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CONSCIÊNCIA NEGRA

CPPIR promove roda de conversa "Raízes do Axé"

Publicado: Segunda, 13 de Novembro de 2023, 10h51 | Última atualização em Segunda, 13 de Novembro de 2023, 10h51
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A Comissão Permanente de Promoção de Políticas da Igualdade Étnico-racial (CPPIR) do Câmpus Jataí do Instituto Federal de Goiás (IFG) promoveu no último sábado, 11 de novembro a roda de conversa "Raízes de Axé". A atividade realizada no âmbito das celebrações do mês da  Consciência Negra foi realizada no auditório da Unidade Riachuelo e contou com a participação de estudantes, servidores, além da comunidade externa.  O Babalorixá Gabriel de Yansã, do Ile Ase Oya Mesan Onira foi o convidado especial da roda de conversa. que foi mediada pelo coordenador da CPPIR, e jornalista no Câmpus Jataí, Evaldo Gonçalves.

A roda de conversa debateu racismo religioso, práticas sociorreligiosas e influências das culturas africanas na construção da sociedade brasileira. Pai Gabriel narrou a sua trajetória religiosa e explicou "O candomblé não é simplesmente uma religião, é um modo de vida que envolve as comunidades de terreiro", explicou. Já o jornalista Evaldo Gonçalves, que também é de comunidade tradicional de terreiro, complementou. "Religião vem do latim, religare, e trata de de uma religação entre a humanidade e a divindade. Para os afrorreligiosos, não somos uma religião, mas uma religiosidade. Nossas divindades fazem parte da nossa vida. Pai Gabriel é, ele próprio, Yansã na terra", contou.

 As práticas e saberes de terreiro envolveram a roda de conversa, em que foram apresentados elementos das culturas afrobrasileiras na chamada cultura popular brasileira, como elementos artísticos, musicais mesmo os presentes em estilos que não se esperam. A música "A Majestade o Sábia" foi uma das citadas. Clássico na voz de Roberta Miranda, a canção faz referência ao orixá Óxossi. Entretanto, não foram apenas os momentos felizes das religiosidades afrobrasileiras que foram tematizados durante a roda de conversa Raízes de Axé. Os casos de intolerância/racismo religioso também foram abordados, com casos práticos e próximos, ocorridos em Jataí, inclusive com o terreiro dirigido por Pai Gabriel.

"Chegamos a ser multados e interditados por perturbação do sossego público, sem ao menos termos sido notificados anteriormente da provável situação de perturbação", contou Pai Gabriel. Ele também explicou que só conseguiram autorização para voltar a funcionar seu terreiro graças à atuação de Núcleo de Assessoria Jurídica da UFJ e pela atuação do Ministério Público. 

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Jataí

 

 

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