“O mundo precisa de diversidade para o progresso, para que a vida tenha sentido”, afirma psicólogo do IFG em Workshop de Ética
Evento marca a saída de antigos membros e a apresentação de novos, ampliando o debate sobre tolerância e diversidade
A manhã de hoje, 1º, foi marcada por uma série de discussões, debates e provocações sobre diversidade e tolerância no ambiente escolar. Servidores da Reitoria e de diversos câmpus participaram do VII Workshop Moralidade e Conduta Ética, realizado no miniauditório da Reitoria, em Goiânia. O evento contou também com a participação da reitora da Instituição, Oneida Cristina Barcelos Irigon, do antigo presidente da Comissão, que ficou por seis anos na gestão, Ewerton Gassi, e da atual presidente, Adria Assunção Santos de Paula.
Oneida parabenizou a todos pelo evento, ressaltando a importância de eventos como este para ampliar os debates não apenas no IFG, mas em toda a sociedade. “Sabemos que é um tema complexo, antigo. A diversidade está em nossa instituição. É importante porque nos induz a ficar atentos. A Comissão tem trabalhado muito também no sentido de formação”, comenta a reitora.
A mesa-redonda Diversidade e Tolerância no Ambiente Escolar: por uma educação mais ética contou com a participação de três servidores da Instituição. O psicólogo do Câmpus Valparaíso, André Luiz Souza de Jesus, foi um deles. Ele é mestre em psicologia e atua como professor assistente em outra instituição, em cursos de graduação em saúde. Em sua fala, ele comenta: “Numa discussão, o que fez você mudar? Você muda, normalmente, porque você ouviu uma percepção melhor que a sua, e a melhor é diferente da sua, então o que faz você crescer no grupo? A diversidade. Se o outro não pensar diferente de você, como você vai crescer?”. André reforça ainda que o “o mundo precisa de diversidade, para progresso, para que a vida tenha sentido. Precisa também pelas questões ligadas ao racismo, a gênero e outras”, diz.
A servidora do Câmpus Goiânia Carla Pantaleão, membro da Comissão de Ética há cinco anos, chama a atenção dos presentes para que se pense sobre a diversidade dentro da Instituição. “As nossas cotas não estão sendo nem 50% preenchidas, e isso é um problema nosso, precisamos pensar nisso para que de fato possamos exercer a diversidade”, afirma. Ela diz ainda que dentro da Comissão de Ética é possível visualizar na prática a dificuldade de se lidar com a diversidade, pois a maioria dos processos que chega, se a diversidade não é o ponto principal, é um deles, citando questões relacionadas à tolerância, às falas intolerantes dentro de sala de aula, entre colegas, que também geram conflito. A provocação de Carla vai no seguinte sentido: “Qual nosso esforço que estamos fazendo para cumprir o que a formalidade nos exige?”, refletindo sobre o que está escrito nos documentos institucionais, como o Estatuto do IFG, por exemplo.
O professor do Câmpus Anápolis, Eduardo Junio Ferreira Santos, afirma que ao se promover eventos como o de hoje, se demonstra que há questões que precisam ser pensadas, encaminhadas, “nos dispomos a nos posicionar sobre esses problemas”, afirma. O professor é integrante do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) e do Núcleo de Estudos de Gênero e Diversidade (NEGED), recentemente criados no câmpus. Segundo ele, “a tolerância precisa ser situada, é necessário compreender seu laço histórico. Sobre a tolerância, por exemplo, a gente vê hoje um esforço obscurantista para que seu conceito seja esgarçado em direção ao seu próprio esvaziamento, ou seja, trata-se de um esforço que chega a inverter o conceito de tolerância”, comenta o professor.
Para saber mais sobre a Comissão de Ética, acesse a página eletrônica: https://www.ifg.edu.br/comissoes/comissao-de-etica
O evento também foi transmitido online pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=HNCZX_I65Zs&t=4s
Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.
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