Interação entre Academia e Comunidade é o tema do 1º encontro formativo do Comitê Local de Extensão
Atividade on-line, realizada ontem à tarde, foi aberta a todos os Comitês Locais de Extensão do IFG
A primeira atividade formativa do Comitê Local de Extensão (CLE) do IFG-Câmpus Inhumas foi realizada na tarde de ontem, 25 de fevereiro, pela plataforma Google Meet, com o tema "Diálogos sobre Extensão: Inter(ação) Academia e a Comunidade". A apresentação foi ministrada pela professora Geisa Nunes de Souza Mozzer, da Universidade Federal de Goiás (UFG), e o encontro on-line, que teve a participação de 30 pessoas, foi aberto para todos os membros dos Comitês Locais de Extensão do IFG.
A próxima atividade será realizada no dia 5 de março, também pela plataforma Google Meet e aberta a todos os CLEs, com o tema "Percepções Docentes sobre Extensão e seu Processo de Curricularização no Instituto Federal do Paraná (IFPR)", com as professoras convidadas Mônica Luiza Simião Pinto e Cristiane Roberta Piassetta Xavier, ambas do IFPR. Depois desses dois encontros, serão realizadas formações mais amplas com os servidores.
Diálogo
A professora Lorenna Silva Oliveira Costa, gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Câmpus Inhumas, destaca que a escolha da palestrante da primeira atividade foi bastante acertada. "A professora Geisa Mozzer lembrou, por exemplo, que a extensão, muitas vezes, tem um caráter assistencialista e que precisamos superar essa visão, considerando os papéis pedagógico, social, político e cultural da extensão", diz.
Ainda sobre o encontro realizado, a professora Lorenna relata que a palestrante reforçou a importância do diálogo com a comunidade. "A extensão é a forma de alcançarmos comunidades vulneráveis, mas não em uma perspectiva assistencialista. Como a professora Geisa deixou claro, ainda temos dificuldade de sair dos muros da instituição, mas o princípio básico da extensão é o diálogo. Não é sair para levar nosso conhecimento, é encontrar a comunidade para dialogar com o que ela oferece e, assim, promover a formação humana a partir desse encontro de saberes", afirma.
Como a professora Geisa deixou claro, ainda temos dificuldade de sair dos muros da instituição, mas o princípio básico da extensão é o diálogo.
Função social
Para a pedagoga Shirley Carmem da Silva, membro do CLE do Câmpus Inhumas, o trabalho do comitê para elaboração de um Plano Local de Extensão é extremamente relevante. "Isso permitirá que a Extensão assuma o status que lhe é devido dentro do tripé Ensino, Pesquisa e Extensão, no qual os dois primeiros elementos normalmente assumem o protagonismo. É preciso lembrar que a Extensão é responsável por grande parte cumprimento da função social da academia, pelo seu papel socializador, emancipador e desenvolvedor das capacidades humanas, que se estende para além dos seus muros", explica.
A pedagoga destaca que o "fazer extensão" é muito mais do que elaborar projetos e convidar a comunidade para que deles participem. "É convidar a comunidade para direcionar a extensão, diante de suas demandas reais e, claro, das possibilidades institucionais. Nesse sentido, o PLE cumpre a importante função de articular as relações academia e comunidade, ao mesmo tempo em que se articula com o ensino e a pesquisa e ainda abre espaço para que toda a comunidade acadêmica participe dos projetos e ações de extensão, enriquecendo-os", afirma Shirley.
Pilares
A professora Lorenna lembra que o PLE deve ser elaborado com base em três pilares: mapeamento local e identificação de demandas; fundamentos curriculares e metodologia de atuação, e acompanhamento e avaliação da extensão. O CLE do Câmpus Inhumas é formado pela professora Lorenna Silva Oliveira Costa (representando a Gepex), pelos professores Kemuel Kesley Ferreira dos Santos, Heloísa Gabriel Falcão, Thaisa Lemos de Freitas Oliveira e Sélvia Carneiro de Lima (representando os docentes) e pelo psicólogo Alex Santos Bandeira Barra e pela pedagoga Shirley Carmem da Silva (representando os servidores técnico-administrativos).
O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2019-2023) do IFG prevê a implementação de ações e cursos de extensão, com o objetivo de atender às demandas por capacitação, aperfeiçoamento, especialização e atualização de profissionais nas regiões em que existem câmpus da instituição. "Além disso, é necessário que a comunidade acadêmica seja sensibilizada e auxilie na elaboração de propostas que possam identificar oportunidades e solucionar problemas locais. A natureza da extensão assume caráter interdisciplinar e se pauta por processo dialético, que reelabora em outros patamares os saberes produzidos", afirma a professora Lorenna.
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