Curso de Formação de Doulas certifica mais de 50 mulheres, entre elas uma indígena
Projeto foi realizado em parceria com o Instituto Matriusca e apoio da ASDOULASRIDE
No último sábado, 16 de dezembro, o Câmpus Luziânia foi palco de muita emoção entre as formandas do curso de Formação de Doulas, ofertado pelo IFG em parceria com o Instituto Matriusca e Associação de Doulas do Distrito Federal e Entorno (ASDOULASRIDE). A indígena Tsahojo Lila Kuikuro, 22 anos, da aldeia Lahatua, afirmou que este foi um sonho realizado. “Eu gostei muito do curso e agora quero fazer faculdade”, disse Kuikuro muito emocionada em seu depoimento.
Como Kuikuro, outras 54 mulheres concluíram o curso de Formação de Doulas, ofertado nos câmpus Águas Lindas, Formosa, Luziânia e Valparaíso. Com carga horária de 246 horas e aulas no formato on-line e presencial, as novas doulas estão aptas para o trabalho autônomo com gestantes e grupos de apoio à maternidade, para o acompanhamento de mulheres durante o seu ciclo gravídico-puerperal (do início da gestação até o resguardo).
Para a doula recém-formada Sebastiana Mendes do Nascimento, esta foi uma excelente oportunidade. “Eu sempre gostei de ajudar as pessoas, minha mãe foi parteira e sempre me identifiquei com o trabalho de doula. Sou muito feliz por ter me formado e por poder ajudar mais mulheres, além de ser uma oportunidade de fonte de renda”, comentou dona Sebastiana Mendes.
Também presente na cerimônia de certificação, a professora do curso Nathalie Alcântara falou sobre “ser doula”. “Nós somos uma irmandade, é sempre uma dando apoio pra outra. Ser doula é isso… é empatia, é amor, é se doar. É a capacidade de oferecer compaixão e saber ouvir. Ser doula vai além de saber se a gestante está pronta”. Ainda em seu discurso, a professora Nathalie deixou um recado para as novas doulas: “Sejam as mulheres que inspiram voo para outras mulheres. Sempre se fortaleçam pelo voo umas das outras”.
A gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Câmpus Luziânia, professora Simone Paixão, e a presidente do Instituto Matriusca, Marilda Castro, informaram que no próximo semestre haverá novas turmas do curso de Formação de Doulas nos câmpus. Quando o edital for publicado, o IFG divulgará no seu site e redes sociais. “Buscamos cada vez mais ampliar o curso de Doulas. Toda mulher tem o direito de ser doula”, afirmou Marilda Castro.
Ao parabenizar as formandas, o diretor-geral do Câmpus Luziânia, professor Reinaldo Reis, falou da importância das mulheres buscarem seus direitos . “Parabenizo todas vocês e agradeço a confiança depositada no IFG nesse processo de formação. Isso demonstra nossa capacidade de promover políticas públicas e de avançar na construção de direitos. É muito gratificante ver vocês avançando na luta pelos direitos das mulheres”, concluiu.
Participaram também da cerimônia a presidente da Associação de Doulas do Distrito Federal e Entorno (ASDOULASRIDE), Kawane Cândia; a coordenadora-geral do curso de Formação de Doulas e professora do Câmpus Águas Lindas, Camila Roberta Estéfano; a gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Câmpus Valparaíso, professora Danielle Pereira da Costa; e a professora do Câmpus Formosa e também professora do curso de Formação de Doulas, Vanessa Gomes Franca, que representou o gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Câmpus Formosa, professor Bruno Quirino Leal.
Entenda sobre o trabalho da doula
Doula é a profissional que fornece apoio físico, emocional e informativo contínuo à mãe, antes, durante e logo após o parto. A doula não substitui o papel do médico, mas trabalha em colaboração com ele. Muitas mulheres escolhem ter uma doula presente durante a sua gravidez e parto, pois oferecem benefícios únicos.
A palavra “doula” vem da Grécia antiga e significa “criada da mulher”. Uma doula pode dar apoio às mulheres grávidas, quer estejam em trabalho de parto. Durante este tempo, a doula é uma fonte contínua de apoio e encorajamento para a mãe.
Ela é também uma “defensora da mãe”, ajudando-a a tomar decisões sobre os seus cuidados durante a gestação e o parto. A doula é habitualmente uma pessoa do sexo feminino, pois a parturiente geralmente assim prefere devido à intimidade do momento do parto.
Veja as fotos da cerimônia de certificação da 3ª turma de Formação de Doulas, realizada no Câmpus Luziânia: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.1093213908301112&type=3 .
Coordenação de Comunicação Social / Câmpus Luziânia.
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