Estudantes participam de visita técnica à Aldeia Multiétnica na Chapada dos Veadeiros
Aldeia Multiétnica é um território na Chapada dos Veadeiros dedicado ao fortalecimento das culturas e lutas políticas dos povos indígenas e quilombolas
No último final de semana, 32 estudantes do IFG-Câmpus Inhumas participaram de uma visita técnica à Aldeia Multiétnica, que fica no coração da Chapada dos Veadeiros. As docentes Liliane Munhoz, Sélvia Carneiro, Elisângela Borges e Letícia Sateles Alves acompanharam os estudantes, que participaram de uma imersão na Aldeia, acompanhando rodas de conversa sobre demarcação de terras indígenas e alguns rituais do povo Kayapó. O grupo também visitou a Vila de São Jorge.
Além das docentes, participaram da visita técnica as servidoras Elenice Paula de Oliveira, Heliane Coelho e Nilva Rodrigues. A Aldeia Multiétnica é um território na Chapada dos Veadeiros dedicado ao fortalecimento das culturas e lutas políticas dos povos indígenas e quilombolas. "Entre as inúmeras maravilhas da Chapada, podemos ter certeza da importância crucial de preservar o nosso cerrado, bem como proteger nossos povos e preservar a nossa cultura", afirmou a estudante Sarah Almeida, aluna do 3º ano do curso Técnico em Informática para a Internet.
Para a professora Liliane, a visita técnica à Aldeia Multiétnica "foi memorável". "Os estudantes dos terceiros anos dos cursos Técnicos Integrados puderam vivenciar as culturas dos povos indígenas que estavam na Chapada dos Veadeiros neste ano de 2023. Foram dois dias intensos: viagem de 8 horas de ônibus, visita à Aldeia, observação da diversidade do povo brasileiro e acampamento no Camping Terra Zen. Nossos estudantes passaram a conhecer um pouco melhor algumas etnias indígenas brasileiras. Eles, com certeza, iniciaram uma caminhada na direção do apagamento de certos estereótipos e do reconhecimento da necessidade de preservação tanto da cultura quanto da natureza exuberante da Chapada. A Aldeia Multiétnica é, felizmente, uma ação que nos aproxima da nossa identidade. É com alegria que registro nossos agradecimentos ao IFG-Câmpus Inhumas e aos organizadores da Aldeia", comentou a professora.
Paisagens
De acordo com o estudante Alexsander Brito Sousa, aluno do 3º ano do curso Técnico em Química, a Chapada dos Veadeiros é um lugar de beleza extraordinária, com paisagens que parecem ter saído de um sonho. "Ao tentar descrever a beleza da Chapada, é impossível não mencionar a imensidão dos seus horizontes. As extensas áreas de cerrado se estendem até onde os olhos podem alcançar, revelando uma vastidão verdejante que se mistura harmoniosamente com o azul intenso do céu. A sensação de liberdade e conexão com a natureza é avassaladora", descreveu.
A estudante Maria Júlia dos Santos Pessoni, do 3º ano do curso Técnico em Agroindústria, que também participou da visita técnica, destacou a importância da preservação do cerrado. "Valorizar o nosso, não deixar que o cerrado, suas belezas e tradições sejam esquecidas. Sua riqueza está guardada em seus troncos retorcidos, nas minas que nascem dos paredões de pedra, nas ruas de rochas multicores, no sol que racha e reflete nas serras que se perdem no horizonte, na diversidade e hospitalidade do seu povo. Nossa casa, o coração do Brasil que pulsa vida de todas as partes."
Para o estudante Guilherme Henrique Souza da Silva, 2º ano do Técnico em Informática para a Internet e presidente do Grêmio Estudantil do IFG-Câmpus Inhumas, a visita técnica foi uma experiência incrível. "Aprendemos e nos encantamos com cada lugar que conhecemos. Memórias que levaremos para sempre", afirmou. No mesmo sentido, o aluno Gustavo Cardoso Sales, 3º ano do Técnico em Informática para a Internet, disse que foi especial mergulhar na riqueza das tradições e conhecimentos das diferentes etnias presentes na Aldeia. "Conhecer de perto as histórias, costumes e artes locais foi uma verdadeira celebração da humanidade."
No momento, segundo o site do evento, existem sete casas indígenas tradicionais construídas na Aldeia Multiétnica, por representantes dos povos Kayapó/Mebengôkré (PA), Krahô (TO), Fulni-ô (PE), Guarani Mbyá (SC), Xavante (MT), Alto Xingu (MT), Yanomami (AM) e Kalunga, do maior território remanescente quilombola do Brasil (GO). Em 2021, por conta da pandemia de Covid-19, após um período de reestruturação, a Aldeia Multiétnica reabriu para um turismo de experiências. "Em cada experiência uma lição, em cada lição uma nova forma de viver. Essa viagem fez com que a gente saísse da nossa zona de conforto para ter uma experiência que sabemos que não haverá outra igual", declarou Gyovanna Lopes P. Montagnni, aluna do 3º ano do curso Técnico em Química.
Mais informações sobre a Aldeia Multiétnica podem ser acessadas no site do evento: https://www.aldeiamultietnica.com.br/.
(Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Inhumas)
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