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Ética e Moralidade

“O principal papel da Comissão de Ética é a Educação”, afirma palestrante  durante o III Workshop de Ética

Atividades estão sendo realizadas durante todo o dia, com palestra e dinâmica entre os participantes

  • Publicado: Quarta, 13 de Junho de 2018, 14h25
  • Última atualização em Quarta, 27 de Junho de 2018, 15h13

            Em palestra de abertura do 3º Workshop de Moralidade e Conduta Ética, a assistente social e pesquisadora do Instituto Federal da Bahia (IFBA), Eliana Silva Nascimento, discorreu sobre o papel da Comissão de Ética nos institutos federais, tema fruto de uma pesquisa de mestrado da servidora. O evento teve início na manhã de hoje, 13, no auditório Julieta Passos do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Câmpus Goiânia.

            A servidora iniciou sua fala defendendo que se as pessoas querem mudanças no País, por causa dos casos de corrupções, é “preciso que comecemos por nós mesmos, com a nossa mudança”, afirma. Ela realizou um trabalho de pesquisa no seu curso de mestrado contemplando as experiências e percepções dos servidores e da comunidade do IFBA sobre a Comissão de Ética daquele instituto. Ela é servidora há 12 anos no IFBA e ao perceber que a comunidade da instituição não tinha muito conhecimento do que era a Comissão de Ética, resolveu estudar o tema com foco no Câmpus Salvador.

            “Temos problemas de relações interpessoais, elas não são tranquilas. Temos servidores desde a época da escola técnica, do Cefet e agora do instituto. Há conflitos que explodem a cada minuto e a comissão sozinha não dá conta. A Comissão precisa de pessoas que tenham flexibilidade e interesse em trabalhar com questões educativas. Creio que o mesmo deve ocorrer aqui no IFG”, diz a assistente social, completando ainda que “Nosso trabalho não é individual, é coletivo. Eu falo aos meus colegas para que façam o feijão com arroz; uns fazem, outros não fazem e outros ainda atrapalham”, afirma.

            A servidora faz ainda um questionamento: “o que nos comprometemos a fazer? Como cobrar honestidade se nem mesmo o horário de trabalho é cumprido”, pergunta Eliana em relação à realidade estudada.

             Atuação 

            A presidente da Comissão de Ética do IFG, Marisa Alves Vento, preside a Comissão há 4 anos. Ela conta que a ideia do trabalho do grupo é “minimizar os desvios éticos na Instituição. O objetivo principal da comissão é educação”. A presidente afirma que não se pode falar em diminuição de casos de um ano pra outro e que em 2018, já recebeu 10 denúncias, sendo que seis estão em fase de apuração. Paralelo ao trabalho de análise das denúncias, os representantes locais da comissão nos câmpus conseguiram realizar um mapeamento dos desvios éticos encontrados em cada unidade, por meio de entrevistas com gestores e servidores. “Nesse encontro de hoje vamos também abordar esse assunto sugerindo possíveis soluções. As relações interpessoais no trabalho, os desvios de função ou descumprimento de funções no cargo são algumas das questões que aparecem”, diz Marisa.

            O processo, segundo ela, inicia-se com o recebimento da denúncia, por meio do e-mail, da ouvidoria ou pessoalmente. Depois, a comissão reúne-se para analisar realmente o caso deve ser admitido na comissão, começa o processo de averiguar as informações, as conversas com os envolvidos, realizar possível acordo, que se descumprido pode gerar a penalidade máxima, que é a censura. “Isso vai para a pasta funcional do servidor. E podemos sugerir a formação de um Processo Administrativo Disciplinar – PAD – ou até a exoneração, neste caso, é montado um PAD”, finaliza.

            Participaram da mesa-diretiva na manhã de hoje, 13, além da presidente Marisa, a pró-reitora de Ensino, Oneida Gomes Irigon, que representou o reitor do IFG, professor Jerônimo Rodrigues da Silva, a assessora de Relações Institucionais, Gerley Lopes, que representou a diretora Executiva, Adriana dos Reis, e a diretora-geral do Câmpus Goiânia, Maria de Lourdes Magalhães. A professora Oneida defendeu a importância do evento e do trabalho da comissão, por ser de formação continuada. “Precisamos trazer cada vez mais pessoas pra nossa discussão”, finalizou Oneida. Pró-reitores, diretores de câmpus e servidores também estiveram presente no Workshop.

            À tarde será realizada uma dinâmica com a presença da também servidora do IFBA Luize Pinheiro Meirelles. Ela integra a Comissão de Ética do IFBA e o Comitê de Ética em Pesquisa do mesmo instituto.

 

 

Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.

 


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