Estudantes dos cursos de Artesanato e Artes Visuais têm roda de conversa sobre as condições do artesanato em Goiás

Ontem, dia 23 de maio, os estudantes dos Cursos de Artesanato (EJA) e da Licenciatura em Artes Visuais tiveram a oportunidade de conversar com a Gerente de Artesanato do Estado de Goiás, Miriam Pires, que também já foi professora substituta no câmpus, e sua equipe de trabalho. Dentre os assuntos foram discutidos os conceitos de artesanato e artes, o programa do Artesanato Brasileiro, as características do artesanato local e o reconhecimento da profissão de artesão.

O momento oportunizou o diálogo sobre os conceitos e concepções de Arte e Artesanato; os elementos que definem o trabalho e o produto artesanal de acordo com PORTARIA Nº 1.007-SEI, DE 11 DE JUNHO DE 2018 que institui o Programa do Artesanato Brasileiro, cria a Comissão Nacional do Artesanato e dispõe sobre a base conceitual do artesanato brasileiro. Foi discutido o que caracteriza as produções realizadas aqui na cidade de Goiás, que para a artista e artesã Miriam Pires “tem a tonalidade amarela, proveniente do pequi, da pamonha, do ipê...”. Também foram abordados quais são os traços da identidade cultural do artesanato produzido aqui, quais são os processos, as matérias primas, os saberes e tradições que cada produto carrega. Ela falou sobre a importância do processo de pesquisa de cada um, sobre o que motiva e do ato criativo que torna cada peça única e com uma marca de quem a produziu. Enfatizou as matérias primas de cada território, como o barro/argila como um elemento característico de Goiás e o diferencial da cerâmica que aqui é produzida.

Outro assunto destacado por Miriam foi o reconhecimento da profissão de artesão e os direitos trabalhistas provenientes deste reconhecimento; mencionou a Lei 13.180/2015 que dispõe sobre a profissão de artesão e dá outras providências; questão pertinente às/aos estudantes que estão cursando o Artesanato. “Sobre isso, houve muitas perguntas acerca da profissionalização, das aprendizagens na área a partir das experiências de participação das feiras, sobre critérios de reconhecimento do trabalho e do produto artesanal”, explica a professora Renata Falleti.

Miriam enfatizou a necessidade de cada um/a se especializar, o que exige pesquisa, desenvolvimento de técnicas e criatividade; um processo possível a todos, entretanto, requer dedicação, tempo e conhecimento que o IFG câmpus Cidade de Goiás, disponibiliza por meio das disciplinas teórico práticas dos núcleos profissionalizantes, tais como: fotografia para portfólio; artesanato tridimensional; estamparia e gravura; biojóia; ateliê têxtil; apresentação do produto artesanal, dentre outras que agregam valor aos produtos. Ela também mencionou a LEI Nº 20.979, DE 30 DE MARÇO DE 2021 que institui o Sistema do Artesanato de Goiás – SAG e o Conselho do Artesanato de Goiás – CONARTGO, e cria o Selo do Artesanato de Goiás e a Carteira do Artesão, instrumento importante de reconhecimento profissional e que possibilita a promoção de muitos direitos, dentre eles, o de participação nas mais importantes feiras de artesanato do Brasil.

A carteira está sendo confeccionada entre hoje e amanhã, dia 24/05/2022 na Associação “As Coralinas”, no Mercado Municipal de Goiás. Os procedimentos e critérios se cadastrar e obter a Carteira do Artesão podem ser consultados nos sites https://www.retomada.go.gov.br/artesanato/sobre-o-artesanato.html e https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/artesanato, além de outras informações sobre a área.

Comunicação Social/câmpus Cidade de Goiás