Ensino remoto de arte é destaque no último dia do Festival
Evento finalizou com a sessão “Arrisque-se”, que trouxe apresentações artísticas
O tema “desafios e possibilidades do ensino remoto de Arte” foi o destaque da programação deste último dia da 15ª edição do Festival de Artes de Goiás. Nesta quinta-feira, 5 de novembro, o Instituto Federal de Goiás (IFG), por meio de sua Pró-Reitoria de Extensão, promoveu a realização de uma mesa-redonda com os professores Júlio César dos Santos (Júlio Vann) e Márcio Pizarro Noronha. A mediação do debate foi feita pelo professor Roberto Wagner Milet.
Desafios e possibilidades
Júlio Cesar dos Santos, docente do IFG, foi o responsável por abrir o debate e, durante sua fala, procurou destacar que, no cenário no qual nos encontramos, embora existam possibilidades de trabalho, há muitos desafios no âmbito do ensino remoto de arte. Um desses desafios, para o professor, está relacionado ao acesso tecnológico. Segundo o docente, é importante observar que “o acesso universal à educação deve, também, corresponder ao acesso às tecnologias”.
Destacando os impactos do ensino remoto tanto para os docentes, quanto para os estudantes, Júlio refletiu também sobre as diferenças do acesso nas escolas públicas e nas privadas e pontuou que “o ensino remoto em vigor exige mais do que uma capacitação técnica”. Falando dos desafios nesse campo, o docente observou que, neste momento, a relação professor-aluno está sendo mediada pelas plataformas digitais e pontuou: “se antes existia uma dificuldade, imagina agora”. Para o professor, é preciso observar a questão do acesso às tecnologias: tanto o acesso desigual, quanto a falta de acesso e a qualidade das conexões.
Chamando atenção também para as possibilidades que envolvem os recursos audiovisuais no ensino remoto de arte, o professor falou um pouco sobre suas aulas, projetos e experimentos digitais. Destacando as aulas voltadas à Educação de Jovens e Adultos e seus projetos, como o Matutando – Diálogos Formativos, Júlio César observou que, de certo modo, “o ensino de artes independe do meio: o que eu fazia antes, estou fazendo agora”. Contudo, o docente pontuou que neste momento é preciso refletir mais sobre a subjetividade no ensino remoto. Uma das perguntas que o professor apresentou como essencial de ser pensada é: “Como trabalhar a subjetividade no ensino remoto?”. Apontando para o término de sua fala, Júlio observou que “temos muito o que aprender com essa situação e devemos ter cuidado: educar é uma relação muito complexa. Trabalhamos com a formação humana”.
Durante a mesa-redonda, o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Márcio Pizarro Noronha, teve problemas com a conexão e não conseguiu participar. As discussões, no entanto, ainda continuaram a partir das perguntas e comentários feitos pelo público que acompanhou a transmissão.
Arrisque-se
Ainda nesta quinta-feira, às 19h, será realizada a sessão “Arrisque-se”, com apresentações artísticas. Como parte da programação do XV Festival de Artes de Goiás, foram disponibilizados diversos vídeos selecionados por meio dos editais do IFG InspirArte e Arrisque-se!, destinados à seleção de ações artísticas. Diversas linguagens da arte e temáticas estão contempladas nesta programação, que já está inteiramente disponível no canal, por meio de playlists diferentes. A apresentação da noite desta quinta-feira será destinada à exibição desses vídeos e, ainda, de trechos dos trabalhos selecionados no edital InspirArte.
Serviço:
Arrisque-se – Apresentações artístico-culturais
Transmissão: https://youtu.be/c4ANBalzjtU
Horário: 19h
Apresentador: Abilio de Jesus Carrascal (IFG)
Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.
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