IFG dá início à formação de mulheres egressas do sistema prisional no Câmpus Luziânia

De abril a novembro deste ano, 30 mulheres egressas do sistema prisional participam da formação em Panificação e Confeitaria. A iniciativa faz parte do Projeto Alvorada – uma parceria entre o Instituto Federal de Goiás (IFG) e Ministério da Justiça e da Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Na aula inaugural, realizada no dia 7 de abril, as alunas foram recebidas por autoridades locais e regionais e participaram de palestra sobre empreendedorismo.

Além de promover o desenvolvimento de competências profissionais, o curso também atua como um mecanismo de reintegração social e econômico, e contribui para a ressignificação do papel das mulheres egressas na sociedade. A proposta está alinhada aos compromissos políticos, sociais e pedagógicos do IFG.

Aula Magna

Estiveram presentes na cerimônia e compuseram a mesa diretiva: o Diretor-Geral do Câmpus Luziânia, professor Reinaldo de Lima Reis Júnior; a coordenadora pedagógica do segundo ciclo do Projeto Alvorada no Câmpus Luziânia, professora Simone Paixão; a gerente de Educação, Módulo de Respeito e Patronato, representando o Escritório Social, a policial penal Michelle Cabral; a Diretora da Unidade Prisional Regional Feminina de Luziânia, policial penal Luana Rayka de Sousa Costa Machado; o Secretário Municipal de Segurança Pública, Nilson Lins; e o defensor público Samir Leão Vieira.

“Agora, vocês são alunas do Instituto Federal de Goiás. Vocês são nossas alunas, vocês são nossa responsabilidade, e nós assumimos isso, e só conseguimos fazer isso porque contamos com uma série de parcerias, que foram construídas muito antes. Então, muito obrigada a todos que confiaram em nós, no nosso projeto e no que nós pretendemos fazer aqui”, disse a coordenadora pedagógica do Projeto Alvorada no Câmpus Luziânia, professora Simone Paixão, que deu as boas-vindas às alunas do curso.

“Acreditamos muito na nossa missão institucional. Somos uma instituição pública, gratuita, que acredita realmente na educação inclusiva e de qualidade e é por isso que estamos aqui”, completou a professora Simone.

Em seu discurso, a diretora da Unidade Prisional Regional Feminina de Luziânia, policial penal Luana Rayka de Sousa Costa Machado, incentivou as alunas a aproveitarem a oportunidade. “Hoje temos 30 mulheres egressas do sistema prisional que querem essa oportunidade. E isso me deixa muito feliz, porque é a vontade delas. Então aproveitem, meninas. Essa é uma grande chance, um projeto muito bom, que pode trazer um retorno grandioso na vida profissional de vocês”, afirmou Luana Raika.

Para o diretor-geral do Câmpus Luziânia, professor Reinaldo Reis, o projeto "é uma iniciativa muito bacana de qualificação profissional, que possibilita a cada participante conquistar autonomia econômica e social, para que possa ser reinserida no mercado de trabalho de forma qualificada e com seus direitos garantidos”. O diretor reforçou que este momento é um novo passo na vida das alunas, que também podem ingressar em outros cursos do IFG – técnicos, de graduação ou de extensão.

Renata Rodrigues, proprietária e representante do Grupo Quitanda São Judas Tadeu, ministrou a palestra “Empreendedorismo e Mundo do Trabalho”, na qual compartilhou a trajetória da Quitanda em Luziânia.

Também compareceram ao evento a procuradora-geral do Município, Adrianne Pitta, representando Prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto; a coordenadora administrativa do projeto no IFG Câmpus Luziânia, Ione Velame; a gestora de núcleo do projeto, Tatiane Aguiar; os mentores e professores do curso de Panificação e Confeitaria; a Coordenadora Pedagógica da Unidade Prisional Regional Feminina de Luziânia, Maria do Pilar Magno Rodrigues; a Coordenadora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica, Juliana Roriz; a representante da Secretaria de Educação de Luziânia, a servidora Alianusia Leite Sousa Matos; a proprietária da Quitanda São Judas Tadeu, Renata Rodrigues; e o comandante da Guarda Civil Municipal, Francisco Alves.

Para encerrar a cerimônia, todos os presentes se reuniram para um lanche.

Projeto Alvorada – curso de Panificação e Confeitaria

O Projeto Alvorada visa promover a inclusão social e produtiva de pessoas egressas do sistema prisional e seus familiares, em todas as regiões do país. Isso ocorre por meio da oferta de cursos de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional, além do incentivo ao acesso e à permanência no mercado de trabalho.

No curso de Panificação e Confeitaria, as participantes são capacitadas desde as técnicas artesanais de panificação até as práticas de higiene e manipulação de alimentos, além de receberem noções de empreendedorismo.

Aulas teóricas e práticas fazem parte da primeira etapa do Projeto. Do início ao fim, as alunas serão acompanhadas por mentores e pelo Núcleo de Inclusão Social e Produtiva, que atua na prospecção de estágios e empregos e auxilia na inserção social e produtiva das participantes.

Na segunda etapa, as estudantes cumprirão 120 horas de estágio profissional ou atividades de autogestão, complementadas por 150 horas de formação profissional promovidas pelo núcleo. Essa fase é essencial para o desenvolvimento de competências práticas e teóricas, para prepará-las para os desafios do mercado e para a gestão de seus próprios empreendimentos.

O Câmpus Luziânia do IFG é um dos 23 câmpus, pertencentes a 17 Institutos Federais, entre as 34 propostas selecionadas pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública para o Ciclo 2 do Projeto Alvorada. A iniciativa também é realizada nos estados da Bahia, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Setor de Comunicação Social / Câmpus Luziânia.