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Rede Federal

Em meio a desafios, Institutos Federais chegam aos 14 anos de existência

Publicado: Segunda, 02 de Janeiro de 2023, 09h31 | Última atualização em Segunda, 02 de Janeiro de 2023, 09h31

O IFG é uma das instituições da Rede Federal que comemoram nesta quinta-feira, 29 de dezembro, mais um ano de existência

Os Institutos são reconhecidos pelo seu modelo de ensino, reunindo educação profissional, básica e superior, pluricurricular e multicâmpus, especializada na oferta de educação profissional e tecnológica em diferentes modalidades de ensino
Os Institutos são reconhecidos pelo seu modelo de ensino, reunindo educação profissional, básica e superior, pluricurricular e multicâmpus, especializada na oferta de educação profissional e tecnológica em diferentes modalidades de ensino

A história da criação da configuração da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica como conhecemos atualmente completa, nesta quinta-feira (29/12), 14 anos. Os Institutos Federais se tornaram uma das mais robustas e importantes políticas de Estado de inclusão e acesso à educação pública, gratuita e de qualidade a partir de um modelo de ensino único, que atrai olhares do mundo todo, alçando as instituições a um patamar de protagonismo e vanguarda.

Concretizada pela Lei nº 11.892/2008, tais instituições são reconhecidas pelo seu modelo de ensino, reunindo educação profissional, básica e superior, pluricurricular e multicâmpus, especializada na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino. O modelo verticalizado é um diferencial de excelência, como avalia o presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Claudio Alex Jorge da Rocha.

Claudio Alex também chama atenção para os ataques frontais que as instituições vêm recebendo nos últimos anos, sobretudo no último quadriênio, quando os desinvestimentos se acentuaram e voltaram a patamares de custeio semelhantes aos que foram vistos em 2015, sem levar em consideração a inflação, por exemplo. Desde 2019 houve tentativas de interferência na autonomia das instituições e na escolha de dirigentes, bem como uma investida em um reordenamento, sem levar em consideração os desafios que o país enfrentava.  

Atento a essa movimentação, o pleno do Conif manteve-se ativo na defesa de interesse das instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A futura presidente do Conselho, Maria Leopoldina Veras Camelo, acredita que nos próximos anos o cenário deverá mudar e a Educação deve voltar ao protagonismo do país com mais investimentos, abrindo uma possibilidade de expansão e consolidação dos Institutos Federais. “Há que se protagonizar a Educação pois o crescimento do país depende diretamente da formação de profissionais qualificados para o mundo do trabalho, e a Rede Federal sabe fazer isso muito bem”, diz.

 

Modelo de excelência

Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia foram criados no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cumprem o compromisso social de oferecer educação profissional a jovens e adultos trabalhadores do campo e da cidade. Além da educação profissional e tecnológica, as instituições ofertam cursos de licenciaturas, bacharelados e pós-graduação stricto e lato sensu.

Uma das características centrais das instituições é o trabalho pela formação humana abrangendo ensino, pesquisa, extensão, internacionalização e empreendedorismo. A interiorização também é um traço primordial dos IFs. O modelo e toda a proposta têm uma ampla repercussão no mundo. Estima-se que mais de 30 países possuem parceria com as instituições brasileiras, abrindo oportunidades de intercâmbios e novas experiências a estudantes e servidores.

Em 2022, a Rede Federal ultrapassou a marca de 1.5 milhão de matrículas, que estão distribuídas pelos 633 câmpus espalhados por todo o Brasil. Dentro desse universo são desenvolvidos pelo menos 11 mil projetos de pesquisa aplicada e outros sete mil projetos de extensão, de acordo com dados da Plataforma Nilo Peçanha, do Ministério da Educação (MEC).

 

Instituto Federal de Goiás (IFG)

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás foi criado com este nome por meio da Lei nº 11.892, em 29 de dezembro de 2008, atendendo a uma proposta do governo federal, que desde 2003 editava novas medidas para a educação profissional e tecnológica. Contudo, a história da instituição possui uma longa trajetória, com origem no início do século passado, no dia 23 de setembro de 1909, quando, por meio do Decreto nº 7.566, o então presidente Nilo Peçanha criou 19 Escolas de Aprendizes Artífices, uma em cada Estado do País.

Em Goiás, a Escola foi criada na antiga capital do Estado, Vila Boa, atualmente cidade de Goiás. Em 1942, com a construção de Goiânia, a escola foi transferida para a nova capital, se transformando em palco do primeiro batismo cultural da cidade. A instituição recebeu, então, o nome de Escola Técnica de Goiânia, com a criação de cursos técnicos na área industrial, integrados ao ensino médio. 

Com a Lei n.º 3.552, em 1959, a instituição alcançou a condição de autarquia federal, adquirindo autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar, recebendo a denominação de Escola Técnica Federal de Goiás (ETFG), em agosto de 1965.  Já no final dos anos 80, mais precisamente em 1988, a Escola Técnica Federal de Goiás amplia sua presença no Estado com a criação da Unidade de Ensino Descentralizada (UNED) de Jataí, hoje denominada Câmpus Jataí.

Por meio do decreto sem número, de 22 de março de 1999, a Escola Técnica Federal de Goiás foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás (CEFET-GO), uma instituição de ensino superior pública e gratuita, especializada na oferta de educação tecnológica nos diferentes níveis e modalidades de ensino, com prioridade na área tecnológica. A partir daí a Instituição recebeu autorização para ofertar cursos superiores.

 

Hoje, o IFG é uma instituição que oferece desde educação técnica integrada ao ensino médio à pós-graduação. Na educação superior, conta com os cursos de tecnologia, especialmente na área industrial, e os de bacharelado e licenciatura. Na educação profissional técnica de nível médio, o IFG atua, na forma integrada, atendendo também ao público de jovens e adultos, por meio do EJA. Atualmente, são ofertados ainda cursos de mestrado profissional, especialização lato sensu e doutorado, além dos cursos de extensão, de formação profissional de trabalhadores e da comunidade, de Formação Inicial e Continuada (FIC), que são cursos de menor duração, e os cursos de educação a distância.

Em 2022,  foram registradas mais de 19 mil matrículas ativas, de acordo com o IFG em Dados, nos 14 câmpus em funcionamento: Anápolis, Formosa, Goiânia, Inhumas, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Uruaçu, Aparecida de Goiânia, Cidade de Goiás, Águas Lindas, Goiânia Oeste, Senador Canedo e Valparaíso. Saiba mais sobre o IFG aqui.

 

Conif

Criado em 24 de março de 2009, o Conselho reúne os dirigentes máximos dos 38 institutos federais, dois centros federais de educação tecnológica (Cefets) e o Colégio Pedro II e tem dentre os objetivos a valorização, o fortalecimento e a consolidação da Rede Federal. O Conif atua no debate e na defesa da educação pública, gratuita e de excelência.

 

 

Assessoria de Comunicação do Conif – com informações de Diretoria de Comunicação Social/ Reitoria

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