Bilingoteca do IFG Aparecida de Goiânia será reativada neste sábado, 16 de julho

A Bilingoteca, brinquedoteca do IFG - Câmpus Aparecida de Goiânia, será reativada na manhã deste sábado, 16 de julho. O espaço, utilizado no curso de Licenciatura em Pedagogia Bilíngue para desenvolvimento de projetos e pesquisas que relacionam arte, brincadeiras e jogos à formação de professores para a educação infantil, precisou ficar fechado por dois anos em função do período de Ensino Remoto Emergencial, que recomendava o distanciamento físico em função da pandemia de Covid-19. Os organizadores da reabertura estão convidando a comunidade interna do IFG Aparecida a comparecer e trazer suas crianças de 3 a 8 anos, para uma manhã brincante.

A reativação da Bilingoteca é uma proposta integradora dos docentes do quinto período do curso de Licenciatura em Pedagogia Bilíngue, sob coordenação da professora Alciane Barbosa Macedo Pereira. Ela destaca que a proposta de reabertura tem como ponto central “as questões que envolvem a construção social e histórica da infância e a importância que o brincar adquire no processo de ensino e aprendizagem”. Nesse sentido, as disciplinas “PEEI: Infância e Produção Cultural”, “Fundamentos e Metodologias do Ensino de História”, “Fundamentos e Metodologias do Ensino da Arte: Música”, “Literatura e Formação do Leitor”, “Didática na Educação de Surdos” e “Libras V”, estão articuladas na organização do evento de reativação da brinquedoteca, no sentido de proporcionar aos pedagogos e às pedagogas bilíngues em formação uma efetiva relação entre teoria e prática. A professora Alciane lembra que o espaço “também possui potencial de uso pela comunidade interna e externa ao IFG, por meio de projetos de ensino, pesquisa e extensão”.

A atividade integradora envolve os professores Alciane Barbosa Macedo Pereira, Diego Leonardo Pereira Vaz, Carlos Henrique de Sousa França, Germano Henrique Pereira Lopes, Keith Daiane da Silva Braga, Aleir Ferraz Tenório, Gessica Filgueiras Milagre, Daniella Couto Lobo, Alexssandro Ribeiro Moura, Danyllo Di Giorgio Martins da Mota e Waléria Batista da Silva Vaz Mendes, que é também a coordenadora do curso. Eles estão trabalhando com estudantes na organização desse momento desde o mês de maio, em ações como higienização, organização e triagem dos brinquedos e demais objetos, continuidade do processo de adaptação dos materiais ao público surdo e ouvinte, adaptação das normas de uso e construção de material informativo para adultos e crianças, além da preparação de brincadeiras e outras atividades para o dia da reativação.

Ação educativa como prática político-social

A coordenadora do curso de Licenciatura em Pedagogia Bilíngue, professora Waléria Batista da Silva Vaz Mendes, explica que a brinquedoteca é um requisito legal para o funcionamento dos cursos de Pedagogia e que o curso de Pedagogia Bilíngue do IFG, que é um dos primeiros do Brasil, destaca sua especificidade não apenas no nome “Bilingoteca”, mas na utilização do espaço como laboratório de práticas pedagógicas que promovem a interlocução entre teoria e prática em atividades relacionadas à importância do brincar para a atuação do futuro professor e professora de crianças surdas e ouvintes. “Em nosso curso destaca-se a necessidade de formar pedagogas e pedagogos bilíngues que reconheçam a ação educativa como prática político-social de intervenção e transformação da sociedade e nossa Bilingoteca nos ajuda a cumprir esse objetivo”, explica a coordenadora.

 Waléria Vaz destaca que ter um espaço como a Bilingoteca, criado em uma perspectiva bilíngue “é um marco de grande significado e importância para a comunidade Surda”. Ela comenta que a importância de espaços como o da Bilingoteca na formação da infância e da criança surda foi, inclusive, objeto de pesquisa do TCC de uma das egressas do curso de Pedagogia Bilíngue, a agora profissional Elizabeth de Melo Marques. “Espaços como o da Bilingoteca despertam no aluno o desejo por pesquisas e estudos na área da educação, educação bilíngue, educação intercultural e áreas afins, numa perspectiva de uma pluralidade de concepções teóricas que envolvem a formação do educador”, afirma Waléria.

 Coordenação de Comunicação Social / Câmpus Aparecida de Goiânia