Estudantes veteranos retornam ao ensino presencial no Câmpus Goiânia

Estudantes se reencontram no Câmpus Goiânia após 2 anos de ensino remoto

Uma data histórica para a comunidade acadêmica do Câmpus Goiânia do Instituto Federal: 14 de março de 2022. Mesmo as atividades presenciais sendo iniciadas no dia 7 de março, foi apenas hoje, após 2 anos, que a rotina da Instituição retornou como de costume, com corredores movimentados, vozes de estudantes pelos pátios e salas de aula ocupadas. A data de hoje, 14, marca o retorno presencial para todos os discentes matriculados nos cursos do câmpus, exceto para aqueles amparados pela Instrução Normativa nº 90, que por alguma comorbidade, continuam acompanhando os conteúdos pelo ensino remoto.

As atividades presenciais foram suspensas nas unidades do IFG, devido à pandemia de Covid-19, no dia 16 de março de 2020. Até aquele momento, acreditava-se que a medida seria apenas por 15 dias. O desenrolar tenebroso promovido por esse cenário mostrou que esse período seria bem mais longo e a rotina dos estudantes nunca mais seria a mesma.

A Kauany Ribeiro entrou no curso técnico em Controle Ambiental ainda no ensino presencial, e assim como milhares de estudantes, sentiu na pele os efeitos dessa mudança. No cenário do ensino remoto emergencial, adotado em todo o IFG, a discente afirma que teve dificuldade no início do processo. “Foi muito difícil a adaptação, principalmente dos alunos. Os professores, eu percebi, também tiveram dificuldade para lecionar, só que no final das contas deu tudo certo”.

Mesmo se adaptando ao novo sistema de ensino, Kauany diz que uma das coisas que pesaram foi a falta de proximidade dos colegas e professores. “Para mim era mais o contato (físico), porque eu tenho um pouco de dificuldade em prestar atenção nas coisas, especialmente pela internet, tinha vezes que não prestava atenção, tinha barulho externo, a internet caia (sic), tinha problema de (falta) de luz”. Com o ensino presencial, ela acredita que essas dificuldades são superadas com mais facilidade. “Os professores estão presentes, dá para tirar mais dúvidas, a gente não vai ter muitos problemas (ruídos) externos, até porque a turma fica mais calada, presencialmente”.

Phellype Cardoso, também do técnico em Controle Ambiental, concorda com a colega e destaca que a interação presencial fez muita falta. “Quando estamos em sala, estamos num ambiente em que todos estão estudando a mesma coisa, prestando atenção, fazendo perguntas. Porque, no ensino remoto, as pessoas tinham vergonha de fazer perguntas. Eu mesmo, por exemplo, tinha dificuldade. Eu acho que agora vai ser mais fácil de absorver o conteúdo. Querendo ou não, era uma coisa (o ensino remoto) nova para os professores e teve que mudar toda didática. Era para ser 15 dias e ficou dois anos. Agora, eu acho que vamos ter esse contato olho a olho, acho que vai ser mais fácil de resolver nossas dificuldades e melhorar o aprendizado”.

Evilyn Soares, do 3º ano do técnico em Controle Ambiental, relata que o ensino remoto criou um distanciamento nas relações com os colegas. “Durante o ensino remoto, eu acho que muita gente se distanciou pela dificuldade, pelo cansaço, pelo estresse, ansiedade. Quando tinha trabalho em grupo, muitas vezes era só pelo meet. Fazíamos o trabalho e logo nos distanciávamos”, relata. Ela valida a percepção dos colegas de que o ensino presencial será fundamental para melhorar a interação. “Agora eu acho que presencialmente, ainda mais no espaço que o IF (IFG) oferece, como a biblioteca, os alunos vão poder se reunir ali, bater papo, estudar. Eu acho que vai melhorar muito”, enfatiza lembrando das relações de amizade.

Bruno Sampaio, estudante do 2º ano do técnico em Telecomunicações, também enfatiza a rede de relacionamentos presenciais: “Essa rede de relacionamentos do IF (IFG) eu gosto muito (…) Eles mesmo eu conheci em 2020 e agora estou reencontrando. Então tem essa interação. Eu já conversei com muita gente e online não tinha isso. Eu só sentava na frente do computador”, pontua.

Vale lembrar que a rotina presencial retornou, mas com cuidados para evitar o contágio de Covid-19 pela comunidade acadêmica. Por esse motivo, é importante se atentar aos protocolos de biossegurança, como evitar aglomerações, permanecer com a máscara em todos os ambientes do câmpus, higienizar as mãos, entre outras normas dispostas na Portaria nº 2.096/2022.

Laboratórios e salas de aula voltam receber estudantes no Câmpus Goiânia.

Calendário acadêmico

O retorno ao ensino presencial para estudantes veteranos iniciou nesta segunda-feira, dia 14, contudo, o começo do primeiro semestre de 2022 ocorreu no último dia 7 de março, data em que o Câmpus Goiânia realizou a Semana de Acolhimento e Integração. O evento teve o objetivo de receber calouros na Instituição, incluindo aqueles que ingressaram no segundo semestre de 2020 e durante todo o ano de 2021 e, consequentemente, não tiveram a oportunidade de conhecer o câmpus pessoalmente.

Conforme o calendário acadêmico do Câmpus Goiânia, o primeiro semestre termina no dia 9 de julho, completando 100 dias letivos. Ao consultar o calendário, o estudante poderá conferir datas importantes para os processos acadêmicos, como período de inscrição para editais de seleção interna, como é o caso do edital de Monitoria, cujo prazo termina no dia 16 de março. Até o dia 18 de março, está aberto também o período para solicitação para Colação de Grau (2021/2). Para conferir, acesse o Calendário Acadêmico do Câmpus Goiânia.

Além do edital de Monitoria, o Câmpus Goiânia também está com inscrições abertas para três editais para os programas de Assistência Estudantil: Permanência Conectividade - Edital 03/2022, Programa de Auxílio Financeiro de Caráter Universal - EJA Permanência - Edital 04/2022 e Programas de Auxílio Financeiro - auxílios alimentação, permanência e filho com deficiência - Edital 05/2022. Para saber mais sobre os programas, que ofertam auxílios financeiros a discentes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, clique aqui.

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia do IFG.