Câmpus Luziânia realiza ações para promover a cultura da paz e prevenção da violência

Estudantes encenam formas de violência que sofrem no dia-a-dia

Ciberbullying, racismo, misoginia, masculinidade tóxica e capacitismo foram os tipos de violência abordadas no IFG Encena, evento realizado pelas psicólogas do Câmpus Luziânia e pelo Grêmio Estudantil, no dia 26 de abril. A atividade foi composta por quatro cenas teatrais, encenadas por estudantes do Grêmio, mostrando cada uma destas violências e mediadas pelas psicólogas Jeisa Marcondes e Taisa Fidelis. Ao final, o grupo de alunos encenou possíveis soluções para as violências apresentadas. Ainda, na última sexta-feira, 28, durante a reunião de pais e responsáveis, o grupo teve um momento de orientações e reflexões com os pais presentes.

Segundo as psicólogas, o IFG Encena buscou retratar cenas de violências sofridas pelos jovens no seu cotidiano e que às vezes são taxadas como “normais”. “Falar de forma aberta desses temas não é fácil, mas a palavra, a denúncia, é um meio importantíssimo para rompermos com os diversos ciclos de violência que nos atravessam. Ter consciência e refletir sobre o tema contribui para que tenhamos uma escola e sociedade mais inclusiva e justa”, afirmou Taisa Fidelis.

Entenda o que foi abordado:

Cena 1 – Ciberbullying: é uma forma de violência cometida contra o outro nas plataformas digitais, muito devastadora uma vez que a vítima fica ainda mais exposta. É responsabilidade de cada um não compartilhar, não reproduzir e, principalmente, denunciar. A internet não é um território sem lei, mas ela exige de todos uma vigilância maior em relação ao próprio comportamento.

Cena 2 – Racismo, Misoginia, Masculinidade Tóxica: são formas de violência que acontecem com muita frequência. Tratar a mulher como um objeto é uma violência. Racismo é crime. E o machismo é responsabilidade de todos combater, ainda mais dos homens. Eles precisam olhar os próprios comportamentos e avaliarem de que modo estão conduzindo suas posturas enquanto homens.

Cena 3 – Capacitismo: forma de violência em que se olha para o outro que possui alguma deficiência como um incapaz reforçando a exclusão e opressão. O capacitismo acontece por uma questão histórica em que as pessoas com deficiência são definidas pela própria deficiência e não por suas múltiplas capacidades. É preciso compreender que todos são diferentes, todos têm habilidades em alguns pontos e limitações em outros, é preciso respeitar essas diferenças.

Cena 4 – "Soluções": a cena mostra o quanto é fundamental o diálogo dentro do espaço da escola como forma de resistência à violência. Apresenta também a importância da busca do combate a violência por meio do coletivo, uma vez que pela complexidade do tema não é possível tentar resolver individualmente. É preciso que a escola seja um território em que os estudantes tenham confiança de que serão ouvidos e acolhidos nas suas necessidades, mas também serão orientados quando necessário.

Coordenação de Comunicação Social / Câmpus Luziânia.