Cientistas Formosas inicia o ciclo de atividades

 O Teatro Guaiá presenciou na sexta-feira curiosidade, ansiedade, sorrisos e olhares de satisfação entre meninas do ensino fundamental. As alunas do Colégio Estadual Maria Angélica de Oliveira (CEMA), parceiro do Câmpus no Projeto Cientistas Formosas, estavam presentes no lançamento do primeiro programa do Câmpus local do Instituto Federal de Goiás (IFG) visando à promoção da ciência para meninas e mulheres, acompanhadas por servidores e colegas alunos.

Os três vieses do projeto fizeram com que se transformasse no primeiro programa legitimamente do Câmpus. Trata-se de uma ação de Extensão, por envolver a comunidade externa ao Câmpus em atividades, como palestras, exibição de filmes, participação em eventos, atividades experimentais, visitas técnicas, aulas de reforço, sempre voltadas para a ciência.

O Programa também é uma ação de prestação de serviço, pois alunos do curso de Manutenção e Suporte em Informática irão avaliar e consertar computadores do laboratório do colégio para ofertar curso de informática básica à comunidade escolar; e uma ação de pesquisa, já que fará entrevistas com três alunas do colégio para analisar a preferência por carreiras científicas. Entretanto, apesar de o foco ser estimular as carreiras científicas para meninas, todos se beneficiam do Programa.

"É uma área muito escassa de mulheres, as meninas realmente sofrem muito preconceito. As pessoas têm este estereótipo de que mulher não sabe ciência", declarou a professora de Matemática, Márcia Monteiro. 

O projeto foi submetido à Chamada CNPq/MCTIC Nº 31/2018, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sendo contemplado com verba para financiamento de custeio e de três bolsas de Iniciação Científica Júnior destinadas a alunas do CEMA; uma bolsa de Iniciação Científica para a estudante de Engenharia Civil, Thalía Gabrielle Ferreira de Jesus; e uma bolsa de Apoio à Extensão no País – Nível Superior para a professora de Física e Matemática do colégio, Marcia do Amaral Monteiro. Segundo Marcia, "senti que elas [as meninas] ficaram mais confiantes e que por ser um projeto ligado ao IFG e ao CNPq, elas ficaram muito motivadas, ficaram vaidosas por estar participando".

Participam ainda o professor de Química do CEMA, Julio César Santa Anna; o professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Eleandro Adir Philippsen; a coordenadora do projeto no IFG, professora Patrícia de Castilhos e a professora Karen do Nascimento. Foram mais de 700 inscritos e cerca de 70 projetos foram aprovados, o que para Adriana Martini Martins, uma das coordenadoras, é fato louvável.  “Ser reconhecido e ter este financiamento do CNPq significa muito para a gente”, disse ela.

Cronograma Agosto

O projeto não é só para as meninas, mas como é um projeto de incentivo à participação de meninas e mulheres em ciências, elas têm preferência na lista que têm vagas limitadas. As estudantes do CEMA também possuem a preferência. 

As inscrições serão realizadas no CEMA com a professora Márcia Monteiro. 

A sexta contou com um recital de clarineta com a professora Rosa Barros e com a palestra A Importância das Mulheres na Física: da Radioatividade aos Buracos Negros, com a vice-diretora do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB), professora doutora Vanessa Carvalho de Andrade.

Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa