Em aula inaugural, reitor Jerônimo Rodrigues diz que Prof-Artes coroa a valorização das artes no IFG

O pronunciamento do reitor Jerônimo Rodrigues da Silva foi traduzido em Libras pela intérprete Milena Aparecida da Conceição

 Um ganho para a comunidade de Aparecida de Goiânia, para o Instituto Federal de Goiás (IFG), para o Câmpus Aparecida, para a Arte e para a Educação Básica. Assim foi enaltecido o programa do Mestrado Profissional em Artes (Prof-Artes) pelos gestores da Instituição e professores do curso, na aula inaugural do Mestrado, nesta quinta-feira, 22 de abril. É o primeiro mestrado em Artes do IFG e o segundo da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A cerimônia de abertura, realizada no formato virtual, contou com a presença do reitor do IFG, professor Jerônimo Rodrigues da Silva, que nomeou o momento como um coroamento da valorização das artes no Instituto Federal de Goiás.

O reitor destacou que é muito significativo para o IFG ter um mestrado profissional em Artes para atender profissionais das redes municipais e estadual.  Ele comentou estar no final de seu segundo mandato como reitor e que se sente satisfeito por estar deixando o cargo com avanços. “O cenário não é nada favorável, mas estamos conseguindo avançar”, afirmou Jerônimo Rodrigues da Silva, referindo-se às questões conjunturais do País relativas à saúde pública, política e economia. Tais dificuldades foram lembradas também pelos demais membros da mesa em seus pronunciamentos.

A mesa de abertura da aula inaugural contou também com as presenças do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Paulo Francinete Silva Junior; do diretor de Pós-Graduação, professor Daywes Pinheiro Neto; da diretora-geral do Câmpus Aparecida de Goiânia, professora Ana Lucia Siqueira de Oliveira; do gerente de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão do IFG Aparecida, professor José Renato Masson; do coordenador nacional do Prof-Artes, professor André Carreira (da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC); do coordenador do Prof-Artes no IFG, professor Alexandre José Guimarães; e da vice-coordenadora do Prof-Artes no IFG, professora Luciana Ribeiro. A cerimônia foi aberta com uma apresentação musical pelo cantor e pianista Hudson Aires, que apresentou duas canções brasileiras: Amor em Lágrimas, de Cláudio Santoro, e Uirapuru, de Waldemar Henrique.

Atuação expressiva

As boas-vindas aos alunos do Prof-Artes, aos gestores e professores presentes e ao público que acompanhou a aula inaugural foram anunciadas pela diretora-geral do Câmpus Aparecida de Goiânia, professora Ana Lucia Siqueira de Oliveira.  Ela disse acreditar e valorizar o ensino de Arte e destacou que o momento marca uma data importante para celebrar a arte como área do conhecimento na pós-graduação no Instituto Federal de Goiás. “Poucas instituições da nossa Rede têm uma atuação tão expressiva quanto o IFG na Arte”, afirmou Ana Lucia.

Um panorama dos cursos de pós-graduação no Instituto Federal de Goiás foi apresentado pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Paulo Francinete Silva Junior. Ele comentou que a Rede Federal tem hoje 94 cursos de pós-graduação stricto sensu e que, entre esses, há somente um na área de artes, no Instituto Federal do Ceará. Agora, a Rede conta também com o Prof-Artes, que integra uma rede de 15 instituições, sendo 14 universidades e somente um instituto federal, que é o IFG. “É uma conquista do IFG para todo o Estado de Goiás”, disse. Paulo Francinete informou os mestrandos que nos últimos anos o IFG tem conseguido duas bolsas do CNPQ por programa de pós-graduação e que está sendo buscado o benefício também aos alunos do Prof-Artes.

O diretor de Pós-Graduação, professor Daywes Pinheiro Neto, destacou a importância do momento para o Câmpus Aparecida de Goiânia e para todo o Instituto Federal de Goiás. Ele comentou que apesar do difícil ano de 2020, em diversos aspectos, o IFG conseguiu conquistar quatro novos cursos de pós-graduação stricto sensu. O gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Câmpus Aparecida, professor José Renato Masson fez um agradecimento a todos os que se empenharam para tornar possível o Prof-Artes, que ele qualificou como a realização de um sonho dos professores de Arte e dos gestores do IFG.

Rede Prof-Artes e o IFG

As discussões da aula inaugural do Mestrado Profissional em Artes deram-se na mesa intitulada “A Rede PROF-ARTES e seu processo de implantação no IFG”, integrada pelos professores André Carreira, Alexandre Guimarães e Luciana Ribeiro, respectivamente, coordenador nacional do Prof-Artes e coordenador e vice-coordenadora do Prof-Artes no IFG. Após lamentar a superação de 380 mil mortes pela covid-19 no Brasil, André Carreira falou do potencial do Prof-Artes para levar às escolas uma aula “mais interessante e transformadora”. Ele destacou que o principal objetivo do Prof-Artes é melhorar a educação básica e que para isso é preciso capacitar os docentes.

Por sua vez, o coordenador do programa do mestrado no IFG, professor Alexandre Guimarães,  falou da história da instituição e de sua relação com a arte e com o trabalho. “Nós fomos liceus de artes e ofícios antes de nos tornarmos Escola de Aprendizes e Artífices, depois escolas técnicas e depois cefets”, falou. Alexandre discorreu pela história até a atual configuração da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, em que a arte está presente em cursos técnicos e em cursos de licenciatura, chegando, então, à pós-graduação, relatando o processo de inserção do IFG no Prof-Artes. “Os impactos positivos na escola depois que um professor se torna mestre em artes são surpreendentes e quem ganha é a comunidade e a formação humanizada de sujeitos”, destacou Alexandre Guimarães.

A vice-coordenadora do Mestrado Profissional em Artes no IFG, professora Luciana Ribeiro, falou da característica controversa do momento, em que há a felicidade pelo início do Prof-Artes no IFG, mas também a impossibilidade de se ignorar a dor que é causada no País pela pandemia. Emocionada por esse motivo e também ao relatar ser ex-aluna da então Escola Técnica Federal de Goiás, o que lhe confere um atributo, segundo afirmou, de fruto do papel da arte na Educação Básica, Luciana Ribeiro diz ser muito significativo para o IFG ter um mestrado profissional em Artes. “O nosso lugar de construção é o campo do trabalho, é o trabalho como centralidade, como princípio fundante da educação, como lugar da práxis”, explicou.

A aula inaugural teve como mestre de cerimônia a produtora cultural do IFG – Câmpus Aparecida de Goiânia, Ana Paula Mota. Toda a transmissão teve tradução em Libras, pelas intérpretes Geane Feitosa, Marly Rodrigues e Milena Aparecida da Conceição.

Aula e Roda de Conversa

Após a parte pública da aula, com transmissão direta pelo YouTube, os professores do Mestrado Profissional em Artes tiveram um encontro com os alunos em uma aula virtual fechada. Todos se apresentaram e alguns falaram um pouco de suas perspectivas com projetos de estudo e trabalho. O momento contou também com a presença da secretária do Mestrado, Liliane Dias.

A aula inaugural do Prof-Artes tem continuidade nesta sexta-feira, dia 23 de abril, com a Roda de Conversa “O Mestrado Profissional em Artes e suas ações diretas na Educação Básica”. A ação será mediada pela professora Luciana Ribeiro e terá como convidados o professor Reynaldo Portal Domingo (Prof-Artes Universidade Federal do Maranhão), e três egressos do Prof-Artes Universidade de Brasília: Luciana Oliveira, Belister Paulino e Valdeci.

A Mesa terá início às 14h30min e pode ser acompanhada pelo canal IFG Aparecida no YouTube.

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Coordenação de Comunicação Social e Eventos / Câmpus Aparecida de Goiânia