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Saúde

Pesquisadores validam, em pulmões artificiais, técnica que multiplica por quatro a capacidade de respiradores

Publicado: Segunda, 06 de Abril de 2020, 10h22 | Última atualização em Quinta, 23 de Abril de 2020, 11h31

 

Dados comprovaram a viabilidade da técnica, no entanto, cientistas aguardam parecer da Equipe de Saúde oficial

 Pesquisadores dos Câmpus Senador Canedo e Goiânia, do Instituto Federal de Goiás (IFG), e do Câmpus Trindade, do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), conseguiu validar técnica, em pulmões artificiais, que permite multiplicar por quatro a capacidade dos respiradores que são utilizados no tratamento de pacientes com coronavírus. Os cientistas aguardam agora o parecer da Equipe de Saúde oficial, para validação do tratamento em pessoas.

Os pesquisadores explicaram que, na fase de testes, conectaram um pulmão simulado a um respirador e fizeram as medidas. Em seguida, foram acrescentando outros, até chegar em quatro, simultaneamente, e as medidas aferidas mantiveram-se constantes. “Ou seja, é possível conectar de um a quatro pacientes em apenas um respirador”, afirmou Márcio Rodrigues Cunha.

“A técnica está pronta. Agora, a gente tem que ensinar a equipe técnica dos hospitais a realizar o procedimento que faz com que até quatro pacientes utilizam um único respirador”, contou Márcio, que acrescentou, ainda, que o uso da técnica não requer nenhuma alteração no respirador, mas apenas “uma associação de conexões na tubulação que vai em cada paciente”, observou.

Contudo, há problemas a considerar, observam os pesquisadores, o que recomenda que a técnica só seja empregada quando não houver mais respiradores suficientes. A orientação justifica-se porque a configuração do respirador será a mesma para todos os pacientes. “Recomenda-se que seja usada [a técnica] em pacientes de mesma massa corpórea, que tenham pulmões com VO2 próximo [capacidade aeróbica, consumo máximo de oxigênio], ou seja, insuficiência respiratória semelhantes. Entre quatro pacientes, configura o respirador para atender o que estiver com menor VO2 e os demais são conectados nesta condição”, explicou Márcio.

O grupo de pesquisa é integrado pelos professores Márcio Rodrigues Cunha, Luiz Eduardo Bento e Wesley Pacheco Calixto, do Câmpus Senador Canedo; Sérgio Botelho de Oliveira, gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Câmpus Goiânia; e o Geovanne Ferreira Furriel, do Câmpus Trindade do Instituto Federal Goiano (IFGoiano).

A ação conta com o apoio do reitor do IFG, professor Jerônimo Rodrigues da Silva, o qual articulou com médicos e empresas de saúde para conseguir os equipamentos e disponibilizá-los aos pesquisadores para validação da técnica. A Direção-Geral do Câmpus Senador Canedo também tem contactado os setores político e empresarial municipais e estaduais em busca de parcerias para a continuidade deste e de outros projetos.

 

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Senador Canedo.




 

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