Maternidade na pandemia é tema de roda de conversa com a CAE

Na tarde do último dia 09 de outubro, sexta-feira, a Coordenação de Assistência Estudantil (CAE) organizou uma roda de conversa online com o tema: “Vivendo a maternidade em tempos de pandemia” com a participação de duas convidadas externas que relataram um pouco sobre suas diferentes experiências de ser mãe em tempos de isolamento social. Sílvia Amélia, jornalista e produtora cultural que tem um bebê de 7 meses e a historiadora Lara Tavares que tem 3 filhos em diferentes idades. Durante a conversa foram abordados temas como a divisão de tarefas no cuidado com as crianças entre os casais, dificuldades de colocação da mulher/mãe no mercado de trabalho, diferentes tipos de maternidade, mudanças na vida da mulher após a maternidade e outros. Participaram estudantes, servidoras e comunidade externa. Os certificados serão enviados por e-mail após preenchimento de um formulário.

A Assistente Social, Euzamar Ribeiro, abriu o diálogo expressando sua alegria na organização dessa ação que converge com a atribuição da CAE relacionada ao caráter pedagógico e social. “Em tempos de pandemia estamos cada uma em barcos diferentes que carregam suas características de cor, raça, classe social, é importante discutirmos e trocarmos nossas experiências para entendermos toda essa dimensão da vida”.

Sílvia, que foi mãe logo no início da pandemia, falou sobre as preocupações e dificuldades principalmente por causa da distância das avós de seu filho que moram em outra cidade. Ela também lembrou que a maternidade faz parte da identidade da mulher, mas que não é só isso que a define. “Ser mãe é parte de nossa identidade, mas não é o todo de que eu sou, nós somos muitas coisas, a amiga, a mãe, a profissional. Como a gente é esse todo sendo mãe também?.” Feminista e militante há muitos anos, Sílvia conta que ser mãe possibilitou uma outra visão sobre o universo feminino. “Sinto que a maternidade me fez compreender melhor as nossas solidões, como nós mulheres nos sentimos em alguns momentos”.

Lara que é mãe de três crianças com idades distintas: 13, 9 e 7 anos mencionou que a maior dificuldade é a organização do espaço da casa que, durante a pandemia, se tornou escola, local de trabalho, de lazer. “Converso muito com outras mães e é unânime o relato da dificuldade de organização dessa rotina da casa que se tornou tudo nesse momento, os filhos precisam estudar, os pais trabalhar, é preciso organizar momentos de lazer, tudo nesse espaço que antes era apenas um lar. Em casa, nós tivemos que adaptar nossa rotina várias vezes, foram mudanças de hábito diários, o desafio de lidar com a ausência nos ciclos sociais, a falta que as crianças sentem de conviver com os colegas, sempre conversamos e explicamos para tentar diminuir essa angústia”.

Ao final dos depoimentos, outras mães também falaram sobre suas experiências com filhos em outras idades e a maternagem solo.

Comunicação Social/câmpus Cidade de Goiás