Projeto de iniciação científica descobre condição ótima de estabilidade da nanopartícula de prata
A nanopartícula tem propriedades bactericidas e fungicidas e é aplicada em diferentes ramos industriais
A condição ótima das nanopartículas de prata, isto é, o padrão de máxima estabilidade química e um tamanho mínimo. Esta foi a descoberta feita pelos pesquisadores e professores Monise Casanova e Deangelis Damasceno, ambos da área de Química do Câmpus Senador Canedo do Instituto federal de Goiás (IFG), e pelas estudantes, à época, hoje, egressas, Gabriela Ferreira e Amanda Novais. O resultado provém do projeto de iniciação científica “Síntese e caracterização de nanopartículas de prata e otimização de variáveis por quimiometria”.
A nanopartícula de prata possui propriedades bactericidas e fungicidas e tem sido utilizada por empresas do ramo têxtil e hospitalar, na fabricação de camisas, shorts e meias e de eletrodos e em catálises. “São várias as aplicações. O potencial é muito grande. Foi descoberto, recentemente, que as nanopartículas de prata também auxiliam na prevenção de cáries dentárias”, acrescentou a professora Monise.
O objetivo da pesquisa era avaliar as concentrações dos reagentes usados através de um planejamento fatorial para avaliar sua influência na estabilidade de nanopartículas. Monise explicou que, na Química, nem sempre é fácil chegar a um valor exato, o que há, às vezes, é uma leve ideia sobre o comportamento. Era esse o caso das nanopartículas de prata. Segundo ela, com a descoberta da condição ótima não se perderá mais tempo de laboratório testando diferentes concentrações. “Se aplicado, você terá menos tempo, menos reagentes, menos desperdício, o custo será menor. Então são essas as vantagens se você pensar em larga escala”, comentou a professora.
Publicação e iniciação científica
Uma parte do trabalho foi apresentado no Encontro Nacional de Química, de 2018, em Caldas Novas, Goiás, e o trabalho completo no “The Pittsburg Conference And Expo” (Pittcon), em março de 2019, em Pitsburgo, Pensilvânia, nos Estados Unidos da América. E o artigo foi publicado no Jornal de Química Analítica, em uma edição especial voltada aos trabalhos do Encontro Nacional de Química, revista que, conforme a professora Monise, é importante meio nacional de divulgação dos avanços da química analítica no Brasil.
Para a egressa Amanda Novais, uma das estudantes que participaram do projeto de iniciação científica, o reconhecimento que o trabalho alcançou fez valer toda a dificuldade. “No final, os resultados foram bastante positivos para nós e para a comunidade científica”, disse. Ela contou que a contato com a iniciação científica tão cedo foi “maravilho”, porque a permitiu “ver a importância da ciência e me fez querer fazer outras pesquisas científicas na área de conhecimento que escolhi, a medicina veterinária”.
Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Senador Canedo.
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