"Devemos ter esta consciência de que nosso país é pluriétnico", indígena faz relato emocionante sobre o respeito à diversidade
III Semana da Consciência Étnico-Racial chegou ao fim nessa quinta-feira,05
Diversas atividades, como palestras, mesa-redonda, oficinas, assim foi a III Semana da Consciência Étnico-Racial do IFG Câmpus Valparaíso. No dia 05 de setembro, último dia do evento, na noite de quinta-feira, a mesa-redonda de debates contou com a presença de Beto Marubo (indígena da região do Vale do Javari) e de Eliseu Amaro, professor de filosofia do DF.
Beto logo no início da apresentação declara: "Sou Marubo, sou indígena, sou brasileiro". Ele, atualmente, representa o movimento indígena da sua região pelo Brasil, divulgando sua cultura e ajudando a preservá-la: "Devemos ter esta consciência que nosso país é pluriétnico". E lembra a importância da preservação: "As terras indígenas são patrimônio do país, do povo brasileiro". Beto Marubo vem da região do Vale do Javari, localizado no sudoeste do Amazonas.
Filosofia africana
"A gente estuda na academia a perspectiva do pensamento europeu, mas e o pensamento ameríndio, africano, asiático...?" e, completa: "Mas a gente só estuda uma perspectiva, por quê?". Estas foram as perguntas iniciais levantadas pelo filósofo Eliseu Amaro, professor ligado à Secretaria de Educação do Distrito Federal. O professor explica a hegemonia do pensamento europeu: "O processo de colonialismo fez isto, de levar seu conhecimento com uma única fonte de conhecimento seguro".
Eliseu apresentou um vídeo com a filosofa Sueli Carneiro e como a descoberta de uma filosofa brasileira negra motivou sua carreira. Mas explica: "O importante não existir um pensamento hegemônico, não é trocar o pensamento europeu pelo africano, ou ameríndio..., é defender uma pluralidade de pensamentos".
Veja mais fotos deste evento, acesse: www.facebook.com/ifgvalparaiso/
Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Valparaíso
Redes Sociais