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Aniversário

Câmpus Formosa completa 12 anos de atuação firme na comunidade

Publicado: Terça, 21 de Junho de 2022, 18h14 | Última atualização em Terça, 12 de Julho de 2022, 19h44

Instituto Federal de Goiás (IFG) em Formosa é símbolo de luta, preservação do meio ambiente e defesa da pluralidade

Câmpus completa 12 anos com atuação consolidada
Câmpus completa 12 anos com atuação consolidada

Em 21 de junho de 2010, ao iniciar suas atividades, o Câmpus Formosa já tinha a dimensão da sua missão perante o seu público: levar educação gratuita de qualidade a todos e todas, por meio do ensino, das atividades de pesquisa e das ações de extensão, impulsionado por um desejo de reflexão da comunidade, que transformou sua percepção sobre o mundo em que vive.

Diversos foram os obstáculos e as divergências, mas sempre esteve presente a voz contestadora, seja na luta por direitos dos trabalhadores, dos estudantes ou das minorias. “Por ser uma instituição que muitas vezes é destoante com os modelos que já existiam, acaba que surgem algumas dúvidas, algumas críticas, desde preconceituosas e sem fundamentos, até críticas pela própria concorrência ou mesmo de uma certa resistência conservadora”, explica a professora de Políticas Educacionais e História da Educação, Kaithy das Chagas Oliveira.

“É muito importante a gente manter uma qualidade do trabalho e sempre pensar em melhorar o acesso das pessoas da cidade, das imediações, ampliando a oferta de cursos e de vagas e melhorando as políticas de permanência e êxito”, ressaltou a professora Kaithy das Chagas Oliveira.

Kaithy estava presente em junho de 2010 e acompanhou todo o processo de criação do Câmpus Formosa até sua consolidação. De acordo com ela, foram muitos os desafios: um “planefazer” (planejar e fazer o Câmpus ao mesmo tempo, conforme conceito criado pelo ex-reitor, professor Paulo César Pereira), o desconhecimento local sobre a identidade do IFG; o posicionamento do Câmpus na sociedade diante de temas polêmicos; o desenho dos cursos,  do Câmpus e do quadro de servidores; e a necessidade de estrutura. Uma coisa é certa: o Câmpus Formosa abriu caminhos para o debate e é reconhecido como uma instituição democrática.

 

OCUPAÇÃO ESTUDANTIL

Foi em 2016 que os estudantes se deram conta efetivamente da sua força. Com o objetivo de protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Nº 241, conhecida como “PEC do Teto de Gastos”, o Grêmio Estudantil articulou com os demais alunos e alunas do ensino médio e da graduação um movimento de ocupação do Câmpus Formosa. A PEC influenciaria na desobrigação do ensino de Sociologia, Filosofia, Educação Física e Artes no Ensino Médio e também na implantação da escola sem partido.

O movimento interrompeu as aulas e ocupou o Câmpus durante cerca de 50 dias. A ocupação estudantil deu o que falar e se tornou parte da história do Câmpus e da cidade. “Com ela, percebi a importância da organização popular para elencar as principais necessidades e vontades desses coletivos”, analisou um dos ex-coordenadores do Grêmio Estudantil e agora aluno do curso superior de Licenciatura em Ciências Sociais, Eduardo Felipe Gomes de Sousa. “Nossa educação também é construída e reconstruída pelos estudantes. A escola deve ser um espaço horizontal, democrático, coletivo e de diálogos múltiplos para o avanço da nossa sociedade”, declarou.

 

PRÓ MEIO AMBIENTE

A mais recente manifestação do Câmpus em defesa do meio ambiente local obteve um alcance ainda maior e resultados animadores, até o momento. Instituições de ensino superior - dentre elas o IFG – e outras ambientais da cidade e região tomaram a frente para defender um patrimônio ambiental do município, o Córrego Joséfa Gomes, importante para a formação de três grandes bacias hidrográficas brasileiras.

“O IFG trouxe a Formosa um espaço para a cidade pensar em si mesma. Desde o início de suas atividades em Formosa, a Instituição teve suas portas abertas aos formosenses”, disse o diretor-geral, professor Thiago Gonçalves Dias.

O IFG realizou uma audiência pública no encerramento da II Semana Nacional do Meio Ambiente do IFG, no começo deste mês, com a participação, na mesa de trabalhos, de outras instituições e da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Formosa. O resultado do movimento foi a Recomendação do Ministério Público (MP) à Prefeitura Municipal de Formosa e secretarias, da interrupção dos trabalhos e revisão do projeto da obra de canalização do Córrego Joséfa Gomes. Vitória do ecossistema local. Na tarde de amanhã, 22 de junho, o MP, a Prefeitura Municipal, o IFG e a Universidade Estadual de Goiás (UEG/Câmpus Formosa) participam de uma reunião no Auditório da Prefeitura para debater aspectos técnicos do projeto. 

O Instituto Federal de Goiás (IFG) é uma instituição idônea, que atua em defesa da amplitude de ideias, do conhecimento e da Ciência.  É comum encontrar estudantes e servidores apaixonados pelo Câmpus. “Foi maravilhoso ter estudado nesta instituição no ensino médio. Amo demais e tenho muita admiração por todos os profissionais que fazem dela uma referência na região”, declarou via Instagram, o ex-aluno Caio Rabelo. “Eu tenho um amor muito grande por esta instituição, que mudou a minha vida e que muda a vida de muitas pessoas que passam por ela, sobretudo os estudantes e as estudantes, e a gente sabe que muitos e muitas estão batendo asas”, comentou Kaithy, e concluiu: “A gente vê muita coisa bacana sendo produzida a partir da nossa ação. Então a luta vale e vale muito”.

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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