IFG presta suporte a escolas públicas estaduais durante a pandemia
O Câmpus Formosa fez a doação de mudas de cajá-manga, ipês e outras plantas
Professores da Escola Estadual Joaquim Antônio Magalhães, de Formosa, visitaram, na manhã de ontem, o câmpus do Instituto Federal de Goiás. Eles foram conhecer o Projeto Agroecologia no Bairro, coordenado pelo professor Marcos Augusto Schliewe, desde 2018. No dia 24 de setembro, outra escola, a Leônidas Ribeiro de Magalhães, também havia ido ao Câmpus Formosa para ter mais informações sobre o projeto.
O projeto objetiva produzir mudas de plantas do Cerrado para doar à comunidade. As espécies cultivadas servem para incentivar a comunidade a viver de forma mais saudável, conhecer o cerrado e ter amor pela natureza. O local que abriga as plantas recebe visitas agendadas. A Casa de Vegetação, também conhecida como “Estufa”, armazena e produz plantas medicinais, nativas do cerrado, frutíferas e hortaliças.
Os professores Edivaldo Antônio Silva, Felyssom Iago Luz e Aurinda de Jesus Silva explicaram que há na escola um projeto multidisciplinar sobre o Setembro Amarelo, que une disciplinas, como matemática, ciências da natureza, geografia, artes e educação religiosa, em torno do ipê amarelo. “Viemos ao IFG para fazer um projeto de uma aula diferenciada para os alunos, com plantação. Vou introduzir o conteúdo de Matemática, utilizando o distanciamento entre uma muda e outra para eles entenderem o que é comprimento”, relatou a professora Aurinda.
Os professores Felyssom e Edivaldo, de Geografia e Ciências da Natureza, têm os laços com o IFG mais estreitados. Felyssom é pós-graduando do curso de especialização Educação para Cidadania do Câmpus Formosa e Edivaldo realizou sua graduação em Ciências Biológicas no IFG. Ambos procuraram no Instituto apoio para suas atividades pedagógicas. “É muito gratificante voltar ao IFG. A parceria é uma ponte do Instituto com as escolas. Neste período de aulas online estamos nos reinventando para que possamos mediar atividades diferenciadas com nossos alunos”, justificou Felyssom.
O professor Edivaldo falou sobre a importância da preservação do meio ambiente e da aproximação da comunidade com as instituições de ensino. “É importante quando você tem condições de trazer a comunidade escolar para dentro da instituição de ensino e fazer com que essa comunidade reconheça este espaço como um local próprio, como um local seu”, disse o docente. “Hoje a maior dificuldade que a gente tem na escola é fazer com que a comunidade escolar reconheça a escola como sendo parte dela, da própria pessoa”, completou.
Para Edivaldo, “um projeto deste traz empatia, companheirismo, solidariedade, uma série de quesitos que são extremamente importantes para nós, educadores, para os educandos e para a comunidade como um todo”. O ex-aluno reafirmou a atuação importante do Instituto Federal de Goiás: “Mesmo com a situação da pandemia, a gente vê que o instituto está andando, está seguindo, e quando voltarem as aulas tudo isso aqui vai se transformar”.
O projeto Agroecologia no Bairro tem recursos oriundos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Chamada Pública nº36/2018, e conta com a parceria da Associação de Moradores do Parque Lago, secretarias municipais de Meio Ambiente e de Educação e do Frigorífico Nippobras.
Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa
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