IFG promove formação para internas da Unidade Prisional Regional Feminina de Luziânia
Curso de Informática Essencial foi ofertado por meio do Projeto AlmEJA
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O Instituto Federal de Goiás (IFG) formou mais uma turma do Projeto AlmEJA, dessa vez na Unidade Prisional Regional Feminina de Luziânia, na última quarta-feira, 19. Dezenove internas concluíram o curso de Informática Essencial, que foi realizado de forma on-line, de junho a dezembro de 2024, totalizando uma carga horária de 160 horas. Na cerimônia, uma das internas agradeceu ao IFG por acreditar e proporcionar qualificação a elas.
“Agradecemos por essa oportunidade de aprendizado que nos ajudou muito e que pode facilitar também a nossa entrada no mercado de trabalho, que é de suma importância para nós”, disse a concluinte em nome da turma.
Em seu discurso, a diretora da Unidade Prisional, Luana Rayka Machado, destacou para as internas sobre as oportunidades que o IFG proporciona a elas. “Vocês, ao saírem daqui, podem ter o apoio do Instituto Federal. Sei que vocês têm muitas dúvidas sobre o futuro, como vão continuar ou o que vão fazer daqui para frente. Pois saibam que essa porta está aberta. O IFG proporciona qualificação para vocês ingressarem no mercado de trabalho”, disse a diretora, policial penal, Luana Rayka.
O diretor-geral do Câmpus Luziânia, professor Reinaldo Reis, reforçou o acolhimento às internas da unidade. “A gente acredita muito que, nesse processo formativo, nós conseguimos transformar a realidade desigual que é a realidade do nosso país. Para nós, é um orgulho muito grande ter essa aproximação com os órgãos públicos, o IFG, o sistema prisional, em específico essa unidade, que para nós é muito importante. Eu desejo logo poder revê-las lá no Câmpus Luziânia, nos nossos cursos de formação inicial e continuada, nos cursos técnicos ou nos nossos cursos superiores”, afirmou o diretor-geral.
Representando o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Marcelo Bregagnoli, o coordenador-geral de Desenvolvimento de Programas e Projetos da EPT (MEC), Marcos Lael de Oliveira Alexandre, destacou a parceria entre o Ministério da Educação, o IFG e a Unidade Prisional para transformar vidas. “Fiquei muito bem impressionado com os depoimentos que ouvi, e não só os depoimentos, mas a expressão de amor na medida em que falam do projeto e que se encantam pela Educação. Não há outro meio que nos permita alcançar novos horizontes, novas possibilidades, todos os espaços do mercado. Por isso, temos o valor da Educação como direito inalienável. Independente da pessoa estar nesse ambiente ou em outro lugar, a educação é um direito”.
Para a reitora do IFG, professora Oneida Irigon, esse é um momento de reconhecer a conquista individual de cada uma e de reafirmar o papel fundamental da Educação na transformação da sociedade. “A Educação é um direito que, historicamente, foi negado para muitas pessoas. Então, para nós, esse é um compromisso de justiça social. O projeto AlmEJA é um exemplo concreto desse compromisso. Ele nasce dessa necessidade de assegurar que a educação chegue a todos os espaços, especialmente aqueles onde as oportunidades foram historicamente limitadas. Então, por meio deles, nós, no IFG, temos reafirmado a nossa missão social que é de levar, de democratizar o acesso ao conhecimento, fortalecer a formação de pessoas que muitas vezes enfrentam múltiplas barreiras sociais e institucionais para estudar e se qualificar”, finalizou a reitora.
Na ocasião, as internas presentearam a reitora e o coordenador-geral de Desenvolvimento de Programas e Projetos da EPT, professora Oneida Irigon e Sr. Marcos Lael, com bonecas de pano confeccionadas por elas.
Participaram da cerimônia e compuseram a mesa diretiva a reitora do IFG, professora Oneida Cristina Gomes Barcelos Irigon; o coordenador-geral de Desenvolvimento de Programas e Projetos da EPT (MEC), Marcos Lael de Oliveira Alexandre; a diretora da Unidade Prisional Regional Feminina de Luziânia, policial penal Luana Rayka de Sousa Costa Machado; a Coordenadora Pedagógica da Unidade Priosional, Maria do Pilar Magno Rodrigues; o diretor-geral do Câmpus Luziânia do IFG, professor Reinaldo Reis; e a coordenadora-geral do Projeto AlmEJA no IFG, professora Kênia Hidalgo. Estiveram presentes também o pró-reitor de Administração do IFG, Diego da Silva Xavier; a gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Câmpus Luziânia, Simone Paixão; e membros da Igreja Adventista do 7º Dia de Luziânia e da Inglaterra, que compareceram para conhecer o trabalho realizado na unidade prisional.
O Projeto AlmEJA visa formar e qualificar profissionais para os diversos setores da economia, bem como realizar pesquisas e promover o desenvolvimento tecnológico de novos processos, produtos e serviços, em estreita articulação com os setores produtivos e com a sociedade, oferecendo mecanismos para a educação continuada. Participam do projeto os câmpus Anápolis, Aparecida de Goiânia, Cidade de Goiás, Goiânia Oeste, Inhumas, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Senador Canedo e Uruaçu.
Coordenação de Comunicação Social / Câmpus Luziânia.
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