“Discutir sobre saúde mental é imprescindível em todos os momentos”
Afirmação é da psicóloga do Câmpus Luziânia Taísa Fidelis sobre campanha de prevenção ao suicídio e promoção da vida
O Câmpus Luziânia realizou durante o mês de setembro a Campanha de Prevenção ao Suicídio e Promoção da Vida, intitulada Saúde Mental: construções possíveis. Apesar de a campanha ter sido realizada em um mês específico, as discussões sobre saúde mental são feitas durante o ano todo na instituição. Para a psicóloga do câmpus e uma das organizadoras da campanha, Taísa Fidelis, “essa luta é diária e cotidiana, para além de setembro”.
“O sofrimento mental está relacionado àquele sujeito que sofre, em momentos específicos da vida, mas também tem relação com aspectos sociais, familiares cotidianos que se dão nas relações diárias e que portanto refletem em todos nós. Neste sentido, falar sobre saúde mental, promoção da vida e prevenção ao suicídio nos faz olhar para as pessoas que estão em sofrimento, mas também perpassa pela reflexão da perspectiva de futuro que estamos construindo e da dinâmica social que estamos estabelecendo. Olhando para essa perspectiva podemos caminhar rumo ao rompimento de uma lógica que responsabiliza individualmente quem sofre e buscar a construção de uma sociedade e de relações afetivas mais saudáveis”, explicou Taísa.
Durante a campanha e durante o ano todo, o IFG busca a promoção da vida com estas atividades. A psicóloga Taisa considera que “é preciso caminhar rumo a promoção de espaços de escuta, diálogo, grupos de apoio que fogem da lógica de aplicação rígida de conteúdos, provas e avaliações. É preciso buscar a construção de relações que nos possibilitem ressignificar o espaço da escola”, afirmou.
Taísa enfatizou que a pandemia potencializou os processos de sofrimento e adoecimento. “Vivemos um luto, não somente pela perda de pessoas queridas, mas também pela perda de vínculos afetivos, relações interpessoais, perdas econômicas que trazem também muita insegurança”, disse a psicóloga. A pandemia trouxe ainda prejuízos para vida escolar dos estudantes. “A perda do espaço escolar presencial trouxe consequências negativas no aprendizado, nas questões comportamentais, na forma como lidamos com os conteúdos e avaliações, que ainda estamos tendo que lidar e teremos que ter paciência para lidar por algum tempo. Todos esses aspectos tornam nossos estudantes, a comunidade escolar e a comunidade em geral mais frágeis emocionalmente”, afirmou Taísa.
A Campanha
Realizada no mês de setembro, sua primeira atividade aconteceu no dia 8 com a palestra “Quem tem tempo para sofrer?”, ministrada pela psicóloga Jeisa Marcondes. Nos dias 20 e 28 foram realizadas, respectivamente, as palestras “Saúde mental e trabalho: a realidade vai mal, provavelmente você também”, com a psicóloga Nádia Meireles, e “Aprender a sentir”, com a psicóloga Lívia Larios. E no dia 21 de setembro, a professora Paula de Almeida realizou o Cine-Psi, com a exibição do episódio da série Além da Imaginação para discussão do tema “Combater o racismo é prevenir o adoecimento mental”.
Coordenação de Comunicação Social / Câmpus Luziânia.
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