Novos projetos e a consolidação de uma rede internacional marcam a conclusão do No Waste
No evento, pesquisadores do IFG apresentaram novas perspectivas de pesquisas resultantes da finalização do projeto No Waste
Durante seminário realizado na manhã de ontem, 21, na Cinemateca, pesquisadores do Instituto Federal de Goiás (IFG) e da Universidade de Oulu, na Finlândia, apresentaram os resultados da projeto No Waste para a comunidade acadêmica do Câmpus Goiânia. Após 48 meses de execução do projeto, os resultados demonstram conquistas, como a elaboração de artigos científicos, a criação de produtos referentes à linha de tecnologias sustentáveis e o desdobramento do trabalho em novos projetos de pesquisa.
O Projeto No Waste trata-se de uma pesquisa integralmente financiada pela União Europeia por meio da organização Marie Curie Actions, que estabeleceu a parceria de longo prazo, de 1º de abril de 2013 a 31 de março de 2017, formada por pesquisadores de três países europeus – Finlândia, Alemanha e França – e mais outros três países exteriores ao Bloco Europeu: Brasil, China e Marrocos. Dentre esses países, participaram do projeto as seguintes instituições de ensino: Universidade de Oulu, na Finlândia; Universidade de Poitiers, na França; Universidade de Chouaib Doulkkali, no Marrocos; Universidade de Ciências Aplicadas de Trier, na Alemanha, Instituto de Física e Química de Dalian, na China, e o Instituto Federal de Goiás (IFG), no Brasil. Representando o IFG, integraram a equipe de pesquisadores os professores Joachim Werner Zang, Sérgio Botelho de Oliveira, Wagner Bento e Warde Antonieta da Fonseca – Zang, do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Tecnologias de Processos Sustentáveis.
Com a finalização do projeto No Waste, seis novas pesquisas serão desenvolvidas a partir da cooperação internacional entre pesquisadores do IFG e das instituições de ensino estrangeiras.
De acordo com um dos pesquisadores e professor do IFG – Câmpus Goiânia, Wagner Bento, o projeto No Waste buscou efetivar o desenvolvimento de métodos para transformação de resíduos industriais em produtos que agregassem valor à cadeia produtiva e que também fossem sustentáveis. A partir de uma rede de cooperação entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o projeto No Waste foi desenvolvido mediante parcerias entre as instituições de ensino, que se efetivaram de diferentes formas, seja a partir do compartilhamento de conhecimentos e de recursos locais de cada instituição, bem como por meio de intercâmbio de pesquisadores e de doutorandos nas instituições de ensino parceiras. Todo o financiamento e o gerenciamento dos recursos para o projeto ficaram a cargo da União Europeia.
Resultados finais
No Seminário, o professor Joachim Werner Zang listou as conquistas resultantes do desenvolvimento do projeto No Waste para o IFG, como a construção de um reator de carbonização hidrotermal, processo de tecnologia utilizado, principalmente, na Alemanha, que é capaz de transformar qualquer tipo de biomassa em subprodutos ou em energia. Além da produção de biofertilizantes e condicionadores de solo, a elaboração de artigo científico publicado na revista da Unesco, algo que contribui para a qualificação do mestrado profissional em Tecnologia de Processos Sustentáveis, oferecido no Câmpus Goiânia. E, especialmente, apresentou as perspectivas de novas parcerias para seis outros projetos:
- i-NoPa-Biogás: Parceira entre Brasil e Alemanha para otimização de fermentação anaeróbia de resíduos da indústria de Bioetanol no Brasil;
- Projeto PuresBio: Parceria entre Brasil e Alemanha para o aproveitamento de resíduos da indústria do setor sucroenergético para produção de energia, fertilizantes e condicionadores de solo;
-Projeto Ashes: Parceria entre Brasil e Alemanha para projeto de reciclagem de nutrientes de resíduos de processamento termoquímico do bagaço/palha;
- Biogás Redutor – Parceria entre Brasil e França para o projeto, que visa avaliar a geração de biogás de cana-de-açúcar com objetivo de gerar biogás em planta de digestão anaeróbica de grande porte e avaliar os rendimentos da transformação do Metano contido no biogás em gás redutor para uso nos fornos de metalização de unidade industrial da Votorantim, em Niquelândia (GO).
- Projeto BioSyn - Parceria entre Brasil e Alemanha para projeto que apoiará a implementação científica de um processo de produção eficiente e estável de biogás a partir de cana-de-açúcar com rendimentos de culturas alto, bem como a extensão dos resultados para a indústria da cana.
- Sustainable Bioeconomy – Grupo que tem por objetivo participar de chamadas internacionais lançadas pela União Europeia para o desenvolvimento de cooperações internacionais.
Segundo o professor Joachim Werner Zang, esses são os principais projetos que contam com a participação de professores pesquisadores do IFG relacionados com o No-Waste. Além dos professores, participam também alunos de graduação (iniciação científica), de pós-graduação (Mestrado em Tecnologias de Processos Sustentáveis) do IFG e da Universidade Federal de Goiás (UFG) e de doutorado da UFG, da Universidade de Brasília (UnB), e DBFZ, na Alemanha.
Seminário
Após o balanço do projeto No Waste feito pelos docentes do IFG, o pesquisador da Universidade de Oulu, Ari Isokangas, apresentou a pesquisa de tema: “Estimativa do teor de umidade em biomassa pelo método do 'soft sensor'”. Já o professor Tapio Fabritius discorreu sobre: “Tecnologias inteligentes de detecção por impressão para monitoramento de processos industriais”, em conferências ministradas na língua inglesa.
Participaram do evento o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação do IFG, Ruberley Rodrigues de Souza, o Gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Câmpus Goiânia, José Luis Domingos, o vice-diretor da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG) e parceiro no projeto No Waste, professor Wilson Mozena, e mais servidores e alunos do Câmpus Goiânia.
O professor Wagner Bento frisou que a iniciativa do Seminário foi a de estimular outros pesquisadores e doutorandos a participaremde pesquisas que envolvam cooperações internacionais. O convite para integrar os projetos que estão em desenvolvimento pelo grupo de docentes do IFG foi estendido a outros pesquisadores e doutorandos que têm interesse pela linha de pesquisa de tecnologias sustentáveis e possuem o domínio da língua inglesa.
O Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação do IFG, Ruberley Rodrigues de Souza, ressaltou a iniciação científica como um caminho para que os estudantes da Instituição participem de pesquisas de cunho internacional. Ele lembrou ainda a publicação dos novos editais de incentivo à iniciação científica e tecnológica, que foram recentemente lançados, cujas inscrições seguem abertas até o dia 17 de abril.
Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.
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