Servidor do IFG de Itumbiara ministra palestra sobre programação para crianças na Campus Party

Noções de espaço e distância. Decisões sobre a força do motor e velocidade do equipamento. Compreensão da influência do calor e do frio no funcionamento do hardware. Percepção das reações químicas no mau uso da bateria. Isso pode até parecer complicado, mas para o técnico de Tecnologia da Informação (TI) do IFG de Itumbiara, Gesmar de Paula Santos Junior, tudo isso pode ser facilmente ensinado às crianças por meio de “brincadeiras” com o drone. Para ele, é perfeitamente possível que os “pequenos” atendam conceitos relacionados à física, matemática, química e programação a partir de aeronave remotamente pilotada (ARP).

A defesa da empregabilidade de drones na chamada “Educação 4.0” foi feita por Gesmar durante palestra ministrada na Campus Party Goiás ontem, 05 de setembro, diante de um público formado estudantes, professores, empresários e entusiastas da tecnologia. O técnico de TI defende que as crianças de hoje já crescem com a capacidade de manipular equipamentos como tablets e smartphones. E mais, serão empregadas em profissões que ainda nem existem. Por isso, explica o palestrante, o método tradicional de ensinar, sem o uso de criatividade e estimulo ao desenvolvimento de habilidades, não desperta mais o interesse delas. “É desafiador para nós ensinar essas crianças a trabalharem com tecnologia porque elas querem aprender de uma forma mais dinâmica do que aquela do método tradicional”, reafirma. 

Para o técnico de TI, Gesmar de Paula, que já ministrou palestras pela Microsoft também, palestrar na Campus Party é a realização de um sonho.

Como prova disso, Gesmar comenta sobre sua experiência com a “Escolinha de Drones”, curso que ministra desde 2018 e que já capacitou cerca de 50 crianças e jovens. O palestrante diz que as crianças gostam de tocar, brincar e aprender como funciona cada parte do equipamento. E que se for dado a elas a possibilidade de tentar e errar livremente, sem repreensão prévia do tipo “não faça isso, vai estragar o aparelho; assim está errado” a chance delas aprenderem será muito maior.

Tecnologia como aliada

Gesmar também lembra que ao contrário do que alguns acreditam, os aparelhos de telefone não são inimigos do professor, muito pelo contrário. São dispositivos que devem ser agregados à metodologia de ensino e cita um exemplo: Se a criança não souber o que significa determinado conceito, ela deve ser estimulada a utilizar os aparelhos eletrônicos para realizar buscas inteligentes instigando-a “a pensar a tecnologia” e a utilizar “o celular de forma útil para encontrar a solução do seu problema”.

Obviamente, relembra o palestrante, o uso de ARP com o público infantil deve ser realizado com muita responsabilidade, utilizando as normas de segurança determinadas. Apesar disso, ele destaca que já existe no mercado drones específicos para usuários muito jovens, montados com peças pequenas e seguras. Mesmo assim, ressaltar Gesmar, as crianças devem aprender que o uso incorreto de equipamentos pode causar ferimentos em si e nos outros. Gesmar também informa que há ainda plataformas e softwares gratuitos que podem ser amplamente utilizados pelos educadores interessados em lecionar sobre programação de aeronaves.

Setor de Comunicação Social e Eventos – Câmpus Itumbiara