Diretora-geral eleita se compromete a ter uma gestão marcada pelo diálogo e parcerias

Kátia Fernandes foi eleita diretora-geral do IFG Anápolis para o quadriênio 2021-2025

A comunidade acadêmica do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Câmpus Anápolis elegeu, no último dia 14 de junho, a professora Kátia Cilene Costa Fernandes como nova diretora-geral da unidade. Eleita para o quadriênio 2021-2025, a docente teve sua eleição homologada no dia 28 de junho pelo Conselho Superior (Consup) do IFG. O ato do Consup consolidou a homologação pela Comissão Eleitoral Central do resultado do processo que elegeu a professora Oneida Cristina Barcelos Gomes Irigon como a próxima reitora e os diretores-gerais dos 14 câmpus da Instituição.

Kátia Cilene Costa Fernandes é graduada em Matemática (UFU), especialista em Metodologia do Ensino da Matemática (UNICLAR/SP), mestra em Matemática (UFG) e doutora em Ciência da Computação (UFG). Está no IFG Anápolis desde a implantação do câmpus, em 2010. A futura diretora-geral do Câmpus Anápolis concedeu entrevista em que abordou os principais pontos de seu projeto de gestão para os próximos quatro anos. Confira a seguir:

1. A senhora será a segunda mulher eleita para o cargo de direção-geral do Câmpus Anápolis substituindo a atual gestora, professora Elza Gabriela. Além disso, estará inserida no contexto da gestão da primeira mulher eleita como reitora do IFG, professora Oneida Irigon. Na sua avaliação, que reflexos podemos esperar em termos de representatividade na gestão da instituição?

Não podemos negar que, na gestão da nossa instituição, ter uma reitora e uma segunda mulher na direção-geral do Câmpus Anápolis mostra as conquistas das mulheres no meio profissional como todo. Mas, acredito que tanto eu, na direção, quanto a Profa. Oneida, na reitoria, teremos muitos desafios voltados à pluralidade e à diversidade. Para isso, devemos através de muito diálogo, juntamente com a comunidade, criar ações voltadas às diversidades de gênero, étnicas e raciais nos diversos espaços da instituição e do câmpus.

2. A senhora recebeu o apoio formal da atual gestão do câmpus para sua eleição. O que aponta como positivo e que deve continuar e o que precisa avançar?

Acredito que nesses 11 anos do Câmpus Anápolis superamos os desafios da implantação, a consolidação e ampliação, conseguimos atingir 1240 matrículas, proporcionando uma educação de qualidade em todos os níveis e modalidades, como mostram os indicadores educacionais e o desempenho dos egressos no mundo do trabalho, cumprindo nosso papel social no município. A nova gestão tem o desafio de dar continuidade a essas conquistas e focar na melhoria dessas formações. Além disso, para a nova gestão, teremos o desafio de cumprir o princípio da indissociabilidade entre Ensino – Pesquisa – Extensão, e para isso teremos que contar com o apoio de toda a comunidade com muito diálogo e empenho. Devemos fortalecer cada vez mais as nossas parcerias com entidades públicas e privadas, a construção de orçamento e planejamentos de forma participativa, em diálogo com a comunidade, atendendo as necessidades de implantação de novas instalações e manutenção das que já existem.

3. Em seu Plano de Trabalho, há diversas referências ao fortalecimento de ações relativas à busca de maior fonte de recursos para custeio de obras como o Restaurante Estudantil ou de iniciativas como bolsas e auxílios financeiros. Que estratégias a senhora pretende usar para alcançar êxito nesse ponto? Quais serão as prioridades do seu mandato para essa questão?

Uma das estratégias é realizar as parcerias e convênios com entidades públicas, por exemplo, conseguir emendas parlamentares, e entidades privadas, com doações e bolsas para nossos alunos que, em contrapartida, oferecerão soluções para os problemas dessas instituições e da comunidade. Isso já acontece na nossa instituição, mas precisamos intensificar muito mais essas parcerias.

4. No seu Plano de Trabalho, há menções a respeito do período pós pandemia, como atividades de acolhimento e de recuperação de conteúdos. Quais são as propostas mais relevantes da senhora para esse retorno das atividades presenciais no câmpus?

Quando for possível voltarmos para o ensino presencial, além de todo o protocolo de segurança para COVID-19, deveremos promover reuniões sistemáticas com docentes, técnicos administrativos e representações estudantis para a criação de ações/estratégias para a recuperação dos conteúdos das disciplinas e melhor atendimento dos nossos discentes. Além disso, criação de grupos para auxílio psicológico e social à comunidade acadêmica, com o apoio dos servidores, da CAE, da CAPD e do NAPNE.

5. O Câmpus Anápolis consegue completar anualmente suas turmas para início dos anos letivos, mas ainda há desafios quando se fala em permanência e êxito de estudantes, especialmente das turmas da educação de jovens e adultos. Como será a abordagem da sua gestão para o incremento da permanência e êxito dos alunos?

Acredito que durante o ensino remoto emergencial melhoramos muito o acompanhamento dos nossos alunos(as) por parte da CAPD, juntamente com o NAPNE, da CORAE, da CAE, das coordenações de curso e dos docentes. Esse trabalho conjunto deve ser intensificado. Além disso, apoiar e incentivar a Comissão Local de Permanência e Êxito que vem fazendo um trabalho muito bom. Para isso tudo ocorrer deve haver um diálogo continuado entre coordenação/docente/estudante com um olhar específico para cada curso e proporcionar a integração entre os sistemas institucionais na obtenção de indicadores mais completos que possibilitem a construção e o monitoramento do plano estratégico de permanência e êxito.

6. Em linhas gerais, de que maneira será trabalhada a questão da indissociabilidade do tripé pesquisa/ensino/extensão no âmbito do IFG Anápolis? E como isso pode repercutir no relacionamento entre o IFG e a sociedade?

Em linhas gerais, com a contribuição de toda a comunidade, com muito diálogo e empenho, desenvolver ações de extensão articuladas com o Ensino e a Pesquisa que proporcionarão a participação da comunidade, de servidores(as) e estudantes comprometidos com a democratização dos saberes e com melhoria da realidade social. Além disso, incentivar a proposição de Projetos de Pesquisa “guarda-chuvas”, com a participação de servidores(as) de diferentes áreas do conhecimento, que incorporem iniciativas no campo do Ensino e da Extensão a demandas da sociedade. A interação entre o ensino, a pesquisa e a extensão tem intuito de promover o desenvolvimento humano, social e econômico, visando à educação para a cidadania, emancipação e autonomia. Por outro lado, com a realização de parcerias e convênios com empresas, órgãos públicos e órgãos de fomento de empregos e estágios, divulgar a pesquisa e a inovação produzida no câmpus e, assim, apresentar o nosso potencial na solução das demandas da comunidade e do setor produtivo.

7. Quais serão os passos a serem dados até a posse?

O momento de transição da atual para a nova gestão é muito importante. Já estou acompanhando os trabalhos da direção-geral atual e demais gestões do câmpus. O intuito é entender de perto todo processo de funcionamento da gestão, bem como conhecer melhor a função de cada setor dentro do câmpus. Além disso, conhecer e compreender melhor os documentos institucionais e assim iniciar uma percepção das necessidades e desafios que teremos nessa nova gestão. A partir daí, promover a escuta dos servidores de cada um dos setores do câmpus para conhecer o cotidiano de trabalho, as demandas específicas, os potenciais e as sugestões para a próxima gestão, que será construída por meio do diálogo constante e da participação da comunidade.

Conheça o plano de trabalho da professora Kátia Cilene Costa Fernandes, clicando aqui

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Anápolis