Graduandos das engenharias visitam mineradora considerada a maior produtora de nióbio do mundo
A empresa é brasileira e está localizada em Araxá (MG)
Em 12 de junho último, um grupo formado por 25 graduandos dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia de Controle e Automação viajou até Araxá, em Minas Gerais, para conhecer a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), considerada a principal produtora “mundial de nióbio e única empresa com presença em todos os segmentos do mercado de nióbio”.
A visita técnica faz parte do planejamento das disciplinas de Instrumentação Industrial (5º período das duas engenharias) e Acionamentos e Comandos Elétricos (8º período do curso de Automação) e foi acompanhada pelos professores do IFG Câmpus Itumbiara, Bruno G.G.L.Z. Vicente e Willian M. Leão. Para os docentes, a ida à Companhia foi motivada pelo fato de a empresa fazer uso de tecnologia de ponta, empregar diversos tipos de “instrumentos e protocolos de comunicação de automação” e também por realizar pesquisas inovadoras e de alto impacto para o mundo.
Na CBMM, o grupo visitou o Museu do Nióbio, que conta a descoberta do metal, primeiras aplicações e utilização do material pela indústria mineradora. “Podemos entender as diversidades de produtos que são gerados na empresa de acordo com o grau de pureza que o cliente solicita”, diz o prof. Willian. Após a ida ao Museu, o grupo conheceu a Fábrica de Concentração II, onde ocorre o beneficiamento, ou seja, a purificação do nióbio.
Outra parte da visita que surpreendeu bastante o grupo foi no Setor Nióbio Metálico, onde se aplica um feixe de elétrons sobre o vácuo causando o derretimento do nióbio, processo que eleva a temperatura a 3000°C. No entanto, explica Willian, por causa do vácuo a condução de calor é impedida e os estudantes puderam ver a olho nu “o metal entrando em processo de fusão”, o que causou muita surpresa e curiosidade em todos.
Relatos e impressões
Sobre a oportunidade de conhecer a CBMM, a estudante da Engenharia de Controle e Automação, Nayele Almeida Lucena, disse que a visita proporcionou uma “ampla visão sobre o curso” e possíveis áreas de atuação uma vez que a Companhia é “quase 100% automatizada”, diz a jovem. Para ela, poder conversar com os profissionais e verificar de perto o trabalho deles também foi de grande valia.
Outra estudante do mesmo curso, Michelly Santos Queiroz, comentou que a ida à metalúrgica “foi muito estimulante”, pois foi possível ter clareza sobre a rotina de trabalho de um engenheiro de automação e maior identificação com possíveis áreas para se especializar. “(...) conseguimos ver toda a tecnologia usada na automatização e também o controle para cada etapa da produção, desde a extração do nióbio até o beneficiamento do seu produto final. Visita técnica faz toda diferença”, completa Michelly”.
Já o graduando da Engenharia Elétrica, Max Victor Fideles Cunha, afirmou que a visita técnica proporcionou visualizar na prática os diversos princípios ensinados na disciplina do prof. Willian. E ainda a compreensão acerca do funcionamento de uma empresa de mineração e toda a engenharia envolvida no processo principalmente na parte relacionada à automação. “Foi uma grande experiência, tanto para mim quanto para os outros alunos”, diz Max.
Atuação
Segundo o professor Willian, em uma empresa como a CBMM “o engenheiro eletricista pode atuar desde a parte de acionamentos de máquinas elétricas, subestação e qualidade de energia”. Já o engenheiro de controle e automação poderia ser o responsável pela parte de CLPs, supervisórios, instrumentação, redes industriais, implementação de melhorias e otimizações do processo através de tecnologias de automação, complementa o docente.
Curiosidade
O nióbio é um metal macio, maleável e altamente resistente à corrosão. É utilizado em indústrias automotivas, aeroespaciais e ferroviárias; e ainda em projetos estruturais e tecnologias da área de energia. No Brasil está 98% das reservas de nióbio no mundo e em Araxá a maior mina, com 75% das jazidas.
Setor de Comunicação Social e Eventos – Câmpus Itumbiara.
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