III Seminário de Pesquisa em Artes encerra Festival de Artes de Goiás
O tema foi Arte na Educação Básica: Quais os SentidoS?
Na última semana, entre 27 e 30 de novembro, o Instituto Federal de Goiás realizou a XVII edição do Festival de Artes de Goiás. O evento levou para a cidade de Goiás centenas de estudantes e profissionais das artes e da educação, de diversas partes do estado e do Brasil, para uma imersão e vivência das várias linguagens da arte, consolidadas e em construção. O propósito do Festival, que é o de integrar arte e educação, e ser um espaço de debate, inclusão e construção coletiva, mostrou-se mais uma vez necessário e desejado pelos jovens e adultos que frequentaram o evento ao longo dos quatro dias de sua realização. Participantes que expressaram em falas, gestos e sorrisos a demanda crescente por esta fruição do fazer cultural.
O Seminário de Pesquisa encerrou a programação do Festival, no sábado pela manhã. A professora Luciana Ribeiro, coordenadora do ProfArtes, comentou: "O terceiro Seminário de Pesquisa do Mestrado Profissional foi mais uma vez muito interessante e muito pertinente, porque é o momento pra fazermos discussões mais amplas sobre o papel do ensino da arte. É também nesse encontro que temos a oportunidade de publicizar as pesquisas dos nossos estudantes. O fato do Seminário de Pesquisa em arte acontecer dentro do Festival torna tudo ainda mais interessante, justamente porque os professores da educação básica podem ter um contato mais amplo com as manifestações artísticas, por meio das oficinas, das apresentações e das experimentações. A própria imersão na cidade de Goiás, que já é em si uma experiência estética à parte. Poder estar ali numa cidade que é patrimônio da humanidade."
O tema do evento deste ano, que foi SentidoS, delineou os contornos de cada experiência escolhida pela organização, proporcionando aos presentes a vivência do tato, da audição, da visão, do olfato e do paladar, de forma engajada com a arte e a cultura. Segundo o coordenador desta edição, professor Carlos Cipriano, a missão do evento foi cumprida com louvor, já que foram recebidas várias avaliações positivas a respeito da programação e da organização, vindas das comunidades interna e externa do IFG. Sobre essas reações, Carlos comenta: "Era nítida a alegria em estar presente no evento, cheio de boas surpresas. O festival terminou deixando um gostinho de quero mais, um desejo de que se repita no próximo ano".
Em outra avaliação importante sobre o Festival, o professor Willian Batista dos Santos, Pró-Reitor de Extensão do IFG, relata sua impressão: "O 17º Festival de Artes de Goiás consolidou-se mais uma vez como um dos maiores eventos culturais e artísticos do IFG, reafirmando seu papel na promoção da arte, da educação e da cidadania. As diversas atividades mobilizaram nossos estudantes, os servidores técnico-administrativos e docentes e os trabalhadores terceirizados. Foi um diálogo intenso entre artistas e a comunidade em geral, com momentos de aprendizado, troca de experiências e celebração da diversidade. Além disso, o Festival contribuiu significativamente para fortalecer as conexões entre ensino, pesquisa e extensão. Eu penso que o sucesso desta edição reflete o empenho de todos os envolvidos e reforça esse evento como um espaço essencial para o fomento da criatividade, da inclusão e do diálogo. E que os frutos deste encontro inspirem novos projetos como esse".
Sobre a programação, as apresentações contaram com artistas convidados, estudantes e servidores da Instituição, que ocuparam diversos espaços da cidade, como um palco no próprio IFG, o Cine Teatro São Joaquim, o Circo Cinema Rosinha do Brejo, a sala de exposições do SESC Goiás, o Centro de Memória e Cultura do Poder Judiciário, a Igreja do Rosário e principalmente o Mercado Municipal de Goiás. Também foram ofertadas diversas oficinas gratuitas e acessíveis a todos públicos, incluindo uma aula de crochê com as mãos, ministrada pela artesã cega Joelma Cândida, aula de percussão para o Jongo, a oficina ABO, que incluía as manifestações de cultura adeo através do artesanato, aulas de dança, teatro, expressão corporal, construção de bonecos, iluminação para cinema, roteiro para podcast, graffiti, jogos musicais, maculelê, oficina para MC/Rapper, Xilogravura, e todas elas com lotação máxima, de pessoas desejosas de construírem esses saberes.
A programação ainda contou com a Mostra de Audiovisual, de vídeos feitos por estudantes de cinema e audiovisual do Câmpus Goiás, e Exposições de Artes Visuais, incluindo a obra que deu identidade à esta edição do evento, da artista Flavia Fabiana, além de obras táteis, para serem manuseadas por pessoas cegas, com trabalhos feitos por alunos da UnB.
Na música, foram várias as possibilidades de experimentação; desde a música erudita, passando pelo samba, até a discotecagem com DJs convidados, incluindo o Grupo Lamparina, convidado de Minas Gerais. Outra atrações que fizeram vibrar o público foram as performances interartes e interativas como o Por Acaso_Tarde de Improvisos, com Por Quá e Vida Seca, e as apresentações de Eduarda Richelly, dançarina com deficiência visual, e que é conhecida como Rainha da Inclusão. Falando em inclusão, outro momento marcante do Festival foi a apresentação do ator Julio Vann, com trechos do espetáculo "Niq - por estradas mundo afora" no Lar São Vicente de Paulo. O ator disse que se emocionou ao perceber que até mesmo pessoas acamadas sentiram seu trabalho e puderam interagir com o teatro, mesmo que através de uma canção ou pequenos gestos de satisfação.
Além de tudo isso, o Encontro de professores de artes, o encontro sobre memórias do Festival e o Seminário de Pesquisa do Mestrado Profissional em Artes, o ProfArtes, completaram a programação, proporcionando a pesquisadores, professores, artistas e educadores momentos de reflexão sobre os sentidos da arte na formação humana, e as construções que o IFG tem feito até aqui, nesta área de formação.
Coordenação de Comunicação Social e Evento do Câmpus Aparecida de Goiânia/Pró-Reitoria de Extensão
Redes Sociais