Núcleo Incubador de Formosa é inaugurado com palestras da Proex e do Programa Multincubadora de Empresas da UnB
Palestras levaram esclarecimentos à comunidade sobre inovação, incubação e transformação social
Alegria e satisfação marcaram a inauguração do Núcleo Incubador do Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG), na tarde de ontem, 28 de julho. Duas palestras, com a diretora de Ações Pofissionais e Tecnológicas (DAPT) da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), professora Lilian Pascoa Alves, e com a coordenadora da Coordenação de Empreendedorismo e Desenvolvimento Empresarial e Social (CEDES) da Universidade de Brasília (UnB),professora Tânia Cristina da Silva Cruz, abriram a solenidade.
Convidados externos marcaram presença, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), CSA Pé na Terra e Gepex do Câmpus Águas Lindas. Estagiários atuantes no Câmpus, servidores técnico-administrativos e docentes assistiram aos esclarecimentos sobre a implantação de um núcleo incubador.
"As parcerias vão nos ajudar no processo de entendimento da incubação. A gente precisa de formação e das experiências de outras instituições", comentou o gerente da Gepex, Bruno Quirino Leal.
O gerente da Gerência de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão (Gepex), professor Bruno Quirino Leal, contextualizou os caminhos que levaram o Câmpus até o Núcleo Incubador. De acordo com ele, a ideia do Núcleo surgiu antes mesmo de participar da Chamada Pública lançada pelo IFG para mapear os câmpus interessados no tema, mas a partir de uma ideia de ação em parceria com o Case-Formosa e a UnB. O projeto escrito com a UnB "pode findar num processo de incubação para socioeducandos e familiares".
Inovação e Transformação
Lilian Pascoa Alves, da Proex, acompanhada de Laisy de Oliveira Freitas, realizou a palestra "Escritório de Estímulo às Incubações no IFG: inovação e transformação social". Lilian explicou todo o processo de incubação no IFG, dos ambientes de inovação, como o CiteLab, ao Núcleo Incubador, conceituando-os; e falou da importância da inovação.
"A inovação só acontece se a gente tiver uma rede articuladora, se houver o diálogo do ecossistema, porque ela tem o propósito de atender à sociedade", salientou Lilian Pascoa Alves, da Proex.
O IFG ainda não tem ambientes inovadores institucionalizados. Segundo a coordenadora, isso deve ocorrer até o fim do próximo ano, pelo trabalho conjunto da equipe de oito câmpus do IFG e Reitoria. Até o momento, o trabalho tem sido realizado para promover o diálogo e conhecimento sobre o assunto. A Proex tem um "papel sistêmico de articulação, mobilização e promoção do ambiente de inovação", justificou a palestrante.
Lilian falou do surgimento de possibilidades com a criação da Lei da Inovação, instituída em 2004, que permitiu a participação no processo de inovação nacional, fazer parceria com empresas nacionais para a inovação, criar ambientes de inovação, promover prestação de serviços tecnológicos para inovação, remunerar pesquisadores com royalts de inovação e apoiar inventores. "A Lei de Inovação diminuiu um pouco o abismo entre a academia e o sistema produtivo, para que estas instituições pudessem promover inovação junto com a sociedade, para a sociedade e com a sociedade", afirmou.
O processo de criação de uma incubadora para por sondagem do público; pré-incubação, que a formação da equipe; incubação, graduação e pós-incubação. Conforme a diretora, no momento "estamos na etapa de capacitação da equipe gestora e sensibilização da comunidade" e os resultados esperados são inovação e transformação social.
Parceria
A palestra seguinte, "Programa Multincubadora de Empresas da UnB", proferida pela professora da UnB, Tânia Cristina da Silva Cruz, veio fortalecer e exemplificar as palavras da diretora da DAPT do IFG.
"Os gestores e governantes que são expertos, tratam bem as universidades. Não se faz inovação sem universidade", alertou a palestrante da UnB, Tânia da Silva Cruz.
Tânia reverenciou as instituições públicas, o papel delas na sociedade e o IFG. "Educação pública é oportunidade, é equidade, é igualdade. O IFG é um patrimônio. Está no DNA de vocês o núcleo de incubação. Essa iniciativa tem que ser festejada", declarou. A professora incentivou os estudantes presentes a ocuparem seu espaço na instituição.
Inovação e impacto foram citadas como palavras fundamentais neste processo. "Penso que estou num território que tem tudo isso, porque o agritec está aqui, cravada no coração de Formosa, como a economia solidária e a tecnologia social", opinou. A ideia de inovação, para ela, é "decolonizar pensamentos, perspectivas e impulsionar talentos". Para que a inovação aconteça, de acordo com ela, "tem que ter Estado, mercado, sociedade civil, universidade e meio ambiente".
A captação de recursos é fundamental para a autogerência das incubadoras. A professora disse que as incubadoras devem estar na meta orçamentária, financeira e institucional, dada a sua importância, mas que as empresas também podem ser grandes parceiras. "As grandes empresas ganham os talentos. Elas vão para dentro das universidades. O empresário esperto, situado, vai estar dentro da sala de aula, é lá que estão os talentos do país, com os professores e estudantes".
Sobre parcerias, a doutora reforçou o trabalho entre a UnB e o IFG. "Para mim, a partir de hoje, a parceria está estabelecida" e convidou os servidores do IFG para conhecerem de perto o Núcleo da UnB, que tem uma base bastante consolidada. "Política pública, parceiros e rebeldia para cavar recursos" são o segredo para o sucesso.
Após as falas e um coffee break, os convidados externos e a comunidade acadêmica presentes conheceram as instalações do Núcleo Incubador de Formosa, localizado no Bloco Administrativo, um ambiente "agradável" e "aconchegante", segundo os visitantes, que foi equipado com dois computadores, quadro de vidro, televisão, sofá e mesa, propiciando o surgimento de novas ideias.
Veja fotos no álbum "Inauguração do Núcleo de Incubação", no perfil do Instituto Federal de Goiás / Câmpus Formosa, no Facebook.
Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa
Redes Sociais