Alunos do técnico em Instrumento Musical apresentam criatividade no 2º Física Cantada

Alunos inovaram canções já conhecidas pelo público, utilizando conceitos da Física

Já pensou se Chico Buarque fizesse uma versão de Roda Viva intitulada “Física Viva”? Ou se o hit Happy, do Pharrell Williams, abordasse conteúdos de uma das disciplinas mais temidas pela maioria dos estudantes: a Física? Se você acha tudo isso meio impossível, então corre para o Instagram do IFG – Câmpus Goiânia para conferir que todas as hipóteses acima se tornaram verdade, graças à criatividade dos alunos do curso técnico integrado em Instrumento Musical da unidade. Eles participaram da segunda edição do Física Cantada, projeto que une Música e Física para despertar o interesse no aprendizado.

Teve de tudo, versões de New Rules de Dua Lipa (afinal, regras não faltam em Física, não é mesmo), a natalina Jingle Bells, passando por funk, pelo pagode do grupo Revelação com Coração Radiante - que virou “Energia Radiante”. O desafio proposto pelos estudantes terminou com a vitória do grupo do terceiro ano de Instrumento Musical, que fez uma mescla entre os clássicos Stand by Me, de Ben E. King, I Feel Good, de James Brown, e We are the Champions, do Queen.

Composta pelos alunos Marcos Antônio, Sara Cardoso, Flávia Kamilly, Ester Almeida, Isabella Alves e Raquel Almeida a equipe vencedora chamou a atenção dos jurados não apenas pela capacidade de inserir o conteúdo da Física nas versões, mas pela criatividade durante a apresentação. Eles iniciaram a performance com as luzes todas apagadas e, conforme as canções iam ganhando corpo e interpretação, um show de iluminação deu o astral do show.

“A gente pensou nas músicas, então preferimos deixar todas elas. As luzes a gente convenceu o Luciano (servidor), do Teatro, a montar o esquema”, explica Sara Cardoso, uma das vozes do grupo. Em meio a mistura das três canções escolhidas, os estudantes falaram sobre resistores usando clássicos do rock.

Para Matheus Costa Oliveira, do 2º ano do técnico em Instrumento Musical, o projeto Física Cantada vai além de instigar o estudo da Física, mas fortalece o desenvolvimento dos estudantes enquanto artistas. “A gente passa ter um senso crítico mais afinado em relação à perspectiva da área artística. Agrega mais na ideia de arte mesmo. Pensar no conteúdo da música, usando a Física, isso trabalha muito a nossa área artística”, conta o aluno que assume não ser muito fã da área de exatas.

Nicole Mendonça, que auxiliou na apresentação do grupo vencedor, participou pela primeira vez do projeto. Ela confessa que também não gosta de Física, mas sabe da importância da disciplina para a vida. “Tudo envolve pelo menos um pouco dessa área, então eu a considero”, afirma. Para ela, o mais legal do projeto é possibilitar a interação entre as turmas do curso, além de aumentar sua percepção sobre o conteúdo da disciplina.

Por falar em interação, Matheus Costa completa que o ideal seria expandir a participação para os demais estudantes dos cursos técnicos integrados, uma vez que há talentos não apenas no técnico em Instrumento Musical. “A gente tem que quebrar esse tabu e conhecer pessoas de outros cursos, que cantam e tocam tão bem”, salienta o estudante.

De acordo com o professor de Física do Câmpus Goiânia, Everton Martins Araújo, coordenador do projeto, a ideia para 2019 é exatamente agregar mais participantes. “O projeto começou com o pessoal do Instrumento Musical para dar corpo”, esclareceu. Para ele, o ponto crucial do Física Cantada é despertar nos alunos de ensino médio a importância da Física, de forma lúdica.

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Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.