Mestranda do Prof-Artes é finalista nacional do Prêmio Educador Transformador 2023
A premiação foi conferida a projeto desenvolvido por Juliana Patrícia Silva de Faria com estudantes da EJA, no município de Caldas Novas, onde ela é professora da área de Artes
A coordenadora pedagógica de Artes e Cultura da Secretaria Municipal de Caldas Novas e aluna do Mestrado Profissional em Artes (Rede Prof-Artes/IFG), professora Juliana Patricia Silva de Faria, foi uma das 70 finalistas do Prêmio Educador Transformador 2023, que teve 2.897 projetos inscritos no país. O trabalho de Juliana foi o único finalista executado com estudantes da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Estado de Goiás e Região Centro-Oeste, o que representou a primeira colocação do estado e da região na modalidade EJA. A professora e mestranda ficou entre os 10 mais bem colocados no ranking nacional em EJA e entre os 70 gerais de todo país.
O Prêmio Educador Transformador 2023 é uma iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); da Hyve Eventos Ltda (Bett Brasil); e do Instituto Significare, que incentiva projetos voltados ao desenvolvimento de competências, habilidades ou atitudes empreendedoras que possibilitem transformar o conhecimento e a experiência em resultados para o indivíduo e para a coletividade. Os projetos foram divididos por região e as seguintes categoria: Educação Infantil, Ensino Fundamental - Anos Iniciais, Ensino Fundamental - Anos Finais, Ensino Médio, Educação Profissional, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Superior. Os finalistas foram divulgados no dia 17 de abril e o resultado final foi conhecido no dia 12 de maio.
O projeto de Juliana Patrícia Silva de Faria, com o tema “IncluArte: A Inclusão contada pelo olhar da Arte”, foi desenvolvido com alunos da Educação de Jovens e Adultos no Pólo EJA “Mather Izabel” no município de Caldas Novas (GO), tendo trabalhado a valorização de histórias de superação de pessoas com deficiência por meio da Arte e a promoção de debate sobre inclusão. Ela conta que as principais atividades do projeto consistiram na apresentação de trabalhos relacionados à história da pintora Frida Kahlo, conhecida por seus autorretratos e por continuar a desenvolver a sua arte mesmo com as deficiências motoras provocadas por um acidente sofrido na adolescência.
Vivência artística e acesso à cultura
“Promover a inclusão de pessoas com deficiência na escola e na sociedade é um debate amplo e que abrange diversas frentes: acessibilidade, criação de oportunidades de trabalho e de espaços onde possam interagir e se expressar, entre muitas outras”, explica a professora Juliana. Segundo ela, os alunos da EJA assistiram a um filme sobre Frida e também vivenciaram oficinas de autorretratos: na primeira oficina, cada um fez três registros em desenho de si mesmos que refletissem histórias de si e escolheram a de sua preferência para estampar uma camiseta, aplicando para isso técnicas de estamparia em tecido. Os trabalhos foram apresentados em uma “Mostra Imersiva de Visualidades”, que reproduziu ambientes do “Museu da Casa Azul”, dedicado a Frida, no México, na própria escola.
“Além de proporcionar a oportunidade de vivenciar através da experiência artística o ressignificar fragilidades por potencialidades, o projeto promoveu ainda a ampliação do acesso dos estudantes e da comunidade local a eventos culturais, uma necessidade do município, mais conhecido pelos atrativos turísticos”, diz Juliana. Para a professora, o prêmio representou um reconhecimento grande de sua vocação e seu amor pela educação de qualidade e o ensino de artes, em sua luta constante para ajudar a transformar, desenvolver as potências dos alunos. “Especialmente por ser um projeto de artes, me deixou num lugar de muita alegria, já que saímos dum governo que tentou ao longos dos anos destruir a arte e a cultura. Ser finalista nesse prêmio nacional com um projeto de artes me deixa esperançosa e me motiva a continuar lutando com amor e atitudes transformadoras”, relata.
Contribuição do Prof-Artes
Juliana Patrícia Silva de Faria afirmou que compartilha sua vitória com o IFG, pela contribuição que o Mestrado Profissional em Artes representou na conquista do Prêmio Educador Transformador. “Tenho certeza absoluta que toda a teoria que venho adquirindo como aluna da segunda turma do Mestrado em Artes, Prof-Artes, no Câmpus Aparecida de Goiânia, me capacitou para chegar a um trabalho de excelência com os meus alunos e também chegar a esse lugar tão importante para mim, que é estar entre os seletos 70 professores transformadores do Brasil”, disse.
No Prof-Artes, a pesquisa que está sendo desenvolvida por Juliana é relacionada ao projeto reconhecido na seleção Educador Transformador. Em ambos, ela trabalha com narrativas de histórias de vida autobiográficas por meio de processos criativos de linguagens visuais. Ela conclui o Mestrado Profissional em Artes no primeiro semestre de 2024.
Coordenação de Comunicação Social e Eventos / Câmpus Aparecida de Goiânia
Redes Sociais