Câmpus antecipa Dia da Árvore com plantio de mudas
Projeto Agroecologia no Bairro recebeu hoje estudantes de escola municipal para plantio de espécies diversas.
O novo ambiente para ensino, pesquisa e extensão do Câmpus Formosa, a Casa de Vegetação ou Estufa, como tem sido chamado popularmente, recebeu nesta manhã, véspera do Dia da Árvore, a visita de cerca de 35 alunos da Escola Municipal Walda Miranda de Paiva, acompanhados da professora de Ciências, Ludmilla Ferreira Bispo, e do professor de Geografia, Alex Alves de Oliveira, para ação de plantio de mudas pelo projeto Agroecologia no Bairro, desenvolvido no espaço, após a finalização da estufa.
O projeto Agroecologia no Bairro é desenvolvido por um grupo de professores e ex-professores do Câmpus Formosa – Marcus Augusto Schliewe, Vinícius Gomes Ferreira, Murilo Teles Domingues, André Vinicius Martinez Gonçalves, Geraldo Witeze Júnior e Adriano Antonio Darosci (Instituto Federal Goiano) – desde o ano passado, quando foi selecionado pela Chamada Pública nº 36/2018, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Ele seguirá até junho de 2020.
A partir da aprovação e recebimento do recurso no valor de 69 mil reais, a equipe partiu para a execução da primeira etapa do projeto, a montagem da estufa, finalizada no mês de agosto. Após a montagem, os materiais de pesquisa, antes armazenados no laboratório do Câmpus, foram transferidos para a Casa de Vegetação para iniciar as atividades no local. O projeto tem por objetivos recuperar cerca de meio hectare da área degradada do terreno do IFG, produzir mudas de plantas nativas do Cerrado e também agrícolas para doação, levar a comunidade para o Câmpus, dentre outros.
Visita
Com as mudas em mãos, os estudantes da Escola Walda Miranda de Paiva chegaram para deixar sua contribuição no Câmpus Formosa. Divididos em grupos, realizaram atividades diversas e conheceram alguns laboratórios do Câmpus.
Na estufa, foram orientados sobre o funcionamento do ambiente e de sua destinação. Enquanto isso, um grupo fazia a coleta do lixo encontrado no terreno do Câmpus, de parte de chuteira a boneco de plástico, o que deixou a equipe espantada. Ao mesmo tempo, uma bolsista apresentava árvores do cerrado já plantadas no local e particularidades delas. “Este projeto é um dos mais importantes que eu participei, porque mostra para a comunidade o quanto é importante ser ativa para que possa usufruir deste espaço, ajudando a cuidar”, declarou a professora do colégio municipal, Ludmilla Ferreira Bispo.
A visita chegou aos laboratórios de Microscopia e Zoologia, onde a garotada se espantou com animais quase invisíveis, como amebas e protozoários, vistos pelas lentes do microscópio, e com outros maiores, como cobras, tatus, aranhas e outros da coleção de zoologia. “Se tivesse isso lá no colégio, ia ser bom”, declarou o aluno Gustavo Sousa da Silva, que é filho do funcionário terceirizado do IFG, o jardineiro Vanderlei Silva da Cruz.
A cereja do bolo foi deixada para o final, o plantio. A área é preparada com irrigação por meio de canos que seguem os canteiros onde foram e serão plantadas mudas de caju do cerrado, amora, jatobá e outras. Instruídos pelos professores, os estudantes depositaram suas mudas nas covas, cobrindo de terra novamente, esperando ali promissoras árvores. “Eles vão levar este conhecimento para casa e vão transmitir para as outras pessoas. Isso vai ser um benefício para a comunidade”, afirmou o professor Alex.
O professor Marcos chama a atenção também para os sansões-do-campo, que agora se tornam árvores maiores e cobrem lateralmente as grades do IFG. A espécie foi plantada durante o Projeto IFG Verde e já rende sementes. “Vamos plantar as sementes da cerca-viva para até recuperarmos algumas falhas que ficaram ao longo da grade”, explicou ele.
Irrigação
Segundo o professor Schliewe, a empresa de Formosa Frigorífico Bom Corte assinalou para a doação do sistema de irrigação automatizado, necessário para manter regularmente as plantas úmidas. Em contrapartida, o IFG/Câmpus Formosa criará no frigorífico uma central de compostagem com o material descartado do rebanho. Além disso, também dará suporte na reconstituição da vegetação adjacente à empresa.
Projetos
O Agroecologia prevê projetos circundantes, a exemplo do projeto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) do aluno José Otávio dos Santos Silva, Desenvolvimento de plântulas de espécies nativas do Cerrado e de outras tecnologias para recuperação de áreas degradadas, cujo coordenador é o professor Adriano Darosci; e o Pomar Educativo do Cerrado, um projeto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da estudante Karlla Aparecida Ribeiro, coordenado pela professora Haissa Melo de Lima Gunther. “O projeto é interessante porque integrou os núcleos e os cursos de Biologia e Ciências Sociais”, analisou Schliewe. Os bolsistas de Ciências Biológicas atuam com o material biológico e os de Ciências Sociais, com o material humano.
Os ganhos são inúmeros. O professor Adriano diz que o Câmpus terá o consórcio de espécies nativas do cerrado com espécies que possuem algum interesse econômico, “que podem ser utilizadas ou pela alimentação ou pela medicina popular”. “Ao fazer este consórcio e ao mesmo tempo recuperar a área, a gente deixa de ter uma área dominada por espécies exóticas em uma única espécie para ter agora uma área com várias espécies que vão ser utilizadas para extração de algum tipo de produto e também para os alunos participarem de uma aula prática e vamos ter até uma área de lazer, onde os alunos podem visitar”, finalizou.
Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa
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