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Goiânia, 06 de julho de 2018

Publicado: Sexta, 06 de Julho de 2018, 12h08 | Última atualização em Sexta, 06 de Julho de 2018, 12h17

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

MEC libera R$ 15 milhões para custeio e outras ações do Inep

Inscrições para o Prêmio Nacional de Educação Fiscal vão até 13 de julho

Inep passa a divulgar microdados das três últimas edições do Encceja 

UOL EDUCAÇÃO

10 filmes para quem gosta ou quer fazer Jornalismo

MEC informa datas para o segundo semestre

CORREIO BRAZILIENSE

Olimpíada do Conhecimento apresenta tecnologias para o futuro

Escola pública incentiva alunos por meio de concurso de redação 

GLOBO.COM

Bicicleta e comida saudável fazem das crianças holandesas as menos obesas entre os países ricos

Liminar determina desocupação da Reitoria da Unicamp e presença de Knobel em negociações com o STU

Por acidente, estagiária descobre supercola feita com bagaço de cana

FOLHA.COM

Líder no Enem, SP cai para 5º no país sem escolas técnicas

Educação com Base, manter os consensos possíveis

França diz que retomará programas para professores parados por Alckmin 

 

N O T Í C I A S DA E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

RECURSOS

MEC libera R$ 15 milhões para custeio e outras ações do Inep

O Ministério da Educação liberou nesta terça-feira, 3 de julho, R$ 15,4 milhões para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal vinculada à pasta que coordena a aplicação de exames, avaliações, pesquisas e censos educacionais em todo o país.

Os recursos serão destinados ao custeio da unidade no mês de julho e ao pagamento dos serviços prestados pela Fundação Getúlio Vargas, referentes à aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2017. O Inep atua em diferentes áreas: nas avaliações, exames e indicadores da educação básica, da educação superior, além de realizar ações internacionais, como o Exame de Certificação de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) e o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), em sua versão dirigida a brasileiros que vivem no exterior (Encceja Exterior). Também formula acordos de cooperação técnica internacional com vários países.

Também é responsável pelas estatísticas educacionais, por meio do censo da educação superior e o censo escolar, além de diversas publicações, como revistas, séries, boletins e coleções. O Inep foi criado, por lei, no dia 13 de janeiro de 1937, sendo chamado inicialmente de Instituto Nacional de Pedagogia.

Assessoria de Comunicação Social

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CONCURSO

Inscrições para o Prêmio Nacional de Educação Fiscal vão até 13 de julho

Com o objetivo de valorizar as melhores práticas de educação fiscal, a importância social dos tributos e sua correta aplicação, o Prêmio Nacional de Educação Fiscal, promovido pela Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), em parceria com a Escola de Administração Fazendária (Esaf), chega à sétima edição e tem inscrições abertas, pela internet, até o próximo dia 13 de julho.

O Ministério da Educação é parceiro da Febrafite e ficará responsável por indicar um representante para a banca examinadora do prêmio. “O ministro Rossieli Soares, desde quando era secretário Educação Básica, sempre apoiou essas iniciativas, então o MEC vai para compor a comissão e indicar o representante para a banca examinadora”, explica o secretário-executivo adjunto do MEC, Felipe Sigollo. “Educação fiscal é um tema extremamente importante para toda a sociedade. É fundamental acompanhar os recursos e fiscalizá-los”, completou o secretário.

O concurso visa também promover a consciência sobre a importância social dos tributos, a busca da integridade das receitas públicas e a participação social, para que o pagamento dos impostos, mais que uma obrigação determinada por lei, seja visto como um processo que pode e deve ser o caminho para a redução das desigualdades sociais no Brasil. “O dinheiro é da sociedade e deve ser aplicado em seu favor”, defende o presidente da Febrafite, Juracy Soares.

Há 18 anos, a Esaf desenvolve o Programa Nacional de Educação Fiscal. Assim, a escola treina os professores e eles elaboram um projeto. “Esse projeto, que sai do curso em forma de papel, tem que ser aplicado na escola”, explica Juracy Soares. “Eventualmente, [o projeto] pode fazer uma paródia de uma música, por exemplo, e colocar uma letra que incentive a sociedade a pedir a nota fiscal. Ele leva crianças aos supermercados para verificar se estão emitindo nota. Lá os alunos verificam qual é o percentual e o valor daquela compra que vai ser destinado ao governo, para, aí sim, financiar as ações, o pagamento de salários de servidores públicos, as construções de escolas, enfim, todas as demandas da sociedade. ”

Categorias – O prêmio é dividido em tem três categorias: Escolas (instituições de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio), Instituições (organizações não governamentais, universidades, prefeituras, secretarias e demais instituições da iniciativa privada) e Imprensa (a profissionais ou empresas de comunicação com atuação em mídia convencional - impresso, TV, rádio e internet - e estudantes universitários de jornalismo que tenham reportagens publicadas nos jornais-laboratórios).

As inscrições nas categorias Escolas e Instituições podem ser feitas até o próximo dia 13 de julho. Para a última, Imprensa, o prazo é maior: são aceitas reportagens publicadas no período de janeiro até 28 de setembro.

Serão R$ 43 mil em prêmios distribuídos entre os sete vencedores: três na categoria Escolas, dois na categoria Instituições e dois na categoria Imprensa. A divulgação dos finalistas será em 7 de novembro, e a solenidade de premiação, em Brasília, está prevista para 28 de novembro.

Assessoria de Comunicação Social

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ENCCEJA

Inep passa a divulgar microdados das três últimas edições do Encceja  

O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) passa a ter seus microdados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação. Nesta terça-feira, 3, foram disponibilizados no Portal do Inep, de forma inédita, os microdados das edições de 2014, 2015 e 2016 do exame.

A iniciativa cumpre a missão de desenvolver e disseminar informações educacionais. A divulgação de microdados dos exames, avaliações, estatísticas e indicadores educacionais produzidos pelo Inep permite o acesso a informações específicas e a produção de análises mais aprofundadas por parte de pesquisadores, jornalistas e gestores públicos.

O material disponível no Portal do Inep referente ao Encceja reúne, além dos dados em si, um dicionário, os gabaritos, um “Leia-me” com orientações gerais sobre como usar e citar microdados, documentos técnicos, matrizes de referência, inputs e questionários.

Encceja 2014 – Nessa edição houve provas e questionário socioeconômico no Brasil e no exterior. Apesar da aplicação ter contemplado participantes privados de liberdade (PPL) no exterior, esses dados não serão divulgados, a fim de preservar a identificação pessoal dos estudantes. Os microdados do Encceja 2014 abrangem, portanto, três aplicações: Encceja Nacional Regular – exame aplicado no Brasil a jovens sem restrição de liberdade; Encceja Exterior Regular – aplicado no exterior a jovens sem restrição de liberdade; e Encceja Nacional PPL – exame aplicado no Brasil a pessoas privadas de liberdade e jovens sob medidas socioeducativas

Encceja 2015 e 2016 – Nessas edições, as provas e o questionário socioeconômico foram aplicados apenas no exterior. Os microdados contemplam a aplicação do Encceja Exterior Regular. Não foram consideradas as informações dos participantes enquadrados na categoria PPL.

Encceja – Criado em 2002, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos é voltado para a verificação e o reconhecimento das aprendizagens de jovens e adultos brasileiros, em níveis correspondentes à conclusão do ensino fundamental e médio, residentes no Brasil e no exterior.

A política de certificação em outros países visa apoiar os emigrantes com dificuldades de acesso a outros sistemas educacionais ou na legalização de seus diplomas no Brasil. Os objetivos principais são construir uma referência nacional para jovens e adultos por meio de avaliação de competências, habilidades e saberes adquiridos em processo escolar ou extraescolar; estruturar uma avaliação direcionada a jovens e adultos que sirva às secretarias de educação, a fim de estabelecer o processo de certificação dos participantes, em nível de conclusão do ensino fundamental, por meio da utilização dos resultados do exame, de acordo com a legislação vigente; oferecer uma avaliação para fins de correção do fluxo escolar; construir, consolidar e divulgar seus resultados para serem utilizados na melhoria da qualidade na oferta da Educação de Jovens e Adultos e no processo de certificação; possibilitar a constituição de parâmetros para autoavaliação do participante, com vistas à continuidade de sua formação e à sua inserção no mundo do trabalho; e possibilitar o desenvolvimento de estudos e indicadores sobre educação brasileira.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

OPINIÃO

10 filmes para quem gosta ou quer fazer Jornalismo

Está pensando em fazer Jornalismo? Preparamos uma lista de 10 filmes sobre a profissão, para te ajudar na escolha da carreira. A relação tem filmes antigos e recentes que mostram os bastidores das várias áreas do Jornalismo.

10 filmes sobre Jornalismo:

The Panama Papers (2017)

O filme conta a histórica real dos dois jornalistas alemães que conseguiram revelar manobras de evasão de divisas após terem acesso a milhões de documentos da Mossack Fonseca, uma sociedade de advogados panamenha que administra empresas offshore. O resultado dessa investigação mostrou que grandes corporações, artistas, políticos e personalidades do mundo todo usavam os serviços da Mossack Fonseca.

Este filme, que está disponível somente no Netflix, é muito importante para quem deseja entrar na profissão porque mostra o uso do big data no Jornalismo. Atualmente, as redações do mundo todo estão investindo em tecnologia para análise e cruzamento de dados.

Cidadão Kane (1941)

Inspirado na vida do milionário William Randolph Hearst, magnata estadunidense dono de uma grande rede de jornais, Cidadão Kane é narrado através de memórias pesquisadas por um jornalista. Apesar de se pautar na história de Hearst, no filme o personagem principal se chama Charles Foster Kane, que vai de garoto pobre do interior a dono de um império de jornalismo e publicidade.

No enredo do filme, Jerry Thompson é o jornalista responsável por investigar a vida de Kane, após sua morte, entrevistando as pessoas mais próximas a ele. Além de contar a história do protagonista, Thompson tem a missão de descobrir o significado de sua última palavra em vida: Rosebud.

Lançado em 1941, conquistou o Oscar de Melhor Roteiro Original no ano seguinte. Apesar do prêmio, o filme só alcançou sucesso de público ao ser relançado em 1956.

Boa Noite e Boa Sorte (2006)

Dirigido por George Clooney, Boa Noite e Boa Sorte é ambientado na década de 1950 e narra as denúncias de um âncora de TV contra um Senador da República que caçava comunistas. Diante do confronto com o político, Edward R. Morrow, que tem um programa diário na TV aberta, trava uma incansável batalha pela liberdade de expressão.

As reportagens exibidas pelo jornalista e sua equipe de repórteres põe em xeque as táticas usadas pelo governo para esfriar o movimento comunista que polarizou o mundo ao final da Segunda Guerra Mundial, se contrapondo ao capitalismo. Os debates e denúncias terminam na queda de Joseph McCarthy, principal alvo de Edward Morrow.

Premiado no Festival de Veneza em 2005, Boa Noite e Boa Sorte também foi indicado ao Oscar 2006 nas categorias de melhor filme e melhor roteiro, entre outras. Apesar de ter sido produzido na era da TV em cores, o filme opta pela estética do preto e branco, se aproximando da realidade em que se passa.

Zodíaco (2007)

Zodíaco é ambientado nos Estados Unidos dos anos 60 e 70. Um serial killer envia cartas encriptografadas para três jornais assumindo assassinatos e ameaçando cometer outros se essas cartas não fossem publicadas. O cartunista de um dos jornais (Jake Gyllenhaal) decifra as cartas e resolve investigar a identidade do assassino, ajudado pelo repórter policial (Robert Downey Jr.).

O filme mostra os riscos e desafios do jornalismo investigativo, além da responsabilidade da imprensa ao divulgar informações que podem causar pânico e colocar pessoas em perigo.

The Post – A Guerra Secreta (2017)

Indicado ao Oscar 2018 de melhor filme, com um elenco repleto de estrelas como Meryl Streep e Tom Hanks, The Post – A Guerra Secreta relata o dilema real que viveu o jornal The Washington Post no início da década de 70.

O jornal estava prestes a entrar na bolsa de valores, para atrair investidores e ganhar fôlego financeiro, quando vazaram dados secretos sobre a Guerra do Vietnã, nos quais mostravam que o governo americano havia mentido para a população. A divulgação desses dados colocaria o jornal nos tribunais e os donos poderiam ser presos, o que causaria um impacto financeiro negativo.

O filme é importante para o Jornalismo porque mostra o conflito de interesse entre os donos de jornais, editores e jornalistas, que têm o dever de informar a população, mas ao mesmo tempo dependem dos recursos financeiros.

Todos os Homens do Presidente (1976)

O filme, de cunho histórico, se passa nos Estados Unidos no início da década de 70 e relata a investigação jornalística que culminou na renúncia do então presidente Richard Nixon. Pautado na realidade, o longa exibe cenas históricas combinadas com aquelas que foram gravadas por atores.

O roteiro destaca a história de Robert Woodward e Carl Bernstein, também jornalistas do Washington Post, que se aventuram em uma série de pesquisas sobre a invasão no edifício Watergate, meses antes da reeleição de Nixon. No prédio funcionava o principal comitê de campanha dos Democratas, que tinham George McGovern como candidato a presidente. Logo suspeitou-se de espionagem política por parte dos republicanos.

Mesmo com a reeleição, os jornalistas se dedicaram a investigar o caso e descobriram o envolvimento do presidente, do FBI e da CIA no caso. O filme narra especialmente a saga desses dois profissionais que acabam se deparando com uma rede de espionagem e lavagem de dinheiro.

Frost/Nixon (2008)

A história do filme acontece três anos depois da renúncia de Richard Nixon. O apresentador britânico David Frost tem a ideia de entrevistar Nixon e vender a entrevista para os telejornais. Nixon aceita ser entrevistado depois de receber 600 mil dólares e também porque acredita ser uma oportunidade de limpar sua imagem e retornar à política, já que ele não enxergava Frost como um “jornalista perigoso”.

O filme Frost/Nixon mostra a “guerra” oculta entre entrevistado e entrevistador e a importância do jornalista ser bem informado e habilidoso na hora de formular suas perguntas para conseguir a notícia.

O Abutre (2014)

Também estrelado por Jake Gyllenhaal, O Abutre conta a história de um jovem que entra no mercado independente do jornalismo policial, após não conseguir um emprego formal. Ele e seu assistente começam a filmar crimes e acidentes de trânsito para vender para os jornais televisivos. Com o tempo, ele percebe que pode ganhar mais dinheiro “fabricando” as notícias.

O Abutre nos faz refletir sobre o sensacionalismo dos telejornais policiais, tão comuns no Brasil, e o interesse do ser humano em acontecimentos trágicos e mórbidos.

Spotlight: Segredos Revelados (2015)

Vencedor do Óscar 2016 de melhor filme, Spotlight narra a investigação que a equipe do jornal The Boston Globe fez sobre os casos de pedofilia e abuso sexual cometidos por membros da arquidiocese católica de Boston. Essa investigação foi realizada no começo dos anos 2000 e rendeu à equipe do jornal o Prémio Pulitzer em 2003.

Um fato importante do filme é que ele mostra que às vezes o jornalista precisa deixar de lado suas crenças e ideologias para divulgar a verdade. Também relata a influência da Igreja na imprensa e em outros setores, como o jurídico e o político.

Tropa de Elite 2: o Inimigo agora é Outro (2010)

Apesar de não tratar especificamente sobre jornalismo, o filme Tropa de Elite 2 ilustra a difícil realidade da qual passam os jornalistas brasileiros. O Brasil é um dos países mais perigosos para a profissão, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

No filme, uma repórter e um fotógrafo de um jornal são assassinados pela milícia após descobrirem a relação dela com o governador do Rio de Janeiro. O jornal não se preocupa em denunciar o assassinato, pois depende da verba do governo para funcionar. No Brasil, os maiores anunciantes dos jornais são os governos municipais, estaduais e federais.

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FIES 2018

MEC informa datas para o segundo semestre  

Os estudantes interessados em se inscrever para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) 2018/2 terão prazo entre os dias 16 e 22 de julho. A expectativa do Ministério da Educação (MEC) é oferecer cerca de 150 mil nova vagas, totalizando as 310 mil oportunidades previstas para 2018.

Para participar é necessário que o estudante tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em edições a partir de 2010, tendo alcançado média acima de 450 pontos, sem ter zerado a redação. Além disso, é preciso ter renda familiar mensal de até três salários-mínimos por pessoa.

No início de junho, o MEC anunciou algumas mudanças para o programa, na Modalidade 1, que garante o financiamento a juro zero. Entre as alterações previstas, que entram em vigor já nesta edição, estão:

- Financiamento mínima de 50%;

- Aumento no valor máximo de financiamento para R$ 42 mil;

- Adequação do preço das mensalidades;

- Transferência de vagas

P-Fies

Criado no final de 2017, o Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies), é um braço do Fies em que as condições de financiamentos são determinadas pelos bancos. No entanto, esta modalidade não emplacou no primeiro semestre de 2018. Das 75 mil vagas oferecidas, apenas 800 contratos foram firmados.

Em nota, o MEC informou que está em contato com outros bancos, a fim de atraí-los para o novo programa. Ainda de acordo com o MEC, a aumento da concorrência deve melhorar a atratividade.

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CORREIO BRAZILIENSE

PROUNI 

Olimpíada do Conhecimento apresenta tecnologias para o futuro

Promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem (Senai) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), a Olimpíada do Conhecimento 2018 (OC2018) convida o público para desfrutar uma verdadeira aventura no mundo da tecnologia. Iniciado hoje (5), o evento que ocorre no Centro de Internacional de Convenções do Brasil (CICB) vai até 8 de julho. O objetivo é apresentar as tecnologias da Indústria 4.0 para cidades inteligentes e escolas do futuro. A entrada é gratuita.

Segundo o especialista de desenvolvimento industrial do Departamento Nacional do Senai, Wilker Sampaio, a expectativa é de que 40 mil pessoas passem pelo local até domingo. Ele explica que uma das finalidades do evento é despertar a curiosidade dos estudantes para o ensino técnico. A professora de educação física do Centro de Ensino Fundamental 2 da 107 Sul, levou os 37 alunos do 6° e 7° anos. Ela relata que essa foi uma oportunidade de mostrar aos alunos como funciona a alta tecnologia. “Como a escola não teve logística para ir ao Campus Party 2018, vejo nisso uma forma de compensação e de os alunos terem acesso à ciência, tecnologia e informação”, diz.

A OC2018 tem dois ambientes: a Cidade Inteligente e a Escola do Futuro. Na Cidade Inteligente, os visitantes terão contato com tecnologias avançadas. Ao todo são oito stands disponíveis: centro de saúde, restaurante, horta, casa inteligente, espaço da moda, indústrias, espaço gourmet e museu. Já na Escola do Futuro, os participantes poderão conferir as atividades desenvolvidas pelos 63 alunos do Senai e Sesi. A coordenadora do espaço Escola do Futuro, Germana Zapata, explica que essa é uma chance em que os alunos têm de aprender. “Isso é para mostrar ao público as atividades que são desenvolvidas, com foco em inovação e empreendedorismo”, destaca.

Indústria 4.0 e Espaço da Moda

Desenvolvido pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (CETIQT) do Senai, a Indústria 4.0, que está ligada ao stand Espaço da Moda, permite que os participantes criem roupas fitness por meio de equipamentos como o espelho virtual (aparelho que faz a medição do corpo), calandra (equipamento usado para transferência da modelagem do papel para tecido), impressora e máquina de dobradura.

O primeiro passo é tirar as medidas do corpo no espelho virtual. Ao mesmo tempo, o visitante poderá escolher a peça e estampa desejada.Após esse processo, o modelo da roupa é enviado para a calandra para a transferência da modelagem do papel em tecido. Em seguida, a roupa é encaminhada para a máquina de dobradura, e por fim, para a costureira, para os ajustes finais.

Todo processo de produção dura 25 minutos. “Um dos objetivos da Indústria 4.0 é trazer o conceito da relação do consumidor com o produto”, explica o coordenador técnico do Senai e representante do stand da Indústria 4.0, Celso Pinto Soares. Por conta da alta demanda de pessoas interessadas em customizar e adquirir as peças, o representante do stand faz um sorteio de hora em hora para premiar o vencedor que levará roupa. Para isso, é necessário que o visitante passe pelo espaço e assine o nome.

Centro de saúde

Com equipamentos de última geração, o stand Centro de saúde disponibiliza aos participantes, consultas e atendimentos por meio de robôs. É o caso do ToLife, um equipamento por meio do qual o visitante faz a queixa e o sistema faz uma série de perguntas e dá o diagnóstico em um minuto. A representante do stand e especialista em desenvolvimento industrial, Viviane Macedo, explica que o espaço foi pensado na questão da promoção e prevenção de saúde. “Trouxemos o que tem de mais tecnológico na área da saúde, pensando na agilidade de atendimentos”, diz ela.

Outra novidade é o robô Da Vinci. Presente em todo o Brasil e recentemente em Brasília, no Hospital Santa Luzia, com a presença de um cirurgião, o aparelho é capaz de realizar cirurgias na área do abdômen e tórax. Quando feito a operação por meio do robô, as vantagens são: menor dor no pós-operatório; diminuição de analgésicos; e menos infecção.

Escola do Futuro

O espaço Escola do Futuro mostra o trabalho desenvolvido pelos estudantes do Senai e Sesi. São dois ambientes: Grand Pix e Espaço Maker. No Grand Pix, 48 alunos recebem desafios de representantes de empresas, o qual precisam apresentar um modelo de negócio. O processo é baseado em pequisas e orientação dos professores. Os estudantes são divididos em um grupo de seis pessoas. Ao todo são oito equipes.

A aluna do curso técnico de alimentos do Senai, Lorrany da Silva Pereira, 18 anos, veio do estado de Piauí para participar do Grand Pix. Ela conta que o curso tem ajudado a pensar em ideias para os negócios. “Nossos desafios envolvem assuntos que eu tenho facilidade em trabalhar, como a questão de gestão de pessoas e empreendedorismo”, explica.

No Espaço Maker é possível ver os protótipos produzidos pelos alunos. Esse é o caso do jogo de fliperama criado pelos estudantes do Ensino Médio Guilherme Molina, 16 anos, e Amanda Rozan, 16. Com a utilização de vinil, madeira e placa de computador, eles criaram o jogo, que está disponível para o público. Os alunos confirmam que é uma ótima experiência e que se identificam com o assunto. “Alguns projetos desenvolvemos por hobby e outros por educação”, diz Amanda.

O evento também contará com palestras sobre temas como: a indústria do entretenimento; motivação e diversificação de atuações na vida profissional; a educação do futuro; a indústria da gastronomia entre outros temas. Os palestrantes são: os chefes de cozinha Henrique Fogaça, Claudio Troisgrois, Andre Mifano e Felipe Bronze; ator e humorista Rafael Cortez; o historiador Leandro Karnal; os estilistas Alexandre Herchcovitch, Ronaldo Fraga, Lino Villaventurai; o youtuber Iberê Thenório; o jornalista Marcelo Tas; o filósofo Luiz Felipe Pondé; o comediante Murilo Gun e o youtuber Eduardo Faria. Todo o evento, inclusive as palestras está sendo transmitido ao vivo pelo site.

Outras atrações

Simulador de Fórmula 1: O equipamento está no espaço Cidade Inteligente e oferece aos visitantes uma verdadeira aventura. Os participantes têm direito de se divertir por dois minutos.

Construção civil: O stand é uma oportunidade para arquitetos e engenheiros. Por meio de um simulador 3D, os visitantes podem vivenciar a experiência de observar o apartamento em fase de projeto. O programa também é capaz de modelar edificações, estruturas e instalações. O simulador está localizado na Cidade Inteligente

Não perca

Olimpíada do Conhecimento

Local: Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB) - SCES Trecho 2, Conjunto 63, Lote 50 – Asa Sul Hora: 9h ás 18h

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EDUCAÇÃO

Escola pública incentiva alunos por meio de concurso de redação

Você sabe quem foi o padre Roberto Landell de Moura? Ele inventou o rádio. Brasileiro, nascido no Rio Grande do Sul, há controvérsias sobre a patente do meio de comunicação, mas o Brasil reconhece o líder católico como o pai da radiofonia. Todas essas informações os estudantes do Centro Educacional do Lago (CEL) descobriram nesse último mês por meio de um concurso de redação, que tinha como tema, a vida e obra do Padre Landell de Moura e seus impactos nos padrões atuais de comunicação.

Os ganhadores receberam a premiação na manhã desta quinta-feira (5). Para cada ano do ensino médio havia a premiação dos três primeiros lugares. O prêmio máximo foi um vale compras na loja Free Corner de R$ 500; para os segundos lugares, R$ 300; e para os terceiros, R$ 100. E os ganhadores foram: 1º ano: Luana  Ferreira da Cunha;  Thais Barbosa de Sousa; e Guinther P. M. Goequing. 2° ano: Stella Lorrane Guerra de Melo; Karine Hillary Abrantes Lacerda; e Mayara Cordeiro da Costa. Para o 3° ano: Pedro Henrique Rodrigues de Souza; Luciano Cardoso Mascarenhas Alves; e Milena Brenda Marques de Abreu. Os prêmios foram patrocinados pela própria loja Free Corner, a Loja Maçônica Atalaia de Brasília e pelos professores. O concurso foi oragnizado pelos professores Giovanni Grassi, Deise Souza, Katiane Muniz e Bruno Luis.

 O ganhador em  primeiro lugar do 3° ano, Pedro Henrique Rodrigues, 17 anos, ficou surpreso com a conquista. “Eu tentei estruturar bem e falar sobre a vida dele que quase ninguém conhece”, diz. O jovem, admite que gosta de escrever e que, por isso, resolveu tentar o prêmio. “Vai que eu conseguia ganhar, mas também para treinar. É um incentivo para escrever”, conta. O colega dele, Luciano Mascarenhas, 17, que obteve o segundo lugar, concorda. “Tentei me expressar de forma clara e objetiva. É um treino, para saber se estou preparado para uma redação do Enem e do PAS”, diz.

A aluna Milena Marques, 17, que ficou em terceiro lugar do 3º ano, conta que escutou o conselho da  professora: “Ela disse para não falarmos muito da vida religiosa do padre e escrever sobre os inventos dele, porque as pessoas acham que tem essa richa da religião com ciência. Ele provou que é possível unir as duas coisas”, diz. Ela confessa que não estava muito interessada no prêmio, não. “Eu pensei que se uma pessoa iria corrigir, eu iria aprender mais. Ninguém conhecia o padre e eu tive a oportunidade de aprender sobre a vida e a obra desse religioso”, ela acrescenta.

Mayara Cordeiro, 17, que ficou em terceiro lugar na premiação das turmas do 2º ano, disse que gostou da competição. “Aprendi sobre o rádio, um assunto que nunca tinha procurado saber. Como sempre gostei de escrever, achei legal a palestra que assistimos”, afirma.

A ideia, de acordo com o coordenador pedagógico da escola, Vitor Rios Valdez, é o incentivo para que os alunos possam escrever mais e melhor. “Lançamos no prêmio um vale em materiais esportivos para ser atrativo também”, explica. De acordo com ele, a iniciativa foi uma parceria firmada entre a escola e a Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão (Labra). Colaboradores da Labra foram à escola explicar sobre como funciona uma estação de rádio para os estudantes. “Inclusive, trouxemos o especialista em Landell de Moura, Ivan Dorneles Rodrigues, para uma palestra na escola”, lembra.

A escola de ensino integral, uma das primeiras do DF a implementar o novo regime, atende cerca de 600 alunos e é cheia de projetos e iniciativas para promover o ensino diversificado. Durante o turno matutino são ministradas as aulas normais e, à tarde, são oferecidas 20 oficinas, como as de texto, de física com música, poema com música e  de grafite. “A ideia é dar mais autonomia para os alunos. E não pode ser uma extensão da aula, tem de ser algo diversificado”, esclarece. Por enquanto, só o primeiro e o segundo anos participam da modalidade de ensino. A partir do ano que vem, será contemplado o terceiro também. E a escola tem até abertura para projetos propostos pelo corpo discente. A horta e as redes sociais são mantidas por alunos, sem necessariamente, ser um projeto da escola. “Eles nos falam o  que estão pensando, definem critérios de avaliação e a gente tenta viabilizar”, explica o professor.

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GLOBO.COM

MUNDO

Bicicleta e comida saudável fazem das crianças holandesas as menos obesas entre os países ricos

O percentual de crianças obesas na Holanda é o menor entre os países pesquisados pelo Unicef. Se nos EUA cerca de 30% das crianças de 11, 13 e 15 anos estão acima do peso, na Holanda o índice é 7%. Na França, outro país reconhecido pela alimentação saudável, o índice é 10%.

Apesar de o granulado de chocolate fazer parte de um lanche típico levado para as escolas, as crianças desde cedo fazem muito exercício porque andam para todo o canto de bicicleta. Além disso, iniciativas de prefeituras como a de Amsterdã vem reduzindo o consumo de açúcar e frituras nas escolas.

"Aos 6 anos já pedalava sozinha para a escola, aqui no bairro é tão tranquilo que nem precisamos de capacete, andamos sempre na ciclovia", conta Ina Hutchison, hoje com 11, chegando de uma tarde no parque e no supermercado. "Vou sozinha, estaciono minha bike e faço as compras que minha mãe pediu."

Desde quarta-feira (4), o G1 publica uma série de nove reportagens que investigam os fatores educacionais, econômicos e sociais por trás do sucesso holandês.

Mais bicicletas que pessoas

A Holanda tem 17 milhões de pessoas e 25 milhões de bicicletas. Ou seja, 1,3 bicicleta per capita. Na hora do rush em cidades grandes como Amsterdã, Roterdã e Haia, é comum ver mais bicicletas do que carros passando.

São mais de 35 mil quilômetros de ciclovias. Um holandês anda em média mil quilômetros por ano de bicicleta. E muitos desde cedo, como Ina Hutchison.

    “A cultura da bicleta começa mesmo antes de as crianças aprenderem a andar, ou mesmo aprender a se movimentar com as pernas. Eu mesma só carrego ele aqui no bakfiet e ele adora”, diz a enóloga Agnes Demen, mãe de Jacob, de 1 ano.

O bakfiet é uma estrutura de madeira que é colocada na bicicleta e usada para transportar crianças e compras de supermercado.

"É claro que o fato de as cidades serem planas e não termos problemas com segurança ajuda. Mas acho que é mais uma questão cultural mesmo. Aí a criança cresce e quer logo se deslocar de bicicleta", acredita.

O granulado de chocolate levado de lanche, uma tradição holandesa, assim, não vira um vilão da alimentação.

Além do fato de as crianças fazerem muito exercício, prefeituras como a de Amsterdã iniciaram programas para estimular a alimentação saudável nas escolas. A Prefeitura parou de patrocinar eventos apoiados por marcas de fast-food e deu incentivo fiscais para escolas que, em suas lanchonetes, parassem de oferecer lanches processados ou com alto teor de açúcar.

O resultado foi uma redução de 12% do número de crianças obesas na cidade entre 2012 e 2015 – o que ocorreu especialmente no bairro de imigrantes.

"Aí foi um efeito cascata. Muitas escolas passaram a estimular apenas o consumo de água. Os pais começaram a mandar em vez de bolos para as festas de aniversário, frutas", conta Leotien Peeters, da Fundação Bernard Van Leer, com sede na Holanda, dedicada à primeira infância, que advoca por mais saúde e bem-estar para crianças pequenas em vários países, incluindo no seu de origem.

Influência da nutrição na saúde

Uma das maiores cientistas da Holanda, Tessa Roseboom é professora de desenvolvimento infantil e saúde da Universidade de Amsterdã. Ela elogia as iniciativas da cidade ao perceber a influência da nutrição na saúde das crianças.

Autora de um estudo que provou que as doenças são influenciadas pela alimentação quando a criança ainda está no útero da mãe, ela diz que iniciativas como a de Amsterdã revertem tendências desses jovens terem doenças crônicas no futuro.

“Além disso permitirá que as crianças desenvolvam todo o seu potencial. A cidade de Amsterdã está se dando conta da importância de investir nesses primeiros anos da vida da criança”, afirma.

Outras cidades holandesas também programam atividades para promover vida saudável entre as crianças. Em Roterdã, é comum eventos como o que o G1 acompanhou, promovido pelas escolas públicas do bairro: uma caminhada de 5 km com a participação de cerca de 700 crianças e 400 pais.

    “Adoro vir nessas caminhadas, faz nos sentirmos parte da comunidade e ainda fazem bem para a saúde”, diz a joalheira Diana Spierings, acompanhada do filho Jules e de um amigo.

A empresária Nanja Totorla passeia animada com o filho Gianlucca, de 8. Logo, o menino dispara no meio da multidão.

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UNICAMP

Liminar determina desocupação da Reitoria da Unicamp e presença de Knobel em negociações com o STU

A 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas determinou a desocupação das salas de reuniões do prédio da Reitoria da Unicamp em 24 horas e a retomada das negociações entre o reitor Marcelo Knobel e representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU).

No despacho desta quinta-feira (5), o juiz Mauro Iuji Fukumoto aponta que a desocupação deve ocorrer com uso de força policial, caso seja necessário. O juiz argumenta ainda que o melhor neste momento é o fim do impasse que teve início na terça-feira (3).

Os servidores permanecem nas salas de reuniões do prédio desde o fim uma reunião com a chefia de gabinete, sem a presença do reitor. Depois disso, os grevistas exigiam a presença do reitor nas negociações. Knobel vinha afirmando que só retomaria as negociações pessoalmente se as salas fossem desocupadas. Os servidores estão em greve há 45 dias para reivindicar aumento salarial.

“O mais razoável é impor-se obrigações a ambas as partes: ao Sindicato, de desocupar o prédio (permitindo-se, como já assinalado na decisão de fls. 19, a livre manifestação desde que não impeça ou inviabilize o trabalho dos servidores que não aderiram à greve); e, à Universidade, de agendar nova reunião, assim que ocorrer a desocupação, com a presença pessoal do Reitor, que é reclamada pelo Sindicato”, disse o juiz.

O que dizem a Unicamp e o STU

Em nota, a universidade afirmou estar aberta ao diálogo e pronta para atender à determinação judicial. "A Reitoria da Unicamp, que sempre esteve aberta ao diálogo, está pronta para atender à determinação judicial, na expectativa de que o impasse seja resolvido pacificamente", diz o texto da estadual de Campinas.

Por meio da assessoria de imprensa, o STU informou ao G1 que o assunto está sendo debatido nesta manhã em assembleia com os trabalhadores.

Entenda o impasse

O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp iniciou a greve no dia 22 de maio. A categoria pede reajuste salarial de 12,6% e aumento no vale-alimentação de R$ 230, o que elevaria o benefício para R$ 1.080.

A universidade alega que em 2018 terá um déficit orçamentário no valor de R$ 240 milhões e o aumento para os servidores neste ano está fixado em 1,5%. Sobre o vale-alimentação, a estadual defende reajuste de R$ 100, indo de R$ 850 para R$ 950.

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EDUCAÇÃO

Por acidente, estagiária descobre supercola feita com bagaço de cana

“Gente, está muito difícil tirar essa fórmula dos equipamentos. Eu tento lavar, mas fica tudo grudado nas hélices". Foi assim que Naima Orra, na época estagiária do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, descobriu a fórmula de uma cola atóxica feita a partir de bagaço de cana-de-açúcar e materiais descartados por empresas de celulose.

Depois de ouvir o relato de Orra, a pesquisadora do Laboratório Nacional de Nanotecnologia Rubia Figueiredo Gouveia decidiu iniciar uma pesquisa específica para aprimorar o estudo e criar uma nova cola. Um mês depois, as duas chegaram à fórmula final, patenteada no Brasil este ano. A cola sustentável brasileira deve ser registrada no exterior em 2019 sob a autoria das duas pesquisadoras - Naima Orra, hoje, faz mestrado na França.

Caso a patente seja comercializada, metade do dinheiro arrecadado será destinado ao fundo de inovação da organização social CNPEM; os outros 50%, divididos entre as inventoras.

Além de ter a mesma eficiência de outras colas já comercializadas atualmente, a nova fórmula é feita a partir da simples mistura de três ingredientes: látex, nanocelulose e lignina.

"Uma das vantagens é que esses dois últimos elementos são muitas vezes descartados em larga escala por indústrias de papel e refinarias de cana-de-açúcar. Reaproveitar o que seria descartado é sustentável e ainda deve baratear a produção", afirmou Rubia Gouveia em entrevista à BBC News Brasil.

A pesquisadora afirma que a cola pode beneficiar uma cadeia de indústrias que usam o produto, como a automobilística, de móveis, construção civil e brinquedos. Dos três materiais usados em sua produção, o látex deve ser o único que ainda continuaria sendo extraído árvores, principalmente de seringueiras.

Já a nanocelulose é obtida em larga escala hoje no Brasil a partir de árvores de eucalipto. Para a produção da nova cola, porém, a substância foi extraída do bagaço de cana.

A lignina é obtida a partir de um líquido chamado de "licor negro", comumente descartado em indústrias de papel, exceto as mais mordernas, que costumam usar a substância para a produção de energia. Para iso, é necesário cozinhar a substância com soda em alta temperatura e pressão.

Produção em larga escala

Fabiano Rosso, gerente de pesquisa do Projeto Lignina da Suzano Papel e Celulose, a maior produtora de papéis de imprimir e escrever da América Latina, disse que, atualmente, uma fração de 3% da lignina produzida pela fábrica da empresa em Limeira, no interior de São Paulo, é separada, purificada, modificada, transformada em uma resina e vendida para fábricas de madeira e MDF.

O número equivale a cerca de 20 mil toneladas. O restante é queimado para virar vapor, alimentar uma turbina e produzir energia, que abastece a indústria e ainda gera um excedente que é vendido. Caso as experiências demonstrem a viabilidade da supercola, boa parte da substância produzida pela Suzano Papel e Celulose poderia ser utilizada para este fim.

A notícia de que uma cola pode ser produzida a partir de lignina animou Rosso. Para ele, o ideal seria diminuir a destinação do material à produção de energia e usá-lo para fabricar de materiais com valor agregado.

"Eu não conheço essa pesquisa, mas vou procurar saber e entender sua aplicação e o que os pesquisadores estão fazendo. Eu tenho interesse não só pela aplicação, mas também pela fabrição desse produto final. Eu vejo esse como um caminho bastante viável para produzir em larga escala", afirmou Rosso.

Formaldeído

Além de vantagens econômicas e ecológicas, a cola sustentável não usa solventes químicos derivados do petróleo como a maior parte das colas usadas hoje industrialmente. O mais conhecido e prejudicial é o formaldeído, classificado como cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1984 e que está presente na maior parte das colas industriais, inclusive as usadas por sapateiros e vidraceiros. O odor da substância pode causar náuseas, dores de cabeça e, em casos mais graves, até mesmo alucinações e confusão mental. A cola sustentável, por sua vez, é atóxica.

O uso do formaldeído foi proibido nas indústrias dos Estados Unidos e do Canadá, as únicas que, ao lado da Suécia, também produzem lignina em larga escala.

Mas, de acordo com a pesquisadora Rubia Gouveia, a cola sustentável não tem como foco apenas uso industrial, mas também comercial, doméstico e escolar.

"É possível fazer modificações para adequar seu uso em diferentes situações. Desta forma, a cola poderia ser usada desde indústrias automobilísticas, móveis, de tecidos a até mesmo em escolas e escritórios", afirma Gouveia.

A cola demonstrou sua potência adesiva em testes de tração feitos em laboratório. Além de colar papéis e madeiras, a cola também mostrou um alto poder de aderência em testes feitos com alumínio.

O próximo passo das pesquisadoras é fazer adaptações na fórmula e testar a cola em altas e baixas temperaturas. Também será feita uma adaptação para que ela possa colar vidros e beneficiar mais setores industriais.

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FOLHA.COM

EDUCAÇÃO

Líder no Enem, SP cai para 5º no país sem escolas técnicas  

A média das escolas estaduais de São Paulo no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2017 é a maior do país entre as redes de todos os estados, mas só quando levadas em conta também as Etecs (escolas técnicas), que fazem seleção de alunos.

Ao considerar apenas as escolas sob a responsabilidade da secretaria estadual da Educação, a média cai para a quinta posição do país, atrás de Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal e Paraná.

As Etecs não são de responsabilidade da pasta de Educação —são gerenciadas pelo Centro Paula Souza, uma autarquia ligada à secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do estado. As Fatecs (Faculdade de Tecnologia) também são administradas pelo centro.

A Folha calculou as médias por escola no Enem 2017 a partir dos dados brutos e oficiais. Só tiveram a nota calculada unidades em que pelo menos metade dos alunos do 3º ano do ensino médio tenham participado do Enem (respeitado um mínimo de dez).

O método é igual ao adotado pelo Ministério da Educação em divulgações recentes. O governo deixou de publicar as médias há dois anos.

Esse critério já revela a dificuldade da rede paulista em estimular seus alunos a fazer a prova. Isso já ocorria nos rankings de anos anteriores, mas a quantidade de escolas estaduais que tiveram ao menos 50% dos alunos no Enem foi ainda menor em 2017.

Apenas 740 das 3.819 escolas estaduais paulistas alcançaram esse patamar de participação mínima em 2017. Isso equivale a somente 19% das unidades. No ano anterior, 60% das escolas atenderam a esse critério.

O exame é usado como vestibular para entrada em praticamente todas as universidades federais e algumas estaduais. A USP, por exemplo, seleciona parte de seus alunos por essa prova. Mais de 80% dos alunos de ensino médio no estado de São Paulo estão em escolas ligadas à secretaria estadual da Educação.

As 740 escolas estaduais analisadas tiveram uma nota média de 509,70 na parte objetiva da prova (que leva em conta as provas de linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza). Na redação, a média foi de 541,61.

A média no Enem 2017 considerando todos os participantes foi de 514,65 na parte objetiva e 558 na redação.

Das 222 unidades técnicas do estado, 195 tiveram as médias no Enem 2017 calculadas neste levantamento.

Além de ser uma rede pequena, as Etecs fazem seleção de alunos por meio de vestibulinho, o que garante, em geral, um perfil de estudantes mais qualificados e de nível socioeconômico mais alto.

O professor da Unesp João Cardoso Palma Filho chama a atenção para o vestibulinho como uma facilidade para as Etecs obterem melhores resultados. Mas não é só isso.

"O baixo desempenho e o fato de ser muito baixo o número de alunos no Enem reforçam uma coisa: a rede estadual de São Paulo não melhora há mais de dez anos", diz ele, que foi secretário-adjunto de Educação entre 2011 e 2013, já na gestão do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Ele cita a falta de professores com formação adequada para as aulas que lecionam como um dos desafios da rede.

Palma ressalta ainda uma distorção nesse cenário: enquanto a maioria dos alunos da rede estadual não está em condições de seguir para o ensino superior, eles também não têm acesso a uma educação profissional. Por outro lado, aqueles que têm a oportunidade de ensino técnico nas Etecs é que conseguem chegar à universidade.

A média das Etecs no Enem 2017 foi de 559,42. É um desempenho 10% superior ao das escolas da rede estadual.

A secretaria da Educação da gestão defendeu que o Enem é impróprio para avaliar desempenho de redes de ensino, já que, entre outros motivos, tem participação voluntária de alunos.

"Como o governo federal e especialistas em educação constantemente alertam, a avaliação correta para verificar o desempenho de redes de ensino no Brasil é o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)", diz a pasta, em nota, ao reforçar que a rede é a primeira do Brasil nesse indicador.

A secretaria afirma que mantém um ensino universalizado, sem seleção prévia de estudantes. Para estimular os alunos no Enem, cita ações como um curso online oferecido por um instituto parceiro.

Como em anos anteriores, a primeira escola pública no ranking do Enem 2017 no estado de São Paulo foi a Etesp (Etec de São Paulo).

Com uma média 646,15 na parte objetiva, a escola da região central da capital paulista é a 57ª colocada entre todas as unidades do estado, sejam públicas ou privadas. No Brasil, está na 194ª posição. A média na redação foi de 651,82.

O diretor da Etesp, Negipe Valbão Junior, diz que esse desempenho positivo se deve ao perfil dos estudantes e professores. "Nossos alunos são interessados e os professores, antigos e comprometidos", diz.

Na Etesp, os estudantes fazem ensino técnico integrado ao médio, em administração, meio ambiente, eletrônica, informática ou edificações. Eles entram na parte da manhã e saem às 16h.

Para ingressar, precisam fazer vestibulinho. "Eles passam por uma seleção bastante grande. E já vêm sabendo que a escola visa primor na educação, que aqui eles precisam ser aplicados e se dedicar mais", diz Valbão Junior.

Na classificação socioeconômica construída pelo MEC (Ministério da Educação) e adotada pela Folha, a Etesp aparece no mais alto nível entre os sete existentes: muito alto. Somente cinco Etecs têm essa classificação. Nenhuma da rede estadual tem.

Escolas técnicas têm nível sócioeconômico mais baixo, mas desempenho melhor do que a rede estadual

O diretor conta que muitos alunos vêm de escolas privadas. É o caso de Rachel Fidelis, 17, que cursa o ensino integrado em meio ambiente.

Rachel estudava no Colégio Rio Branco, mas sua família não tinha condições de continuar pagando a escola. "Era caríssimo, tive que sair. Escolhi a Etesp porque, das públicas, é uma das melhores", explica a estudante do 3º ano, que pretende entrar no curso de biologia na USP.

Segundo ela, apesar da qualidade do ensino, a Etesp sofre com problemas comuns a colégios públicos. Os estudantes contam que já ficaram mais de dois meses sem professor de português e que faltam computadores.

A escola estadual mais bem localizada no ranking sem ser uma técnica chama-se 9 de Julho, da cidade de Dracena, no interior paulista. Ela é a 1.174ª colocada no Brasil, com média de 563,75. Na cidade de São Paulo, a maior nota é da escola Alexandre Von Humboldt, na zona oeste. A nota dela foi de 540,56.

A escola, com 520 alunos, foi uma das primeiras a receber um modelo de ensino integral em 2012. Os alunos têm aula de manhã e de tarde, com conteúdo comum e uma parte diferenciada, além de tutorias e disciplinas eletivas.

"A parte diferenciada é alicerce do programa, que é excelente. É aquela escola pública que a gente queria e lutava por ela", afirma a diretora da unidade, Fátima Rizzo.

Abismo entre escolas mais ricas e pobres supera 100 pontos

Os dados do Enem 2017 mapeados pela Folha por escola mostram que as notas dependem muito do perfil dos alunos, tanto entre colégios públicos como privados. As escolas federais com estudantes mais ricos, por exemplo, têm uma média de 119 pontos a mais do que as estaduais com estudantes mais pobres.

Entre as particulares, as mais ricas conseguem, na média, 71 pontos a mais do que as também privadas, mas que atendem alunos mais pobres (mesmo que não tão pobres quanto os de algumas públicas).

Mas há diferenças também entre escolas com alunos do mesmo perfil. É o caso da comparação entre a rede estadual de São Paulo e as Etecs. Enquanto 83% dos alunos das Etecs têm nível socioeconômico alto e médio alto, esse percentual é de 91% nas escolas da rede estadual (só as com médias calculadas). As Etecs têm nota 10% superior.

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OPINIÃO

Educação com Base, manter os consensos possíveis

Foram muitos anos tentando construir a Base Nacional Comum Curricular, algo previsto na Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases e no Plano Nacional de Educação. Afinal por que o Brasil não teria, como os melhores sistemas educacionais do mundo (os primeiros 30 colocados no Pisa, por exemplo), um currículo ou pré-currículo estabelecendo o que crianças e jovens devem ter como direitos de aprendizagem?

Sim, a Base não ficou perfeita, apesar de ter envolvido ao menos quatro ministros de Educação, pré e pós-impeachment, inúmeras consultas e audiências públicas e um sem número de contribuições. Mas foi o consenso possível.

Agora, vários estados estão, em regime de colaboração com suas cidades, tentando traduzir a parte da Base referente à educação infantil em currículos municipais e estaduais e alguns começaram a preparar os materiais que apoiarão os professores na sua prática em sala de aula. Há municípios que já iniciaram formações de docentes para o processo de ensino de seus currículos.

Neste contexto, a partir da constatação de que a parte referente ao ensino médio precisa ser aperfeiçoada, algumas vozes começam a se levantar, no meio de um processo eleitoral polarizado, sugerindo desconstruir tudo o que já havia sido feito. Isso não faria sentido algum; melhor implementar a parte já completada da Base e testá-la por pelo menos um ano, enquanto se aperfeiçoa a parte ainda inconclusa.

Há alguns anos, quando perguntei para a ministra da Educação da Finlândia por que optaram por ter um currículo, ela me afirmou sem pestanejar que isso era fundamental para assegurar equidade entre as escolas do país.

Creio que não basta currículo, mas, com apoios adicionais a escolas em áreas de vulnerabilidade, um currículo adequado estabelece com maior clareza as expectativas de aprendizagem dos alunos e isso orienta o processo de ensino e de aprendizagem.

No que se refere ao ensino médio, é importante que o documento enviado ao Conselho Nacional de Educação especifique com clareza a progressão de habilidades em cada área de conhecimento. A forma como foi enviada não ajuda os professores e, embora favoreça a interdisciplinariedade, levanta alguns fantasmas sobre extinção de matérias.

É bom lembrar que a lei recentemente aprovada de ensino médio, embora tenha começado da forma errada, por medida provisória, vai ao encontro do que fazem os países com melhores sistemas educacionais.

Nenhum deles tem 13 disciplinas obrigatórias e, muito menos, apenas quatro horas de aula, afinal Edgar Morin já havia alertado a Europa, nos anos 1990, para evitar a fragmentação dos saberes.

Por Claudia Costin

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EDUCAÇÃO

França diz que retomará programas para professores parados por Alckmin  

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), anunciou nesta terça-feira (3) a retomada de programas e investimentos para a educação estadual interrompidos durante a gestão Geraldo Alckmin (PSDB). As ações envolvem cerca de R$ 430 milhões.

O prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), participou do anúncio. França, que era vice de Alckmin, é candidato à reeleição no estado e vai disputar com o ex-prefeito tucano João Doria, que foi substituído na prefeitura por Covas. Alckmin se afastou do governo para se candidatar à Presidência.

Entre programas que estavam parados, foram anunciados o retorno de uma prova de mérito, que permite aos professores aprovados terem reajuste salarial (a última havia sido realizada em 2015), bolsas para professores fazerem mestrado e doutorado (iniciativa interrompida em 2015, serão 200 vagas neste ano) e um projeto que garante visita de estudantes e professores a exposições e espetáculos. Este último programa ainda prevê a reforma de 100 auditórios de escolas. As unidades serão dotadas de sistema para cinema.

A prova de mérito deve ser realizada ainda neste e representa o maior montante previsto, de R$ 214 milhões. O sistema permite que a cada três anos os servidores aprovados na avaliação tenham reajuste de 10,5%.

De acordo com o governador, os R$ 430 milhões foram viabilizados com remanejamentos do orçamento da própria secretaria. Ele citou a redução em contratos de transporte escolar como exemplo, sem detalhar.

"Não faltou prioridade [na gestão Alckmin, quando programas foram parados], faltou recurso. A gente pegou os três piores anos do país e o que o governador Alckmin fez foi o possível", disse.

O pacote foi resultado, segundo o governo, de um ciclo de encontros que o secretário de educação do estado, João Cury, fez em todas as 91 diretorias de ensino. Cury assumiu o cargo em abril.

O estado vai abrir a contratação de 372 vagas para supervisor de ensino. Também foi reforçada a nomeação de 2.165 professores, que vão atuar em salas do primeiro ao quinto ano —o que já havia sido anunciado neste ano.

Há previsão de obras em 681 escolas (a reforma de 175 delas já havia sido anunciada), além de compra de itens de mobiliário, como carteiras e armários. Outras 117 escolas do programa de ensino integral receberão melhorias. O programa Escola da Família, que promove atividades nas unidades escolares aos fins de semana, terá reforço orçamentário para a compra de materiais esportivos e pedagógicos.

A rede estadual tem 5,3 mil escolas. São 3,7 milhões de alunos.

Os grêmios escolares passarão a receber a partir deste semestre um valor anual de R$ 5 mil. Segundo Cury, o valor foi acordado com estudantes durante as visitas que ele fez às regionais. Segundo o governo, 95% das escolas têm grêmios com diretorias eleitas pelos alunos.

Cury afirmou que ouviu de alunos problemas recorrentes de falta de professores e de materiais para uso didático. "No gabinete não falam para a gente que não tem dinheiro na escola para comprar cartolina e pincel", disse o secretário ao reforçar a importância de ouvir a rede.

O governo vai incrementar o orçamento do sistema de formação continuada de professores, que havia passado por cortes de orçamentos nos últimos anos. Os programas de formação receberão mais R$ 8 milhões, que se somam aos R$ 4 milhões já previstos. Os cursos de formação do estado serão disponibilizados para os municípios paulistas.

Reajuste

O governo do estado pretende parcelar em três parcelas a incorporação de um abono de 10,15% concedido aos professores da rede. Segundo Cury, a secretaria negocia com a Apeoesp (sindicato dos professores) após decisão da ministra Cármem Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu essa incorporação.

No ano passado, o governo do estado deu um abono salarial aos professores dos anos iniciais da educação básica (1º ao 5º ano) para chegar ao piso nacional da educação, uma vez que o valor pago no estado era inferior. A Apeoesp entrou com uma ação na Justiça para que o abono fosse incorporado e ganhou a ação em todas as instâncias da Justiça de São Paulo.

Em maio, Cármen Lúcia suspendeu a medida ao atender o argumento do governo sobre o risco de lesão à ordem e à economia públicas caso a medida fosse atendida. A incorporação do abono em salário teria impacto de R$ 1,6 bilhão para os cofres estaduais.

Cury informou que o governo pretende fazer a incorporação caso haja condições de parcelar. A secretaria analisa o escalonamento até o ano que vem.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.

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