciplina em cursos, realizar mais eventos na área, garantir fomento na pesquisa, com editais específicos sobre igualdade étnico-racial, entre outros. Atualmente, as professoras Ádria (Cidade de Goiás), Camila (Jataí) e  Jaqueline Pereira de Oliveira Vilasboas (Aparecida) estão a frente desse trabalho na comissão. 

                A palestra contou ainda com a presença da pró-reitora de Ensino, Oneida Cristina Gomes Barcelos Irigon, gestores, servidores e estudantes.

 

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Extensão

Na roda de conversa Extensão, Atitude e ousadia: o desafio político da educação e sua interface social, ocorrida na tarde de hoje, 10, a equipe da Pró-reitoria de Extensão (Proex) conduziu conversa sobre os desafios que extensão funciona, englobando seu conceito, dificuldades, possibilidades de acertos e perspectivas no IFG.

Pró-reitor da pasta, professor Daniel Silva Barbosa afirma que mesmo com todos os problemas, questões ligadas ao orçamento, que emperram muitas vezes a continuidade de projetos e trabalhos, questões estruturais internas, nada disso pode fazer com que as ações não sejam realizadas com que os projetos deixem de ser realizados, que a extensão deixe de alcançar seu objetivo, que é atingir o público externo. “Se o público não é externo, não é extensão, não adianta”, defende. Ele ainda ressalta a necessidade de haver diálogo entre as diferentes áreas, que perpassa pelo ensino, pela pesquisa e pela extensão, que uma complementa a outra.

A professora Janira Sodré, do Câmpus Goiânia, afirma que pensar extensão é “pensar a ideia em que a instituição pública é estendida para a sociedade, é entender a extensão como instituição educativa. Não pode haver formação sem pensar em ensino, pesquisa e extensão juntos”, afirma a professora, que ressalta ainda: “O papel da extensão é fortalecer a sociedade civil. Atendimento, serviços e capacitação são formas de promover a extensão, que é muito maior que isso, ela tem que se articular com o desenvolvimento social e econômico da região”, finaliza.

O técnico em Assuntos Educacionais da Proex, Vinícius Duarte Ferreira, afirma que a equipe da pró-reitora se pauta pelo marco regulatório que versa sobre educação popular, na implementação de ações e programas de extensão no IFG, pois ainda não existe uma lei de extensão finalizada e aprovada.

O diretor de Ações Sociais, Constantino Isidoro Filho, e a coordenadora Executiva da Proex, Flávia de Barros Vianna Sgarbi de Castro, também participaram da roda de conversa, além de servidores de diferentes câmpus.

 

Diretoria de Comunicação Social/Reitoria/Equipe de Comunicação Oficial do Simpeex 2017.

 

 

 

 

 

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